Arquivo

Arquivo de novembro, 2017

Santiago, Chile – Desativado artefato explosivo contra sede do PPD a dias das eleições presidenciais

2, novembro, 2017 Sem comentários

via Noticias de la Guerra Social

Durante a madrugada de 31 de outubro de 2017 mãos anônimas  deixaram um artefato explosivo na sede do Partido por la Democracia (PPD), localizado no cruzamento das ruas Santo Domingo e Almirante Barroso em pleno centro de Santiago.

Por volta das 04:30 da manhã, vizinhos notaram a existência de um objeto suspeito, chamando a polícia que decidiu acordar toda a  vizinhança e chamar o GOPE (Grupo de Operaciones Especiales) para desativar o artefato explosivo.

Depois de longas manobras por parte dos bastardos e sua maquinaria policial, finalmente tiveram que realizar duas detonações controladas para conseguir neutralizar a bomba caseira por volta das 06:00, suspendendo as aulas do colégio A-20, localizado perto da sede daquele partido político.

No lugar chegaram Labocar e o Ministério Público Metropolitano Sul – supostamente especialistas em casos de atentados incendiários/explosivos – para pesquisar e coletar diferentes provas e tomar declarações de testemunhas.

Determinou-se que o artefato explosivo caseiro era composto de um extintor cheio de um quilo e meio de pólvora, anexado a duas caixas cobertas com fita adesiva. O artefato seria ativado graças a dois relógios, mas estes falharam. No lugar também foram encontrados panfletos reivindicando o atentado, sem produzir nenhum detido.

O ataque explosivo ocorreu dias antes das eleições presidenciais de novembro, de modo que o presidente do PPD – Gonzalo Navarrete – num relâmpago de lucidez disse:“É um atentado à democracia”. O PPD é o partido que levou a transição policial durante os anos 90, atualmente compõe a nova maioria.

Já em 21 de maio de 2007, esta mesma sede havia sido atacada com um artefato explosivo que danificou fortemente uma de suas janelas, naquela mesma noite a “banda antipatriota Severino Di Giovanni” atentava contra a direção geral do trabalho.


Transcrição dos panfletos encontrados na região:
“Seguiremos avançando.A justiça das ruas não perdoa nem esquece.
Que se multiplique os ataques nos centros de poder!
Enquanto houver miséria, haverá rebelião.”

 

Vídeo da imprensa: Chilevision

Categories: Uncategorized Tags: , ,

Porto Alegre, Brasil – Comunicado da Biblioteca Kaos diante da perseguição contra anarquistas

2, novembro, 2017 Sem comentários

via Tormentas de Fogo

Quando a anarquia incomoda
Comunicado da Biblioteca Kaos diante da perseguição contra anarquistas

Há muitas coisas para falar, mas iremos pelo mais urgente. O 25 de outubro começou uma perseguição anti-anarquista contra a FAG [Federação Anarquista Gaúcha], o Parhesia, a ocupação Pandorga e algumas individualidades que tiveram espaços e moradias invadidas pela polícia. Se não toda, provavelmente uma boa parte da diversidade anarquista foi atingida e várixs deles se pronunciaram desde suas concordâncias, com firmeza, diante da repressão. E isso é vento fresco que fortalece a todo aquele que se sinta em sedição.

Fica evidente que a mira dos agentes da repressão também aponta contra nós, contra as publicações que fizemos ou nas quais participamos. E é sobre isso que vamos a nos pronunciar. A cronologia da Confrontação Anárquica, tanto aquela que recolhe informação desde o 2000 até o 2015, quanto aquela que recolhe o acionar anárquico do 2016, são os livros que estão exibindo como “provas” de vandalismo, ataques, e atos criminosos. Dentre as múltiplas formas de procurar a liberdade que tem o anarquismo, esses livros falam da informalidade anárquica como um opção de acordo com o rosto da dominação atual. Ainda mais, esclarecemos que estes livros falam de ações que não são anarquistas só. O foco dos livros é a difusão de ações anárquicas. Para ser mais precisos, se difundem ações nas quais nós sentimos o aroma da anarquia. E entre o anarquismo e a anarquia há diferenças que podem ser delicadas mas que são importantes.

