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Santiago, Chile – Artefato incendiário dentro de ônibus + Reivindicação

2, janeiro, 2018 Sem comentários

Durante a madrugada de 18 de dezembro de 2017, um artefato incendiário é encontrado em ônibus da transantiago da linha 107. Quando o objeto estranho foi localizado, o ônibus para na Alameda com Las Rejas para chamar a polícia.

O artefato teria sido composto por duas garrafas plásticas com combustível, além de um sistema de relógio que não conseguiu se ativar. Junto com o artefato foram encontrados panfletos com “consignas anarquistas”, como apontou a polícia à imprensa.

Finalmente, e após as perícias do GOPE, Labocar e as ameaças por parte do Ministério Público Sul, o frustrado ataque incendiário foi reivindicado fazendo uma chamada por um Dezembro Negro.

Vídeos da imprensa: CHV Noticias, 24 horas

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POR UM DEZEMBRO NEGRO, TENTE VIVER A ANARKIA!

Não acreditamos em suas falácias e idéias de democracias

Não apoiamos seus métodos de controle social e repudiamos a implantação de leis e medidas cautelares que buscam manter nossxs irmãxs atrás dos malditos muros das prisões

Estamos posicionadxs diretamente em frente a toda exploração.

Este mês em que Angry se entregou ao abraço de sua convicção

Saudamos com um uivo de liberdade axs suxs companheirxs e axs suxs familiares

Axs muitxs irmãxs dessxs seres anônimxs que ainda não desistem e que, apesar de estar presxs, seguem dando resistência às suas vidas

POR QUE NADA NEM NINGUÉM SE ESQUECE

Recuperaremos a liberdade e resistiremos até que o último suspiro inunde nossos corações

Afinando nossos fios para um ataque mais certeiro, nos posicionamos todos os dias em qualquer lugar do mundo contra toda autoridade, procurando propagar a idéia da libertação total em todos os cantos. Para que nossos golpes, por diferentes que sejam, levem o planejamento e o cuidado necessários, não lhes dê o gosto axs malditxs que querem nossas vidas sossegadas. Milhões do maldito dinheiro são gastos em “segurança”, xs bastardxs que tentam possuir nossas vidas e idéias e apesar disso de nada servirá. Por mais lágrimas que derramemos, estas são transformadas em combustível que detona nosso bombeante avanço, e que todo o sangue de nossxs irmãxs assassinadxs será vingado, contra o progresso tecno-industrial e toda a máquina que devasta a Terra, a vida de todxs xs animais que em habitamos.

O MUNDO NÃO TEM FRONTEIRA PARA XS QUE AMAMOS E SOMOS CONTRA TUDO O QUE BUSCA NOSSA SUBMISSÃO

Reivindicamos a colocação de um artefato explosivo no ônibus da Transantiago da linha 107 às 04:30 da manhã, na segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Esta ação foi planejada lembrando com amor e raiva nossxs irmãxs sequestradxs, torturadxs e assassinadxs neste espaço chamado Terra.

Nossa coragem vai com todo o desprezo em relação axs malditxs escravxs do estado

Com um sorriso e mais ganas de desafiar nossos avanços, assumimos que, lamentavelmente, a bomba não detonou, já que algumx cidadãx percebeu o conteúdo da mochila e avisou o motorista do ônibus, que respectivamente avisou a bastarda polícia e com ela o show midiático que já conhecemos, esclarecemos que pensamos nesse horário porque muitxs cidadãxs não se mobilizam nesse símbolo do progresso, portanto, vemos esse ato como outra experiência para nossa vida de busca da liberdade.

A idéia de que fosse esse ônibus e esse endereço lembrando TAMARA SOL e sua ação de amor e vingança!

Sebastian Oversluij e Alexandros Grigoropoulos presentes!
SOL ÀS RUAS!
Até derrubar a polícia capanga do estado!
Enquanto existir miséria haverá rebelião!

Uivamos cúmplices axs companheirxs presxs depois da chamada operação “EREBO” no Brasil
Alfredo Cospito, e todxs xs presxs às ruas!

