Varsóvia, Polônia – A sentença e recurso no caso Wawa3

8, dezembro, 2017 Sem comentários


Três meses de prisão, 12 meses de serviços comunitários e o pagamento de 2.269 zloty (300 zl de multa e 1969 zl de custos de julgamento) – esse foi o veredito de cada um dos Wawa3 ouvidos durante o segundo julgamento em 19 de julho de 2017. Desde então os três já passaram 04 meses de prisão enquanto aguardavam a conclusão da investigação, esta parte da sentença já foi feita.

No entanto, em setembro, eles receberam razões escritas para o julgamento, em que, em vez de 1 ano de serviços comunitários, havia 2 anos. Diante dessa mudança misteriosa (a maioria das pessoas presentes no tribunal claramente ouviu 12 e não 24 meses como a quantidade de tempo para serviços comunitários), um recurso contra o julgamento foi feito.

O julgamento do recurso será no dia 4 de dezembro de 2017 às 10h30, no tribunal distrital Varsóvia-Praga, rua Aleja Solidarności 127 (sala 114, corredor G, 1º andar).

Se você deseja vir e apoiar nossos companheiros durante o recurso – avise-nos!
Solidariedade diante das repressões do estado!

Alemanha – Ilegais! – Cartaz de solidariedade com a violência revolucionária

8, dezembro, 2017 Sem comentários


Ilegais!

Se aceitarmos o fato de que cada ato de violência é igual, então concordamos em reduzir nossa oposição ao que o estado e a ordem dominante consideram aceitável. Estamos pacificadxs.

No entanto, permanecer passivx diante da miséria social de hoje deixará cicatrizes mais profundas do que os erros que inevitavelmente faremos na escolha do ataque.

Solidariedade e cumplicidade com xs marginais, saqueadorxs e rebeldes da revolta do G20 em Hamburgo!

Liberdade para todxs xs presxs!

Amor, solidariedade e violência revolucionária pela revolta social!

Categories: Uncategorized Tags: ,

Atenas, Grécia – Hospitalização involuntária de Nikos Maziotis e Pola Roupa

8, dezembro, 2017 Sem comentários

via Contra Info

 Xs membros da Luta Revolucionária Nikos Maziotis e Pola Roupa encontram-se em greve de fome desde 11 de novembro de 2017.

Xs companheirxs presxs estão lutando contra medidas de isolamento; contra disposições específicas do novo código correcional destinadas a reprimi-lxs como prisioneirxs de alta segurança; contra a proposta de detenção de prisioneirxs de alta segurança nas esquadras de polícia; contra a pretendida reintegração do regime prisional do tipo C. Elxs também exigem o fim imediato do isolamento imposto sobre Nikos Maziotis (desde Julho, o companheiro é mantido isolado de outrxs presxs por uma decisão do ministério da justiça); uma extensão das horas de visita com base na frequência das visitas que um prisioneiro tem; salas apropriadas de visita para xs pais presxs se encontrarem com seus filhos.

Deixaram claro desde o início que apenas receberiam água. Repetidamente pediram para receber uma comunicação telefônica sem obstáculos com o seu filho de seis anos, antes de serem transferidxs das prisões de Koridallos para qualquer hospital.

Em 2 de Dezembro, Nikos Maziotis e Pola Roupa foram transferidxs para um hospital fora das prisões, devido à deterioração de seu estado de saúde. No entanto, no próprio dia, ambxs xs companheirxs pediram que fossem enviadxs de volta para as prisões, porque, eventualmente, não era permitida a comunicação telefônica sem obstáculos com o seu filho.

Em 4 de Dezembro, Nikos Maziotis queimou e destruiu a seção de isolamento B na cave da prisão masculina de Koridallos, onde foi mantido em prisão solitária durante 5 meses. Foi então transferido para a enfermaria da prisão, por causa dos fumos, e ameaçado com maior isolamento – desta vez numa unidade disciplinar das prisões de Koridallos.

Às primeiras horas do dia 5 de Dezembro os grevistas da fome Nikos Maziotis e Pola Roupa foram transferidxs à força para fora das prisões de Koridallos.

O procurador da prisão ordenou a sua hospitalização involuntária. Estão a ser mantidxs no Hospital Geral do Estado de Nikaia, ambxs ameaçadxs de alimentação forçada. Até ao momento, os médicos do hospital não cederam ao pedido do promotor.