O instinto anárquico é aquele impulso anti-dominação que pode estar presente em qualquer individualidade ou coletividade, para além dos pertencimentos ideológicos e militâncias políticas. É por isso que nas cronologias incluímos conflitos das populações não ocidentais, a conflitividade nas ruas dentro de protestos mais abrangentes e motivações diversas, ações contra o Estado e o Capital e muito mais. Longe de ir pela teoria, esclarecemos isto já que a perseguição contra os anarquistas não toma em conta estas diferenças procurando achar um bode expiatório para múltiplos eventos que incomodaram aos policias e aos poderosos de sempre.

Surpreende que a polícia, o Delegado Jardim, e a mídia mostram como a grande novidade, fatos que já foram manchete no seu momento e já foram pesquisados pela polícia também, só pelo fato de estarem condensadas em nossas publicações. Nenhum dos livros é uma reivindicação. São livros de uma memória anárquica, com ações e conflitos muito anteriores à existência da Biblioteca Kaos e que com certeza irão continuar para além de nós. A publicação mostra, com alegria e de cabeça erguida sim, a existência de um confronto anárquico que dá resposta à dominação, à devastação da terra e ao ataque contra toda forma de liberdade, mas não reivindica a autoria desses fatos que podem ser colhidos, tal como nós fizemos de várias páginas de internet e jornais locais. E se fizemos essas publicações sabendo do risco que elas apresentavam é porque a insubmissão merece ser defendida, uivada, festejada e gritada por todos os meios possíveis. Jamais acreditaremos nem respeitaremos a obediência que pretendem impor, a submissão e o medo que querem inocular nas pessoas desde que nascem.

Para além disso tudo. As ações que estão nas cronologias são ações de ataque contra a materialidade da dominação. Ou seja contra prédios, carros, máquinas, estradas, vidraças. Coisas. Objetos. Símbolos. A polícia do território controlado pelo estado brasileiro é internacionalmente famosa por ser uma polícia assassina. As operações de pacificação, são chacinas, autênticos massacres, como a da Candelária e a do Carandiru, assim como o assassinato pelas costas de Eltom Brum que até teve uma torcida policial recebendo o assassino. E são eles quem vem a falar de terror, de quadrilhas do mal, de tentativa de homicídio? Mostram um estilingue e tijolos ecológicos como armas, enquanto eles estão de pistola na mão. Falam de terrorismo e quadrilhas do mal enquanto preparam a seguinte invasão contra uma vila ou favela, onde os mortos nem serão mencionados pela mídia. Assim, insignificantes são para eles. Gostaríamos de acreditar que todos se sentem insultados com as provas do Delegado Jardim. Num contexto onde as armas são corriqueiras, tijolos ecológicos apresentados como explosivos é um insulto para qualquer um. Porém, não esquecemos do uso policial do pinho sol como arma (prova) contra Rafael Braga a quem sequestraram até ele pegar tuberculose, ou seja, até sentir que fizeram de tudo para matá-lo.

As repressões contra os anarquistas mostram duas coisas. A primeira que apresentar “terroristas” na tela serve como show para tirar os holofotes dos problemas como a corrupção, o descrédito político-policial e o genocídio devagar mediante reformas econômicas. Que agora tentem resolver fatos do 2013 e persigam um livro e literatura, mostra claramente um uso midiático e espetacular que pretende esconder o crescente ataque contra a população, despolitizar mediante ameaças e espalhar o medo até de ler (práticas evidentemente democráticas).

A segunda coisa que apresenta uma perseguição anti-anarquista é que a anarquia incomoda. Quando falamos da anarquia que incomoda, claramente, não estamos falando de meninos e meninas bem comportados agindo dentro das margens impostas pelo poder, não falamos de pessoas que tem as leis no seus corpos e corações lhes desenhando seus limites de ação. Quando falamos da anarquia que incomoda falamos de uma insubmissão tão forte de pessoas e grupos que tem sido capazes de interromper a normalidade da praça dos poderes, de paralisar a cidade, de quebrar os símbolos da militarização no Haiti, de queimar os veículos que sequestram, e matam arrastando como cavalos da inquisição (Claudia não esquecemos da sua morte).

Os livros da Biblioteca Kaos difundem essa anarquia. A que incomoda. Aquela que responde o embate do agronegócio, da civilização colonizante, da militarização, do ecocídio, da sociedade carcerária… Em palavras mais simples, enquanto a dominação tenta destruir o planeta e todos que eles acham indesejáveis, nós difundimos o que ataca a dominação.