Estados Unidos – Dezembro Negro – A memória é uma arma

2, janeiro, 2018 Sem comentários

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“Quanto aos setenta e cinco anos, não estou realmente preocupado, não só porque tenho o hábito de não completar sentenças ou esperar a liberdade condicional ou qualquer dessas besteiras, mas também porque o estado simplesmente não vai durar setenta e cinco ou mesmo cinquenta anos”
Kuwasi Balagoon, 09 de dezembro de 1983.

“Axs amigxs e pessoas que ajudaram a dar sentido a todos esses eventos que aconteceram tão rápido. Certas culturas humanas travaram uma guerra contra a Terra por milênios. Escolhi lutar do lado dos ursos, dos leões das montanhas, dos zorrilhos, dos morcegos, dos saguaros, das rosas e todas as coisas selvagens. Sou apenas a mais recente casualidade nessa guerra. Mas esta noite fugi da prisão: estou voltando pra casa, à Terra, para minhas origens”
William “Avalon” Rodgers, 21 de dezembro de 2005

A memória é uma arma, que muitas vezes negligenciamos a brandir nas nossas batalhas. É fácil, presxs como estamos nas marés do progresso, esquecendo o que e quem veio antes que nós e queimou caminhos que agora servem como marcadores para xs insurgentes. Esquecer é se perder numa floresta. Esquecer é não ter história.

O ato de lembrar é um gesto desafiador. Contra nossa lobotomização pela tecnologia. Contra a esterilização da história pelas escolas do estado. Contra a pacificação de vidas revolucionárias pela história oficial e suas narrativas de progresso. Contra a amnésia que poderia apagar os exemplos daquelxs pagaram a liberdade com suas vidas. Para começar a lutar contra esta sociedade, sua podre autoridade e suas ideologias venenosas, devemos primeiro lembrar.

Dezembro nos pesa muito, mas também acende fogos inextinguíveis.

Nos lamentamos por Alexandros Grigoropoulos, anarquista de 15 anos assassinado pela polícia em dezembro de 2008 em Atenas, cuja morte desencadeou semanas de guerra aberta contra o estado grego.

Nos entristecemos por Sebastián Oversluij, “Angry”, anarquista irreprimível assassinado em 11 de dezembro de 2013 por um cão pago de um banco enquanto tentava expropriar dinheiro em Santiago de Chile.

Estamos furiosxs pela morte na prisão de Kuwasi Balagoon em dezembro de 1986: ex-Pantera Negra, soldado do Exército de Libertação Negro e anarquista africano.

Queimamos a noite para despertar o espírito de William “Avalon” Rodgers, libertador da terra que se suicidou no solstício de inverno de 2005, enquanto estava na prisão acusado de levar fogo aos saqueadores da natureza.

Para honrar essxs lutadorxs, não só choramos. Não só dobramos nossas mãos e lamentamos a brutalidade do estado contra nossxs companheirxs. Não nos assustamos com suas mortes. Nós agimos.

Mantemos com vida suas lutas ao continuar lutando. Seja qual for os nossos meios, qualquer que seja nosso contexto: através da rebelião intransigente, os corações de nossxos companheirxs ainda batem.

Por Alexandros e Angry
Por Kuwasi e Avalon
Por toda a natureza

Baixe o arquivo em pdf original em inglês.

Fonte: Sin Banderas Ni Fronteras
Tradução: Turba Negra

Filadélfia, Estados Unidos – Dezembro Negro: Caixas rápidos sabotados

2, janeiro, 2018 Sem comentários

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Na celebração do Dezembro Negro, algumxs anarquistas na Filadélfia decidiram dar um passeio de inverno pelo centro e pôr um freio no comércio do capitalismo de merda de quase todos os caixas rápidos no coração financeiro da cidade.

Pegamos papelões não ondulado cortados na largura de um cartão de banco com supercola aplicada de um lado, e colocamos na ranhura para cartões da máquina ou na ranhura para a entrada da cabine. Foi surpreendentemente fácil fazer e atingimos mais de 50 alvos!

Este ataque foi muito discreto! Todo o que precisávamos era vestir o traje de inverno normal para uma noite abaixo de zero (rostos cobertos, luvas, etc.), limpar nossas ferramentas e caminhar com a confiança segura dos entediantes yuppies. Esta época do ano tem um clima excelente para parecer despretensioso e ocultar sua identidade enquanto realiza todo tipo de atividades ilegais, por isso não tenha medo de tentar isso em casa! Nos sentimos super relaxadxs e produtivxs!