Nikos Maziotis e Pola Roupa continuam a sua greve de fome. Declararam que não aceitarão soro e irão agir contra o tratamento involuntário e a alimentação forçada (tortura) de todas as formas possíveis.

Novo projeto: Warrior Up – Técnicas para sabotagem da infraestrutura capitalista e indústrias extrativistas

8, dezembro, 2017 Sem comentários

“A questão não é mais de teoria, mas de prática: como bloquear os fluxos do capitalismo para deter a degradação ecológica e a exploração humana? Pode terminar com a guerra social generalizada, mas começa com grupos de amigxs. De mãos dadas, bandas de amigxs podem se coordenar para interromper o fluxo de mercadorias e carbono. Flexionando seus músculos, talvez primeiro só por uma hora. Então, um dia. Então, um mês. O objetivo: para sempre”. – Introdução ao Apocalipse

Warrior Up é um projeto de pesquisa aberto a qualquer contribuição anônima, voltando a atenção para as infraestruturas e indústrias extrativas de que depende a economia capitalista – como funcionam e como elas são vulneráveis ​​à ação direta.

Este projeto é inspirado pela sabotagem de infraestrutura realizada por guerreiros indígenas no território dominado pelo estado canadense durante a defesa terrestre e aquática nas últimas décadas. Queremos ser um recurso para anarquistas e outrxs rebeldes que realizam ações contra a economia da morte – como podemos tornar essas ações mais efetivas, seguras, criativas e reproduzíveis?

Precisamos da ajuda de todxs xs brilhantes encrequeirxs no espaço internacional anarquista para tornar este recurso mais relevante e abrangente. Envie-nos por correio eletrônico textos que apareceram em guias ou comunicações (ou fontes mais obscuras, como literatura da indústria ou manuais de contra-insurgência) que podem nos ajudar a contribuir melhor para reduzir a mega-máquina. A tradução de material que ainda não está em inglês seria muito apreciada – podemos traduzir de francês ou espanhol se você nos direcionar para os textos.

A página ‘Infrastructure (Infraestrutura)’ lista ações e pesquisas classificadas por meta (infraestrutura de rodovias, gasodutos, eletricidade, trilho, fibra óptica e comunicação). A página ‘Arson and Sabotage (Incêndio e Sabotagem)’ lista técnicas, e também é classificada por alvo (carros, edifícios, máquinas pesadas). A página ‘Guides (Guias)’ recolhe publicações sobre incêndios, sabotagem, bloqueios, segurança e campo de guerreiros. A página ‘Maps (Mapas)’ lista os projetos de mapeamento de infraestrutura e indústria extrativista.

Uma vez que o projeto é mais abrangente, lançaremos um zine contendo o conteúdo mais relevante.

warriorup.noblogs.org
warriorupthrowdown(arroba)riseup(ponto)net

Trento, Itália – 12 de dezembro, manifestação contra os massacres de estado e contra suas políticas de guerra

8, dezembro, 2017 Sem comentários

Categories: Uncategorized Tags: ,

Uruguai – Solidariedade com xs perseguidxs pela operação Erebo no Brasil

8, dezembro, 2017 Sem comentários

Recebido via correio eletrônico e traduzido.

*****

Desde 24 de outubro uma nova operação repressiva e de intimidação contra o movimento anti-autoritário e anarquista em geral na cidade de Porto Alegre, atacando casas particulares, centros sociais, ocupações, bibliotecas e espaços anarquistas.

As ações da polícia civil, a imprensa e seu espetáculo midiático também levaram à elaboração da montagem perseguidora com a intenção de gerar medo, isolando as lutas e as solidariedades, gerando o contexto para que se intensifiquem as perseguições, as prepotências e o assédio contra companheirxs e pessoas próximas.

Fazendo novamente uma releitura maliciosa da mitologia grega, é realizada pela polícia civil do estado do Rio Grande do Sul esta operação denominada Erebo, nos últimos acontecimentos de 30 de novembro (novas incursões e buscas) presume-se que a polícia federal também participa das investigações.