E quando a anarquia incomoda, a reação dos poderosos ameaça e quer farejar o medo. A resposta anarquista e anárquica contra essa perseguição ficará nos nossos corações e ações. O como enfrentamos esta encruzilhada marcará o momento de nosso passo pela trilha da vida em rebeldia.

Força e solidariedade com xs perseguidxs pela operação Érebo.

Biblioteca Anárquica Kaos
Outubro de 2017

Praga, Chéquia – O veredito do caso Fenix: réus absolvidxs

1, novembro, 2017 Sem comentários

via AntiFénix

3 anos de faltas de evidências – 3 anos que fuderam nossas vidas
BAIXE O ARQUIVO DE PDF AQUI (EM INGLÊS)

Segue abaixo a tradução:

O tumultuado caso Fenix consiste em muitas acusações de muitos crimes, desde a chamada “promoção do terrorismo” a de preparação de ataques terroristas. Estes são os mais discutidos no último julgamento do tribunal municipal em Praga. Durante o seu veredicto, o juiz absolveu todos os cinco réus do caso Fenix ​​1. É uma vitória? Por que essa decisão não é definitiva? O artigo seguido é uma tradução de uma visão geral de um mês sobre as audiências do tribunal e algumas análises de nossa situação e experiência, originalmente escritas na língua checa.

Esta longa audiência foi sobre cinco anarquistas, três delxs acusadxs ​​de conspirar um ataque terrorista em um trem que usava parafernália militar. 2 delxs foram acusadxs ​​de saber sobre tais planos e não ter parado xs autorxs presumidxs. Duas dessas cinco pessoas também foram acusadas de preparar um ataque com coquetéis molotov contra carros da polícia durante o desalojo da okupa Cibulka. Basicamente, de acordo com os policiais, existem no total cinco pessoas e três crimes diferentes envolvidos. (E tudo isso é apenas para Fenix ​​1, porque algumas dessas pessoas estão enfrentando novas acusações no contexto de Fenix ​​2).
No grupo onde xs cinco acusadxs ​​estavam envolvidxs, havia dois policiais infiltrados. Esses dois indivíduos prepararam ativamente os dois ataques e também os iniciaram parcialmente. No entanto, o juiz não identificou suas ações como uma provocação, porque os materiais que detectariam a provocação não estão disponíveis.

A juíza, Hon. Hana Hrncirova, enfatizou que absolveu todxs xs acusadxs por falta de provas suficientes. Ela destacou a falta de transparência do trabalho da polícia: “A razão pela qual o tribunal tomou tal decisão é o fato de que, durante a avaliação da evidência, o juiz expressou fortes dúvidas sobre a transparência policial em seus métodos, tanto antes do início da ação penal quanto quando foi legalmente permitido envolver os agentes implantados no caso “, disse ela.
A juíza destacou que a polícia agiu sem ter mandado por meses e quando o advogado da defesa pediu os registros de sua atividade, a polícia não os teve: “O tribunal não possui vestígios de registros, nem mesmo um”, disse a juíza. Então ela disse: “O advogado de defesa tentou obter esses materiais porque pode-se supor que, com base nessas licenças individuais, deve haver algum registro em algum lugar. Esses registros nunca foram incluídos no arquivo.”

De acordo com o que a polícia disse, os materiais dos primeiros meses de infiltração “não existem ou não podem ser usados”. Então, temos outra pilha de arquivos que estão existentes, arquivos com uma transcrição da comunicação do telefone celular gravada e, de fato, podem ser usados. Especialmente para provar que os agentes secretos, a infiltração e a construção do caso não são uma questão do passado, como ouvimos com muita frequência. Cômico foi o momento, quando o juiz levantou esta pilha sobre a cabeça (é um volume de cerca de 400 páginas A4) e disse que, a partir de todas essas transcrições, nenhuma coisa tem nenhum valor como evidência.

A decisão não é definitiva porque o promotor público Pazourek sentiu que ainda não destruiu a vida das pessoas o bastante e apelou. Como ex-policial, ele acredita que a polícia atuou corretamente e espera que a Suprema Corte confirme sua opinião. Certamente, ele fará todo o possível para encontrar algo que “deve estar lá e pode ser usado”. Podemos simplesmente esperar que este caçador de anarquistas (ele também propõe pelo menos 12 anos de prisão para xs acusadxs no caso Fenix) e também desempenha papel no Fenix 2, terá elementos sem valor de evidência no próximo julgamento.

