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Textos com Etiquetas ‘chamada’

Chile – Jornada caótica e conspirativa contra o papa e a igreja

3, janeiro, 2018 Sem comentários


Em janeiro do próximo ano ocorrerá uma visita ao território usurpado pelo estado $hileno o papa francisco, máximo representante da bastarda e hipócrita igreja católica apostólica romana, que, desde sua criação humana não se dedicaram mais do que matar, torturar e impor sua verdade todo custa, arrasando com culturas e até continentes inteiros, promovendo a idéia de que a natureza e os desejos do corpo não passam de pecado, difundindo a farsa antropocêntrica de que tudo o que rodeia o humanx foi criado por um deus (igual a ele) em benefício deste… Este território aún não esquece o gigante derramamento de sangue que significou a imposição da bastarda religião acima mencionada, que só se dedicou a impor sua visão sem sequer escutar as outras múltiplas perspectivas que já existiam, que foram catalogadas como próprias de um inferno caricato. Da mão desta atrocidade, patrocinou a escravidão dxs habitantes do território, aquelxs que em “nome de deus” vieram invadir… Mas a igreja católica não foi apenas uma catástrofe no contexto de conquista, lembrar também como historicamente o catolicismo tem exercido o biopoder no mundo inteiro, dizendo como devem se comportar e tratar os corpos, demonizando qualquer ato carnal e castigando aquelx que saí da heteronorma, deixando a mulher relegada a nada mais que a categoria de “costela do homem” e assumindo a atribuição de decidir sobre seu corpo e sua reprodução (até hoje)… Também não devemos deixar de lado a pedofilia que esta instituição patrocina de maneira nojenta, além de sempre estar do lado do poder e dxs opressores (tal como foi a visita do papa juan pablo ll ao $hile ditatorial).

NÃO QUEREMOS NEM SEU PERDÃO, NEM SUAS BÊNÇÃOS NEM SUAS REZAS, NÃO NOS INTERESSA SUAS MALDIÇÕES E FALSAS AMEAÇAS, O ÓDIO E A MEMÓRIA AVANÇAM…

PAPA FRANCISCO, TUA BATINA BRANCA NÃO OCULTA OS SÉCULOS E SÉCULOS DE TORTURAS, MORTES, SAQUES, HUMILHAÇÕES E CEGUEIRA, CHAMAMOS PARA A SABOTAGEM, DAS AÇÕES COM RAIVA E COMBATER A BASTARDA AUTORIDADE CLERICAL, CHAMAMOS PARA DERRUBAR TODAS AS FARSA IMPOSTAS PELA RELIGIÃO E TOMAR UMA POSIÇÃO DE COMBATE CONTRA TODX AQUELX QUE NOS OPRIME E MANIPULA NOSSAS VIDAS!

Fonte: Contra Info

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Estados Unidos – Chamada de solidariedade com xs acusadxs no caso J20

2, janeiro, 2018 Sem comentários


CHAMADA PARA UM DIA DE SOLIDARIEDADE INTERNACIONAL COM XS ACUSADXS DO DIA DA POSSE – 20 DE JANEIRO DE 2018

Em 20 de janeiro de 2017, dezenas de milhares de pessoas receberam a posse do presidente Donald Trump com grandes protestos, que iam de bloqueios criativos a ações militantes de rua. Entre as manifestações daquele dia havia um bloco anticapitalista e antifascista conduzido por faixas, onde se podia ler “Nenhuma transição pacífica” e “Que os racistas voltem a ter medo”. Em resposta ao protesto, a polícia atacou-xs violentamente e cercou cerca de 230 pessoas, detendo-as por alegadamente terem cometido danos materiais ou por estarem próximas dessas ações.

Depois de uma série de acusações formais e de manobras legais, cerca de 200 pessoas foram acusadas de seis crimes (cinco casos de danos materiais e incitação a motim) e duas contravenções (participação em motim e conspiração para motim). Isto significa que cada uma dessas pessoas enfrenta uma pena 61 anos de prisão.