Somando-se à perseguição histórica levada a cabo contra as idéias e as práticas anarquistas e anti-autoritárias. Os meios de comunicações dão conta da possibilidade da aplicação da lei antiterrorista recentemente aprovada no Brasil.

Acreditamos que é necessário visibilizar a situação que se está sendo vivida nos espaços sociais e em qualquer lugar que esteja posicionado em resistência.  

Encorajamos a manter-se atentxs aos acontecimentos e se solidarizar com xs compas insubmissxs perseguidxs pelo estado de brasileiro.

Mão estendida axs companheirxs, punho fechado ao inimigo!!
Solidariedade anarquista!!!

Roma, Itália – Ataque explosivo contra delegacia de polícia

8, dezembro, 2017 Sem comentários

a partir da tradução Insurrection News, via Croce Nera Anarchica

Em tempos de paz social e conformidade, não há melhor resposta do que a ação. Um estímulo, uma continuidade e uma sacudida para acordar aqueles que dormem.

Atuar por iniciativa própria quebra a comfirmadade e a inação e inflama aquelxs cujo sangue ferve.

A práxis anárquica do ataque deve ser o estímulo básico da anarquia, caso contrário é umx mortx. Ação é necessária para nos tornar vivxs nas formas que consideramos oportunas, removidas de todos os programas, estruturas hierárquica e vertical. Muitas práticas revolucionárias fazem parte de um anarquismo nas suas entranhas.

Decidimos levar nossas vidas em nossas próprias mãos, rompendo a paz opressiva que nos rodeia.

Na noite de 06 pra 07 de dezembro, colocamos uma garrafa de aço contendo 1,6 kg de explosivos fora do quartel da carabinieri no distrito de San Giovanni, em Roma.

Nossas atenções voltaram-se para os principais guardiões da ordem mortal do capitalismo: a polícia. Sem eles, os privilégios, a arrogância e a riqueza acumulada pelos proprietários não seriam nada. Porque eles sempre tiveram a função de reprimir, encarcerar, deportar, torturar e matar aqueles que, por escolha ou necessidade, se encontram fora de suas leis.

A luta contra o estado não é simples e não pode ser reduzida a fórmulas mágicas. Mas os objetivos estão lá e você nem sempre pode fazer teorias e falar de conveniência. Todx indivídux livre por vontade e necessidade coloca a teoria em ação, aqui e agora. Não há delegação na luta pela liberdade.

O que teria sido nesses anos se uma minoria incendiária não tivesse apanhado a tocha da anarquia? Se essxs companheirxs esperassem tempos melhores? O presidente da Comissão Européia, cujo natal foi arruinado, sabe algo sobre isso. Ele sabe algo sobre o vampiro da Equitalia e foi mutilado por uma das suas garras.* O feiticeiro de Ansaldo Nuclear deve ter sentido o calor da tocha da anarquia nas pernas.**

Hoje tomamos a tocha da anarquia, amanhã será outra pessoa. Enquanto você não desligar!

Quem quer assistir continuará a assistir. Quem quer justificar politicamente, não agir continuará a não fazê-lo. Não esperamos nenhum trem de esperança, não aguardamos momentos melhores. As condições se movem com o confronto. O movimento é como se atuasse, caso contrário, permanece imóvel. A libertação dx indivídux da autoridade e da exploração é realizada por aquelxs diretamente envolvidxs.

No entanto, aquelxs que atacam são impulsionadxs por um impulso contagioso. Isso significa propaganda da ação.

Contra policiais, políticos e seus ladrões. Contra os engenheiros da ciência e da indústria. Contra todos os mestres, mas também contra todos os servos. Contra as fileiras de cidadãos honestos da sociedade prisional.

Não estamos interessadxs ​​em perder tempo e energia na crítica dos reformistas… Embora não nos consideremos uma minoria elitista, como anarquistas, temos nossas ações e nossas demandas. Nossa propaganda. Todx  indivídux e grupo de afinidade desenvolve e intensifica suas experiências na união fraterna. Sem especialização e sem querer impor um método. Deixa cada umx encontrar o caminho através da ação. A organização hierárquica estruturada além de matar a liberdade dxs indivíduxs também é mais vulnerável à reação da opressão.

A organização anarquista informal é o instrumento que consideramos mais apropriado neste momento, para essa ação específica, porque nos permite manter nossa individualidade irredutível, o diálogo com outrxs rebeldes através da reivindicação de responsabilidade e, finalmente, a propaganda transmitida pelo eco da explosão.

