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Arquivo de janeiro, 2018

Atenas, Grécia – Poderosa bomba explode no Tribunal de Apelações

2, janeiro, 2018 Sem comentários

ATHENS

22.12.17: Uma poderosa bomba explodiu fora do Tribunal de Apelações de Atenas nas primeiras horas da manhã de sexta-feira, causando danos consideráveis ao edifício e forçando o tribunal a fechar no dia com todos os casos suspensos. Ninguém foi ferido no bombardeio.

Uma chamada alertou a polícia, deu 40 minutos para evacuar o tribunal e a área circundante que se encontra próxima da sede da polícia de Atenas.

Uma testemunha disse que viu duas pessoas subindo numa moto e colocando uma bolsa contendo a bomba fora do tribunal. Também foi relatado que os atacantes dispararam contra a segurança do tribunal enquanto escapavam.

Recentemente, o Tribunal de Apelações de Atenas tem sido o centro de atenção dxs manifestantes que tentaram impedir que o tribunal leiloasse casas em desuso, às vezes por somas de menos de 2000 euros. O ataque ocorreu algumas horas depois de que o Parlamento votou para reprimir xs manifestantes que se reúnem regularmente no tribunal.

Até o momento, nenhum grupo ou indivídux reivindicou a responsabilidade do ataque.

(informações coletadas de várias fontes da mídia corporativa e independente)

Fonte: Sin Banderas Ni Fronteras
Tradução: Turba Negra

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Países Baixos – Cartaz por um Dezembro Negro em Tilburgo

2, janeiro, 2018 Sem comentários


20.12.17: No início deste mês, o texto “Chamada por um Dezembro Negro” foi difundido. Algumxs anarquistas em Tilburgo tomamos esta chamada e a pusemos em prática.

Por um Dezembro Negro

Numa realidade de escravidão assalariada, superprodução e consumo excessivo
Numa realidade de fronteiras, militarismo, autoridade e religião
Numa realidade onde a caridade, a apatia e o desespero parecem ser a única resposta

Numa realidade em que tanto a esquerda como a direita nos mantém presxs, vamos ao ataque contra todos os opressores e suas intenções no mês de dezembro
Vemos a polícia assassina
Vemos a violência racista
Vemos um sistema econômico e a sociedade carcerária

Mas não só continuamos vendo
Somos xs que estão em todo o mundo
Com solidariedade através da luta

Por um mundo de liberdade ilimitada
Por um dezembro negro
Pela anarquia

Fonte: Sin Banderas Ni Fronteras
Tradução: Turba Negra

Estados Unidos – Dezembro Negro – A memória é uma arma

2, janeiro, 2018 Sem comentários

BlackD17
“Quanto aos setenta e cinco anos, não estou realmente preocupado, não só porque tenho o hábito de não completar sentenças ou esperar a liberdade condicional ou qualquer dessas besteiras, mas também porque o estado simplesmente não vai durar setenta e cinco ou mesmo cinquenta anos”
Kuwasi Balagoon, 09 de dezembro de 1983.

“Axs amigxs e pessoas que ajudaram a dar sentido a todos esses eventos que aconteceram tão rápido. Certas culturas humanas travaram uma guerra contra a Terra por milênios. Escolhi lutar do lado dos ursos, dos leões das montanhas, dos zorrilhos, dos morcegos, dos saguaros, das rosas e todas as coisas selvagens. Sou apenas a mais recente casualidade nessa guerra. Mas esta noite fugi da prisão: estou voltando pra casa, à Terra, para minhas origens”
William “Avalon” Rodgers, 21 de dezembro de 2005

A memória é uma arma, que muitas vezes negligenciamos a brandir nas nossas batalhas. É fácil, presxs como estamos nas marés do progresso, esquecendo o que e quem veio antes que nós e queimou caminhos que agora servem como marcadores para xs insurgentes. Esquecer é se perder numa floresta. Esquecer é não ter história.

O ato de lembrar é um gesto desafiador. Contra nossa lobotomização pela tecnologia. Contra a esterilização da história pelas escolas do estado. Contra a pacificação de vidas revolucionárias pela história oficial e suas narrativas de progresso. Contra a amnésia que poderia apagar os exemplos daquelxs pagaram a liberdade com suas vidas. Para começar a lutar contra esta sociedade, sua podre autoridade e suas ideologias venenosas, devemos primeiro lembrar.

Dezembro nos pesa muito, mas também acende fogos inextinguíveis.

Nos lamentamos por Alexandros Grigoropoulos, anarquista de 15 anos assassinado pela polícia em dezembro de 2008 em Atenas, cuja morte desencadeou semanas de guerra aberta contra o estado grego.

Nos entristecemos por Sebastián Oversluij, “Angry”, anarquista irreprimível assassinado em 11 de dezembro de 2013 por um cão pago de um banco enquanto tentava expropriar dinheiro em Santiago de Chile.

Estamos furiosxs pela morte na prisão de Kuwasi Balagoon em dezembro de 1986: ex-Pantera Negra, soldado do Exército de Libertação Negro e anarquista africano.

Queimamos a noite para despertar o espírito de William “Avalon” Rodgers, libertador da terra que se suicidou no solstício de inverno de 2005, enquanto estava na prisão acusado de levar fogo aos saqueadores da natureza.

Para honrar essxs lutadorxs, não só choramos. Não só dobramos nossas mãos e lamentamos a brutalidade do estado contra nossxs companheirxs. Não nos assustamos com suas mortes. Nós agimos.

Mantemos com vida suas lutas ao continuar lutando. Seja qual for os nossos meios, qualquer que seja nosso contexto: através da rebelião intransigente, os corações de nossxos companheirxs ainda batem.