Este caso sem precedentes é importante porque é uma tentativa por parte do governo dos Estado Unidos de reprimir os protestos disruptivos que surgiram espontaneamente em resposta à eleição de Trump. As acusações estão destinadas a sufocar a resistência ativa e a enviar uma mensagem de que a resistência não será tolerada, num momento em que é necessária mais do que nunca. Em muitos aspectos, este caso é uma experiência quanto à expansão dos poderes repressivos do Estado, com procuradores que tentam incriminar todxs como um  grupo pelo mesmo punhado de janelas quebradas com base apenas na presença. Além disso, a polícia e outros agentes do Estado estão tentando redefinir a mais básica organização política – realizar reuniões, planejar protestos e a participação nestes como um grupo – como um ato de conspiração. Isto faz parte de uma tendência contínua, tanto nacional como internacional, de um aumento da repressão, que tem como alvo os movimentos sociais nos supostos Estados “democráticos”. Se o Estados Unidos tiverem sucesso na condenação dos movimentos sociais desta forma, isso certamente encorajará outros governos a fazerem o mesmo.

À medida que o governo de Trump contribui diariamente para que o mundo esteja cada vez mais à beira de uma calamidade, é importante apoiar aquelxs que no Estados Unidos arriscaram a sua liberdade para se oporem a ele desde o seu primeiro dia no governo. Os protestos do dia da posse deram o tom de muita  resistência que se seguiria e garantiram que governo de Trump e os seus aliados de extrema-direita não ficariam sem oposição. Mais tarde, por todo o país, as pessoas usaram a ação direta para fechar quase todos os aeroportos internacionais, num protesto histórico que travou temporariamente as políticas anti-imigração e islamofóbicas do novo governo. Continuando esta luta no tribunal, a maioria dxs acusadxs estão trabalhando juntxs para responder politicamente a essas acusações e estão usando este caso como forma de fortalecer os laços entre diferentes lugares e diferentes lutas.

Como resposta, esta é uma chamada para um dia de solidariedade internacional dia 20 de janeiro de 2018. As ações solidárias vindas de todo o mundo aqueceram os corações dxs acusadxs, numa altura em que enfrentam uma intensa repressão. Além disso, são parte de uma prática política que reconhece que estamos envolvidxs numa luta comum que transcende as fronteiras. Pedimos solidariedade não como um ato de caridade, mas como gesto para a cumplicidade comum no esforço de resistir ao governo Trump e ao futuro que pretende impor.

Fonte: Contra Info

Santiago, Chile – 21 de dezembro, concentração em solidariedade com Juan, Nataly e Enrique

21, dezembro, 2017 Sem comentários

Fonte: Publicación Refractario
Tradução: Turba Negra

Abaixo a indiferença!
Solidariedade não é uma palavra vazia, são as ações para romper as cadeias!
Solidariedade absoluta com xs compas Nataly, Juan, Enrique
e todxs xs presxs revolucionárixs.

Indonésia – Solidariedade contra NYIA (Novo Aeroporto Internacional de Yogyakarta) em Makassar e outros lugares

20, dezembro, 2017 Sem comentários

Fonte: Insurrection News
Tradução: Turba Negra

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Fotos de ações recentes (molotovs, faixas, murais) em Makassar e outros lugares na Indonésia contra NYIA. Encorajamos a solidariedade dxs companheirxss internacionais para parar ou destruir a megamáquina completamente!

As seguintes empresas europeias estão envolvidas no projeto de construção:
AGA-Letiště, s.r.o. (Praga, Chéquia)
Mott Macdonald (Londres, Inglaterra)

Colaborador local:
Embaixada da Indonésia

CONTRA O CAPITAL E O ESTADO

(via Agitasi)

Berlim, Alemanha – Rigaer94 – Chamada para resistência e publicação de cartazes

20, dezembro, 2017 Sem comentários

Fonte: Insurrection News
Tradução: Turba Negra


O estado policial desencadeia toda a gama de possibilidades: no início desta segunda-feira, provavelmente 100 rostos de pessoas, que participaram dos eventos de Hamburgo, foram publicadas. A campanha do estado produziu completamente o disfarce de acusação e começou um esfregaço, que deveria quebrar qualquer tipo de resistência. Não vamos ficar em silêncio sobre esses incidentes, este ataque geral sobre os últimos elementos sociais e resistentes restantes. Queimar essa sociedade de delatores e assassinos e o fascismo na fogueira é um dever ainda não cumprido.