Não se destina a ser uma ferramenta absoluta e definitiva.

Um grupo de ação é criado e desenvolvido através do conhecimento, através da confiança. Mas outros grupos e indivíduxs podem compartilhar, até temporariamente, um projeto, um debate, sem se conhecer pessoalmente. Elxs se comunicam diretamente através da ação.

A ação destrutiva direta é a resposta lógica à repressão. Mas não apenas. A praxis anarquista também é um avivamento, uma proposta que vai além da solidariedade, quebrando a espiral da repressão-ação-repressão. As ações de solidariedade são impotentes, mas não podemos limitar-nos à crítica, por mais armada que seja, de alguma operação opressiva ou processo.

Xs companheirxs presxs fazem parte da luta, elxs nos dão um lado e nos dão força. Mas é necessário agir e organizar. O avanço do desenvolvimento tecnológico, as políticas de controle e repressão não proporcionam muito espaço para avaliação sobre o que fazer. A vida e a repressão na metrópole estão sendo redesenhadas. Movendo e atuando pode se tornar cada vez mais complicado.

Ao contrário dos “choques” frequentemente anunciados por um certo antagonismo, a imprevisibilidade é a melhor arma contra a sociedade de controle. Acerte onde eles não esperam você. Hoje, atingimos o coração da capital militarizada para desafiar os delírios da segurança. Amanhã, quem sabe, talvez nos subúrbios onde você menos espera. Nós não fazemos tréguas, escolhemos nossos próprios tempos. Este sempre foi o princípio da guerrilha metropolitana. Com a diferença de que a célula de conspiração informal não conhece hierarquias ou direções estratégicas. E é por isso que é ainda menos previsível.

O Estado italiano está na vanguarda das políticas repressivas e militares. Por localização geográfica, muitas vezes é chamado a fazer o trabalho sujo para defender as fronteiras da Fortaleza da Europa.

Os últimos acordos entre o ministro Minniti*** com os sangrentos coronéis líbios são evidências recentes. Alcançando o número de escravxs necessárixs, “vamos aproveitá-los em casa”, bem como permanecer popular ainda é uma boa pechincha.

Na noite passada, trouxemos a guerra para a casa do ministro Minniti. Os que estão de uniforme que são diretamente responsáveis, os que obedecem, mantendo o silêncio e silenciando aquelxs que não o fazem. Eles receberam um pequeno gosto do que eles merecem.

Com esta ação, lançamos uma campanha internacional contra os representantes, estruturas e meios de repressão. Qualquer pessoa pode contribuir com esta campanha usando quaisquer ferramentas que considerem mais apropriadas.

Célula Santiago Maldonado
Federação Anarquista Informal-Frente Revolucionária Internacional

Dedicamos essa ação ao companheiro anarquista sequestrado e morto pelos capangas da Benetton na Argentina. Que venha o dia em que os opressores finalmente desaparecerão da face da Terra.

*refere-se a uma carta-bomba enviada em 2003 por uma célula da FAI-FRI para o lar do presidente da Comissão Europeia, Romano Prodi. Prodi abriu o pacote em sua casa, mas a explosão subsequente não resultou em ferimentos graves.

**refere-se ao ataque de 2012 contra o presidente-executivo da Ansaldo Nuclear, Roberto Adinolfi, pela Célula Olga  FAI-FRI, no qual Andinolfi estava de joelho.

***Marco Minniti, ministro do Interior.

Paris, França – Okupa condenado a 1 ano de prisão por “roubo”

6, dezembro, 2017 Sem comentários

via Act For Freedom Now

Na terça 24 de outubro de 2017, várixs companheirxs tentaram entrar em uma casa vazia para fazer dela sua casa, mas a propriedade estava equipada com um sistema de alarme. Todxs xs companheirxs conseguiram fugir, exceto um, que foi preso e detido. Os policiais lançaram uma investigação por roubo, mesmo que a casa estivesse desocupada e os próprios proprietários reconhecessem que nada havia sido tomado.

O camarada preso, Alfidel, não tem documentos e não tem como provar sua identidade. Ele recebeu um julgamento imediato no TGI de Créteil e condenado imediatamente a um ano de prisão por roubo sem itens roubados e atualmente está preso em Fresnes, com um pedido de apelação.