Este ataque foi realizado com a memória de Scout Schultz* e Alexandros Grigoropoulos em nossas mentes, e é dedicado à todxs aquelxs que resistem à repressão estatal.

Pela morte do capital e a recuperação de nossas vidas!
Dinheiro é morte, sabotagem é diversão!
Iluminemos essas noites escuras de inverno com um grande foda-se para vocês sabem quem!
Que as chamas ardentes da anarquia nos aqueçam este e todos os invernos!

Feliz Dezembro Negro para vocês.

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Scout Schultz, anarquista, antifascista e ativista queer assassinada em setembro de 2017 pela polícia em um incidente na universidade onde estudava em Atlanta. Mais info em
https://crimethinc.com/2017/10/05/scout-schultz-remembering-means-fighting-mourning-a-queer-activist-and-anarchist-murdered-by-the-police

Fonte: Sin Banderas Ni Fronteras
Tradução: Turba Negra

Estados Unidos – Dezembro Negro – Memória é uma arma

18, dezembro, 2017 Sem comentários

Fonte: Insurrection News
Tradução: Turba Negra

“Quanto aos setenta e cinco anos, não estou realmente preocupado, não só porque tenho o hábito de não preencher frases nem de esperar em liberdade condicional ou qualquer absurdo, mas também porque o estado simplesmente não vai durar setenta e cinco ou mesmo cinquenta anos “- Kuwasi Balagoon, 9 de dezembro de 1983

“Para meus amigos e apoiadores para ajudá-los a entender todos esses eventos que aconteceram tão rapidamente. Certas culturas humanas travaram guerra contra a Terra há milênios. Eu escolhi lutar no lado de ursos, leões de montanha, gambás, morcegos, saguaros, penhasco e todas as coisas selvagens. Eu sou apenas a vítima mais recente nessa guerra. Mas esta noite eu fiz uma pausa na prisão – volto para casa, para a Terra, para o lugar das minhas origens “- William” Avalon “Rodgers, 21 de dezembro de 2005

A memória é uma arma – uma que muitas vezes negligenciamos para agitar  nossas batalhas. É fácil, preso como estamos nas marés do progresso, para esquecer o que e quem veio antes de nós, que queimou caminhos que agora servem como marcadores de trilhas para insurgentes. Esquecer é se perder em uma floresta. Esquecer é não ter história.

O gesto de lembrar é um gesto desafiante. Contra nossa lobotomização pela tecnologia. Contra a esterilização da história pelas escolas do estado. Contra a pacificação das vidas revolucionárias pela história oficial e suas narrativas de progresso. Contra a amnésia que apaga os exemplos daqueles que pagavam pela liberdade com suas vidas. Para começar a combater esta sociedade, sua autoridade podre e suas ideologias venenosas, devemos nos lembrar.

Dezembro agrava-se sobre nós, mas também acende incêndios inextinguíveis.

Lamentamos Alexandros Grigoropoulos, anarquista de 15 anos assassinado pela polícia em dezembro de 2008 em Atenas, cuja morte provocou semanas de guerra aberta contra o estado grego.

Nos entristecemos por Sebastián Oversluij – “Angry” – irrefutável anarquista morto em 11 de dezembro de 2013 pelo cão de guarda de um banco enquanto tentava expropriar o dinheiro em Santiago, no Chile.

Ficamos com raiva com a morte na prisão de Kuwasi Balagoon em dezembro de 1986 – ex-Pantera negra, soldado no Exército de Libertação Negra e New Afrikan anarquista.

Queimamos a noite para invocar o espírito de William “Avalon” Rodgers, liberacionista da Terra que cometeu suicídio no Solstício de Inverno de 2005 enquanto estava na prisão por acusações de colocar fogo aos saqueadores da natureza.

Para honrar esses lutadores, não choramos. Nós não simplesmente dobramos nossas mãos e lamentamos a brutalidade do estado contra nossos camaradas. Nós não hesitamos pelo medo de suas mortes. Nós atuamos. Continuamos vivendo suas lutas continuando a lutar. Seja qual for o nosso meio, qualquer que seja o nosso contexto: através da revolta intransigente, os corações de nossos companheiros ainda batem.

Para Alexandros & Angry

Para Kuwasi & Avalon

Por todas as coisas selvagens, paz por peça