Por Alexandros e Angry
Por Kuwasi e Avalon
Por toda a natureza

Baixe o arquivo em pdf original em inglês.

Fonte: Sin Banderas Ni Fronteras
Tradução: Turba Negra

Chile – SEBASTIAN OVERSLUIJ PRESENTE!

2, janeiro, 2018 Sem comentários

Recebemos via correio eletrônico, traduzimos e  difundimos o panfleto em memória do companheiro Angry.

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SEBASTIAN OVERSLUIJ PRESENTE!
EM CADA AÇÃO OFENSIVA CONTRA O PODER

Hoje voltamos a cruzar com o Angry desde o companheirismo, a irmandade e a amizade, tornando-nos cúmplices na memória, levantando uma memória anti-autoritária e combativa, lembrando Angry como um companheiro de luta, um amigo e um irmão, quatro anos depois de sua morte sob as balas de um mercenário do capital em meio de uma tentativa de expropriação bancária.

Reivindicamos uma memória que põe em perigo os planos do poder e alimenta nossas convicções de luta pela libertação total.

Cruzar os passos com Angry no transitar anárquico nos permite projetar sua vida até o presente, dialogando e tensionando suas vivências e reflexões com as nossas, conectando sua individualidade com o coletivo, vagando juntxs no caminho comum onde as idéias entre afins se materializam em projetos concretos de agitação anárquica e ação liberadora.

Angry algumxs conhecíamos em vida, outrxs fizemos através de seus escritos, de suas ações e das iniciativas de memória que surgiram no entorno dele.

Hoje, quatro anos de sua última ação de combate, ativamos conjuntamente a memória para que o companheiro não seja esquecido. Recordamos Angry em suas múltiplas dimensões pessoais e políticas, reconhecendo nele a expressão criativa das idéias através do desenho, a música, a escrita, a tensão pela conseqüência entre palavra e ação, e a luta multiforme em uma constante prática de agitação e ação de confronto.

Tudo isso nos aproima de sua vida desde diversos fluxos de afinidade e companheirismo em um cotidiano de luta contra o poder, projetando em nossa luta a vigência das idéias do Angry, pondo em contato as experiências e aprendizagens do passado com xs do presente para deixar claro que com a morte de umx companheirx a luta não morre, que a anarquia seguiu e segue viva em nossas ações e projetos atuais.

A nossa é uma memória iconoclasta que destrói a figura dx personagem heróicx ou extraordinárix. É uma memória da luta multiforme que lembra a vida do companheiro com suas contradições, afirmações, trânsitos e múltiplas decisões de luta, incluindo aquelas que o levaram ao longo de sua vida a praticar a ação direta e usar uma arma para expropriar o dinheiro de um templo do capital.

A nossa é uma memória negadora e perigosa, é uma parte da ação que busca destruir a autoridade, reforçando nossa identidade individual/coletiva como negadorxs do poder e da sociedade em ofensiva contra toda forma de dominação.

Nossa memória é um ato que dá sentido e se (re)afirma em um presente de luta, mantendo vigente uma promessa de guerra com a qual avivamos – como Angry fez – o fogo das individualidades anárquicas que influem na realidade, abrindo caminho para a Libertação Total em múltiplos espaços, projetos e ações de luta contra a autoridade.

PELO ANGRY.
POR CADA COMPANHEIRX.
FAÇAMOS DA MEMÓRIA UM ELEMENTO PERIGOSO NA LUTA CONTRA O PODER.

Anti-autoritárixs afins ao Angry. Dezembro 2017

Baixe o arquivo em pdf original em espanhol.

Filadélfia, Estados Unidos – Dezembro Negro: Caixas rápidos sabotados

2, janeiro, 2018 Sem comentários

Black-December2
Na celebração do Dezembro Negro, algumxs anarquistas na Filadélfia decidiram dar um passeio de inverno pelo centro e pôr um freio no comércio do capitalismo de merda de quase todos os caixas rápidos no coração financeiro da cidade.

Pegamos papelões não ondulado cortados na largura de um cartão de banco com supercola aplicada de um lado, e colocamos na ranhura para cartões da máquina ou na ranhura para a entrada da cabine. Foi surpreendentemente fácil fazer e atingimos mais de 50 alvos!

Este ataque foi muito discreto! Todo o que precisávamos era vestir o traje de inverno normal para uma noite abaixo de zero (rostos cobertos, luvas, etc.), limpar nossas ferramentas e caminhar com a confiança segura dos entediantes yuppies. Esta época do ano tem um clima excelente para parecer despretensioso e ocultar sua identidade enquanto realiza todo tipo de atividades ilegais, por isso não tenha medo de tentar isso em casa! Nos sentimos super relaxadxs e produtivxs!

Este ataque foi realizado com a memória de Scout Schultz* e Alexandros Grigoropoulos em nossas mentes, e é dedicado à todxs aquelxs que resistem à repressão estatal.

Pela morte do capital e a recuperação de nossas vidas!
Dinheiro é morte, sabotagem é diversão!
Iluminemos essas noites escuras de inverno com um grande foda-se para vocês sabem quem!
Que as chamas ardentes da anarquia nos aqueçam este e todos os invernos!

Feliz Dezembro Negro para vocês.

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Scout Schultz, anarquista, antifascista e ativista queer assassinada em setembro de 2017 pela polícia em um incidente na universidade onde estudava em Atlanta. Mais info em
https://crimethinc.com/2017/10/05/scout-schultz-remembering-means-fighting-mourning-a-queer-activist-and-anarchist-murdered-by-the-police

Fonte: Sin Banderas Ni Fronteras
Tradução: Turba Negra