* Sobre Alfidel *

A prisão de Alfidel é o último capítulo de sua vida turbulenta, no qual ele teve que lutar constantemente contra a opressão por sucessivas autoridades.

Nascido no Chade na década de 80, enquanto ainda era menor, participou de uma rebelião contra o ditador Idriss Déby. Gravemente ferido e parcialmente tratado por isso (ele ainda sofre os efeitos de seus ferimentos), ele foi preso até que os grupos tomassem o controle da capital, N’Djaména, e abriram os portões da prisão. Ele escapou para a Líbia, mas a guerra civil e a queda de Gaddafi o forçaram a fugir novamente, especialmente porque os negros foram severamente perseguidos por sua colaboração com o ditador líbio (na verdade, Idriss Déby havia enviado tropas do Chade para apoiar seu companheiro).

Chegando na Europa pela Itália, Alfidel acabou na França. Ele reivindicou asilo, mas foi recusado, como é o caso da maioria dos requerentes de asilo na França: em 2016, 71% dos pedidos foram recusados em primeira instância, 62% em recurso (fonte OFPRA). Todos recusaram se tornar sans-papiers (sem documentos).

Chade é um país onde ser umx adversárix políticx coloca você em risco de ser mortx, mas como Deby é um aliado firme da França, não é classificado como um país perigoso. A França usa o Chade como base para consolidar o poder na região e enviar várias missões de “manutenção da paz” nos países vizinhos. Em contrapartida, a França fornece armas, treinamento e poder militar quando o regime de Deby torna-se vulnerável, como fez com os governos anteriores. Nos contextos de conversas sobre “pontos quentes” (centros de detenção e triagem de migrantes) no Níger e no Chade, Macron recentemente reafirmou que o Chade é um país seguro. Enquanto isso, os ataques de Boko Haram apenas reforçam a legitimidade percebida da presença regional da França aos olhos da ONU.

Um número significativo de refugiadxs “certificadxs” nunca recebem qualquer acomodação a que tenham direito legalmente, e aquelxs que procuram asilo quase nunca fazem. Xs requerentes de asilo recusadxs ​​se encontram sem solução. Desta forma, Alfidel encontrou-se okupando junto com outrxs chadianxs de vários estados legais, bem como estudantes, desempregadxs e pessoas precárias que constituíam o coletivo ‘Francs-Tireurs’ em La Courneuve e o ‘Maison Rouge’ em Saint-Denis.

Nosso camarada, estrangeiro, sem documentos, e quase sem recursos, encontra-se em uma situação extremamente frágil. Ele está particularmente exposto a esta “justiça” classista e racista do estado que condena xs negrxs, xs pobres, xs sem-teto e outras minorias o tempo todo. Alfidel enfrentou uma figura eminente dessa justiça, Hoc Pheng Chhay, do tribunal de Créteil, que depois de dar sua palestra, envia os réus à prisão sem se preocupar em ouvir seus advogados falarem. Este juiz particularmente severo tem o hábito de dar sentenças privativas de liberdade por delitos triviais, tanto que até os diretores da prisão se queixaram.

Enquanto estava em custódia, Alfidel também recebeu um OQTF (Obligation de Quitter le Territoire Français – um pedido para sair da França) e uma proibição de retorno por um ano. Em geral, os OQTFs podem ser contestados dentro de 15 a 30 dias, mas neste caso, ele só recebeu 48 horas para apelar. Esta pequena janela em que apelar torna impossível na prática desafiar, e o caso de Alfidel foi rejeitado. Para o nosso camarada foi uma dupla sentença, a ordem de deixar a França limitando a esperança de qualquer libertação antes da sua audiência de recurso.

A repressão atingiu nosso camarada Alfidel, mas também atinge severamente todxs aquelxs que respondem à sua miséria material por meio da organização e solidariedade.

O apoio material, jurídico, financeiro e moral ao nosso camarada é necessário. Um coletivo reuniu-se e proporá várias iniciativas e discussões com aquelxs que experimentam a mesma violência repressiva dos policiais, a lei e a prisão. Haverá um jantar de solidário dia 09 de dezembro a partir das 12h na Cantine des Pyrénées (77 rue de la Mare, no 20e arrondissement de Paris) para coletar dinheiro para Alfidel e para honorários legais. Às 14h, o coletivo se reunirá para discutir os próximos passos, particularmente em relação ao apelo.