Ao contrário de Pazourek, o ministro do interior, amante de armas, social-democrata, Josef Chovanec, não tem tempo para esperar pelo tribunal superior. As eleições parlamentares estão se aproximando e ele tem que dar prioridade ao polimento de sua imagem, apresentando-se como justo e um bom pai. E, portanto, depois de três anos, percebeu de repente, no caso Fenix, “algo não está certo”. Em seu perfil de “Twitter”, ele deixou alguns comentários fazendo referência a fatos pertencentes à história checa: “Se isso prova que foi apenas uma provocação policial, eu pedirei um caso de investigação minuciosa e uma punição dos culpados. A polícia de um estado tão democrático […] não pode destruir arbitrariamente a vida das pessoas, e isso independente do seu pensamento político. Espero que o “julgamento de Omladina*” pertence à nossa história e não ao nosso presente “. Pena que ele não estivesse lá dizendo essas palavras quando, no momento da prisão de Martin Ignacak, o detetive principal Palfiova, olhando para o arquivo, declarou: “podemos fazer tudo!”

Se o próprio Chovanec é diretamente ou parcialmente responsável pelo processo contra o movimento anarquista ou não, não sabemos e demorará muito tempo antes de descobrirmos. Certamente, se o tribunal enviasse as cinco pessoas atrás das grades, podemos apostar que ele irá tocar os ombros de seus amigos “pelo bom trabalho que fizeram”. Agora, quando o contrário aconteceu, ele pode culpar por seus erros e abuso de poder apenas a alguns indivíduos de um aparelho policial e punitivo que de outra forma é “impecável” e “útil para toda a comunidade”.

A falta de evidências vence
Para muitos de nós, o veredito do Tribunal é um alívio. Por um momento, podemos respirar, nos encontrar para jantar e ver nossxs amigxs em um estado de espírito mais relaxado fora das paredes da prisão. Estes momentos são importantes na vida e é bom que possamos aproveitá-los. A prisão é uma instituição inútil, divide relacionamentos, isola pessoas e destrói vidas. É por isso que o veredito, por mais agradável do que “culpado”, não é uma vitória total para nós. Não esquecemos o que três anos de infiltração e posterior investigação significaram. Ales, Martin e Peter ficaram presxs por 27 meses no total, Lukas – 7 meses, e antes disso ele tinha estado um ano na clandestinidade. Todxs elxs ainda aguardam julgamentos (apelo da Fenix ​​1 e algumxs delxs e outrxs 2 camaradas da Fenix ​​2). Algumxs delxs com possíveis sentenças de vida ainda no ar. Não nos esqueçamos de que Igor, que hoje é considerado inocente, estava com a maior dificuldade durante três meses, ainda está enfrentando dificuldades difíceis e estava reportando aos serviços de liberdade condicional há quase um ano e meio. Além disso, ele ainda está sob risco de deportação da Chéquia devido a sua permanência em custódia.

As famílias, amigxs e as pessoas mais próximas dxs réus e presxs, bem como aqueles que são diretamente afetadxs pelo caso Fenix, estão enfrentando uma grande pressão emocional e separação. A polícia entrou em vários apartamentos e tem levado mais e mais pessoas para interrogatórios. A polícia está usando seus poderes, como levar as pessoas à floresta, ameaçando xs parceirxs e pais e mães dxs suspeitxs. Uma lista do que foi feito durante as várias ações repressivas (e estamos falando apenas dos últimos três anos na cena antiautoritária na chamada Chéquia) provavelmente seria longa e assustadora.

Em suma, é claro que não há nada para comemorar. A necessidade de esmagar o sistema opressivo ainda está no jogo, basta pensar em uma estratégia melhor e encontrar novas formas de lutar. Em casos como o Fenix, é necessário entender o que isso realmente trata. As unidades repressivas não têm medo de nós sozinhos, nem temem Martin, Peter, Sasha, Ales, Katarína, Radka, Igor, Lukas, Ales e xs outrxs acusadxs. O que os assusta é que mais e mais pessoas se identificam com nossas idéias, especialmente se começarem a usar uma variedade maior de táticas. Os protetores do status quo investem muitas forças, energia e recursos para manter as pessoas na crença de que esta é a liberdade para a qual sonham.

Pessoas antiautoritárias e anarquistas que acreditam que podemos viver nossas vidas de uma forma mais genuína do que a oferecida pelo neoliberalismo e que não precisamos de Estado e Política, podem oferecer uma alternativa que possa interferir com esse estilo de vida consumista. A repressão é então vista como a ferramenta ideal para suprimir idéias. E por eles, o aparelho estatal quer desacreditar-nos através de meios sensacionalistas e rotulando-nos como terroristas, intimidando-nos usando o encarceramento e dividindo o movimento entre “xs radicais” e xs “não-violentxs” e colocando-nos umxs contra xs outrxs. Paralise-nos com a paranoia.

A questão é de onde essa tentativa de repressão é bem sucedida e em que pontos podemos trabalhar nós mesmos. Como não cair em armadilhas que são invisíveis à primeira vista e como derrubar paredes em nossas cabeças. As paredes dentro de nós mesmos e entre nós e outras pessoas. Como quebrar essas paredes e construir pontes fora delas. Como superar o medo, obter o que está lutando e respeitar cada umx. E por último, mas não menos importante, como não cair no desejo de ganhar em um jogo que não é nosso e que só nos afasta de coisas e atividades importantes.

O caso Fenix ​​tornou-se um ponto crucial nas vidas de muitxs de nxs. Podemos aprender muito com isso. Tomar como um ponto de referência para entender melhor como funcionam as estruturas de poder e para se entender mutuamente, bem como para analisar criticamente os nossos próprios erros. Nxs não queremos fingir que temos as respostas para todas as perguntas. Mas aprendemos uma coisa. Se queremos que nossas ações e nossa organização sejam realmente efetivas e perigosas para as estruturas de opressão que nos mantêm sob controle, essas devem ser decorrentes de discussões coletivas e negociações que vão além dos esquemas fornecidos pelo estado. Aprendemos que não há motivo para se esconder da repressão, é melhor estar pronto para enfrentá-lo e criar condições que tornem essas operações inativas. Enquanto as pessoas estiverem presas, primeiro, se discute se esta é a medida certa para implementar ou não apenas após a prisão, há uma razão para continuar lutando. Isso não quer dizer que, se o processo judicial acontecer na ordem oposta, a questão é resolvida, em vez disso, precisamos imaginar um mundo completamente diferente. Um mundo sem prisões, fronteiras e polícia, onde devemos realmente resolver os problemas em vez de nos espalhar por trás das paredes.

Fenix não é uma operação visando algumxs anarquistas ingênuxs, mas um ataque ao futuro da subversão como um todo. É também uma demonstração do poder policial e do trabalho dos agentes secretos do estado na democracia que ouvimos tão frequentemente como sinônimo de liberdade.

Não seja pego!

Em Solidariedade, Cruz Negra Anarquista, Praga, Equinócio de Outono de 2017.

“Meus pilares de valores são: Vida, Justiça, Liberdade e Igualdade. As pessoas que constroem casos e querem aprisionar pessoas dificilmente entendem tais valores. Estou pronto para qualquer veredito, e eu vou levá-lo segurando minha cabeça erguida. Um veredito que afetará minha vida e a vida dos outros. “
Final do discurso de Martin Ignacak.

Notas:

*Em 1894, o julgamento Omladina, convocado na capital regional austro-húngara de Praga, colocou ostensivamente o anarquismo e o anarco-sindicalismo chéquio no tribunal, bem como condenando especificamente 68 nacionalistas chéquios por atividades radicais. (Fonte: Wikipedia)

Categories: Uncategorized Tags: , ,

Copenhague, Dinamarca – Embaixada argentina vandalizada

1, novembro, 2017 Sem comentários

via Tormentas de Fogo

“Na noite entre o dia 17 e 18 de Outubro, nós vandalizamos a entrada da embaixada argentina em Copenhague com tinta. Nós também escrevemos o nome de Santiago Maldonado e um A circulado.

Nós fizemos isto porque o estado argentino é responsável pelo desaparecimento do anarquista Santiago Maldonado que aconteceu há mais de dois meses atrás. Alguns dias após nossa ação, nós ouvimos a triste notícia que seu cadáver foi encontrado. O estado e a polícia são responsáveis! Nós estamos com raiva!

Anarquistas”