As doações serão enviadas mensalmente para Alfidel na prisão por Kalimero, o fundo de solidariedade para presxs da guerra social.

*Para escrever para Alfidel:

Alfidel ABAKAR
n° écrou 995197
cellule 436, division 3 nord
Centre pénitentiaire de Fresnes
Allée des thuyas
94 261 FRESNES CEDEX

Liberdade para Alfidel e todxs xs outrxs!
Sem documentos para ninguém e lugares para todxs!

Fechem as prisões!
Abram as okupas!

– o Coletivo de Solidariede de Apoio a Alfidel

Santiago, Chile – Ação em memória de Sebastián Oversluij e em solidariedade com o compa preso Alejandro Centoncio

6, dezembro, 2017 Sem comentários

via Insurrection News

26

No primeiro dia de dezembro às 00:00 hora, foi realizado na periferia de Santiago, ação direta incendiária, em comemoração da morte do companheiro Angry Overluij e em solidariedade combativa com o companheiro Alejandro Centoncio preso na antiga penitenciária há 8 meses por porte de artefato incendiário.

Esta ação foi realizada com o levantamento de barricadas e enfrentamento, o qual tem como objetivo ampliar e multiplicar o chamado à solidariedade combativa com nossxs companheirxs presxs e caídos em combate.

Morte ao E$tado e à sociedade carcerária!

43517

Santiago, Chile – Palavras de Juan e Nataly antes do final do julgamento no chamado “Caso Bombas 2”

6, dezembro, 2017 Sem comentários

via Publicación Refractario


Uma  nova abordagem axs indivíduxs em conflito permanente com o poder e axs compas solidárixs em qualquer lugar do globo.

A mais de 3 anos da nossa prisão e mais de 8 meses em julgamento oral pelo denominado “caso bombas 2”

O tempo passado na prisão enfatiza em cada momento o significado da vida que escolhemos de forma consciente desde que sentimos a necessidade de enfrentar esta realidade de extermínio e devastação com suas relações de poder e submissão, para viver de verdade, nos aproximamos inevitavelmente para algum fim…

Estamos presxs há mais de 3 anos por assumir nosso posicionamento contra o sistema de dominação, sem nenhum remorso por isso. Como não podíamos negar a nós mesmxs, ainda menos o que significa esta luta contra o poder, na qual muitxs compas foram tiradxs de nós, sendo para nós uma necessidade de mantê-lxs presentes dos pensamentos aos atos, para continuar sendo cúmplices, destruindo as fronteiras do tempo e espaço.

Há mais de oito meses, foi realizado um julgamento contra nós, do qual claramente não nos sentimos parte, já que sabemos há muito tempo que somos xs únicxs donxs de nossas existências, não importa onde estivéssemos. Vindo diariamente para este lugar significa sentir ainda mais o confinamento físico, sendo algemadxs, em pequenas jaulas e ataques diariamente. Apesar disso, ficamos todo esse tempo tão perto  quanto não pudéssemos estar em mais de dois anos de prisão.

Lhes contamos que nos encontramos perto do dinal do julgamento, a 01 ou 02 semanas aproximadamente. Esperamos seu fim de uma vez por todas, já que o período deste processo foi devido ao espírito do promotor para apresentar sua “prova” até o cansaço… (7 meses foi sua exposição), sabemos que este caso é bastante fantasioso na realidade.

Do visto e ouvido aqui somos finalmente acusadxs:

  1.  Ataque explosivo em 08/09/2014 no subcentro da escola militar (acusam Juan). Ataque que deu aviso à polícia (número 133), de acordo  com elxs com apenas 3 minutos antes da detonação. Informação da qual não duvidamos que exista manipulação, porque, após o aviso, nenhum procedimento policial foi adotado, nem mesmo este aviso foi informado. Feito com as consequências de feridxs já conhecidas.
  2. Ataque explosivo em 13/07/2014 na estação terminal de metrô Los Dominicos, atribuindo o artefato mais de 10 minutos depois de ser encontrado por um empregado do metrô sobre um assento do metrô. (acusam Natal e Juan)Estas duas ações foram reivindicadas pelxs compas da Conspiração das Células de Fogo.
  3.  Atentado explosivo em 11/08/2014, artefato colocado embaixo de um carro particular de um policial, este no estacionamento ao lado da 1ª delegacia do centro de Santiago. (acusam Nataly e Enrique de “facilitar” o artefato a Juan, que acusam de colocador).Em princípio, Juan também foi acusado de colocar um artefato explosivo na 39ª delegacia do Bosque. No mesmo 11/08/2014 em um horário em que só diferia por volta de 10 minutos da explosão na 1ª delegacia, lugares separados por uma distância exageradamente maior no tempo… situação que insultava a lógica e só era possível na imaginação do promotor, então essa acusação foi finalmente retirada, no entanto ele usou este fato como um tipo de prova durante todo o julgamento.

    Ambas ações foram reivindicadas pela Conspiração Internacional Pela Vingança.

  4. Nataly e Juan são acusadxs de porte de pólvora negra.O Ministério Público, e não só elxs, tentam nos condenar e condenar esses feitos sob a lei antiterrorista e a vala que são suas prisões pedindo prisão perpétua a Juan, 20 anos e 1 dia para Nataly e 10 anos e 1 dia para Enrique.

    Este processo só busca por sua natureza repressiva, policial, midiática, judicial e prisão, ser um golpe e mais uma demonstração de força contra xs indivíduxs que negam seu poder.

    Este é um “processo” que, desde nossa prisão em 18/09/2014, contou com mais de 2000 policiais para nos prender, em meio de uma festa midiática. Policiais de diversas instituições como GOPE, LABOCAR, DIPOLCAR, PDI, entre outras, muitas das quais participaram neste julgamento como testemunhas e/ou peritos, com relatórios lugares dos eventos (pela GOPE), coleta de evidências (pela LABOCAR e DIPOLCAR) e inteligência da Carabineros responsável por este caso.

    Com as perícias como o DNA, tentam nos vincular a esses fatos, DNA de mesclas complexas, no limite de detecção e outras complicações técnicas que não entregam nem tem nenhuma certeza científica, é mais, apenas a interpretação parcial, tendenciosa e até a manipulação da evidência pela LABOCAR, como vimos nesse julgamento. Além de buscar subjetivamente justificar através do nosso posicionamento, uma relação com os fatos. Fatos sobre os quais argumentamos não ser autores, mas que para o Ministério Público é um elemento extremamente importante devido à imprecisão de sua acusação.

Hoje, temos a necessidade de não ceder frente aos golpes de nossxs inimigxs e responder a cada compa solidárix e ação que esteve conosco neste confinamento, de diferentes lugares do globo, Argentina, Brasil, Grécia, para mencionar alguns. Suas distintas formas de coordenação e propagação do conflito são fundamentais para aquelxs que vivem na prisão, e hoje queremos abraçá-lxs novamente.

Ainda temos claro que nada do que elxs pretendam determinar, será suficiente para acabar com nossos desejos de liberdade. A liberdade dxs compas presxs, e a própria necessidade de sua destruição são parte de nossos planejamentos e objetivos, pde modo de tocar e colidir com estes muros não podem reforçar  esta necessidade…

Hoje queremos saudar

Fraternalmente a Byron Robledo, compa atropelado por um motorista miserável da transantiago em defesa da propriedade dxs ricxs. Romper a passividade e solidarizar com Byron!!!

Um abraço à distância com o companheiro Konstantinos Yagtzoglou, sequestrado em Atenas, acusado de atentar contra o primeiro ministro e empregado do FMI Loukas Papadimos.

Solidariedade insurrecta com xs companheirxs da CCF, e um abraço cúmplice a Freddy Fuentevilla, Marcelo Villarroel e Juan Aliste, sempre atentos e dispostos a solidarizar.

Recebemos com alegria a liberdade de Hans Niemeyer e Javier Pino.

Da mesma forma, a saída da prisão dxs 8 comuneros mapuches na denominada operação huracán e o os comuneros absolvidos pelo caso LuchsingerMckay.

Dos muros da prisão de San Miguel Nataly Casanova e desde o CDP Santiago Sur (ExPenitenciaria) Juan Flores.