É claro para todo ser humano razoável, que o episódio de Hamburgo era absolutamente necessário. As mentiras e os falsos debates das autoridades de repressão e o sistema conformista e a direita não conseguiram reescrever a resistência bem sucedida contra o G20. Em um dos regimes democráticos mais seguros de todo o mundo com um aparato de poder diferenciado e a imagem da invencibilidade, dez mil pessoas se atreveram a assumir, assumindo grandes riscos e, em parte, consequências graves para suas próprias vidas. Uma composição de protestos, ações resistentes e ofensivas transformou a cúpula dos poderes governantes em um desastre. Um desastre para a marca de Hamburgo, Alemanha e os mais poderosos deles, cuja reunião mais importante agora tem um futuro imprevisível.

Um desastre é o que a cúpula foi também para a polícia. Esta instituição que teve, no império alemão como na Alemanha fascista e a democracia nunca foi apenas o executivo, mas antes de mais o poder de legitimação desta nação de assassinos e perdedores. Todos sabemos quão profundamente enraíza a ideologia do estado policial em nossa sociedade.

Uma sociedade que jogou Rosa Luxemburgo morta no Landwehrkanal, mesmo atrás de uma estante perseguiu Anne Frank e enviou-a, com milhões de outros “subhumanos” para os campos da Morte; Essa sociedade que no final declara um exército alemão-nacional* como a “resistência”, é fascista. O aparelho de segurança do BRD, formado pelos mesmos açougueiros que caçavam partisans e antifascistas pela nação alemã em toda a Europa sem piedade, é fascista. A sociedade em geral e os poderes executivos se reuniram na caça dos comunistas e levaram a maquinaria contra os grupos de guerrilha que, felizmente, meteu bala no fascista alemão Hans-Martin Schleyer até um momento que nunca se viu a perfeição, apenas alguns anos depois do “libertação”.

Os rostos da resistência foram colados em cartazes de procurados em cada esquina, em cada cruzamento que se esperava ser controlado por policiais fortemente armados, a reintrodução da sentença de morte foi levada em consideração e colocada em prática através do trabalho da polícia. O discurso na sociedade, dirigido pela equipe de mídia, política e polícia, desencadeou inúmeros tiroteios fatais, tortura branca e leis especiais contra grandes partes da sociedade. O estado policial, ainda na sua infância no momento do assassinato de Benno Ohnesorg e sob ameaça permanente de uma revolta, desenvolveu ao longo dos anos um estado dentro do estado. Com o fim da guerrilha urbana e dos novos movimentos sociais, enfrentamos uma sociedade incapaz de produzir uma oposição relevante contra esse sistema. Nem mesmo quando as pessoas são cruelmente torturadas e assassinadas nos bunkers das delegacias como Oury Jalloh de Dessau, que foi queimado vivo por um porco fascista.

O único fator retardador na perfeição do estado policial totalitário parece ser o procedimento cuidadoso dos principais estrategistas, para não suscitar muita preocupação com ativistas conservadores de direitos civis.

Como nós, eles têm menos e menos meios e apoio em uma sociedade civil que decidiu, o que o Estado faz não pode estar errado; O que a imprensa diz é certo, a resistência é sem sentido.

Os tempos dos protestos da zona de conforto definitivamente passaram. A este respeito, a sociedade alemã chegou ao ponto novamente, onde não existe desde 80 anos. Estas são as principais inovações e desafios para a resistência:

A mera participação em uma manifestação pode significar um longo tempo na prisão.
A polícia pode definir áreas, onde sua própria lei está em vigor.
A polícia pode classificar qualquer pessoa como potencial ofensor (‘Gefährder’)**, para poder aprisionar as pessoas sem uma decisão judicial e supervisioná-las completamente.

Antes da cúpula do G20, medidas contra as pessoas da resistência foram tomadas. Pessoas, que são classificadas pela polícia como infratores em potencial, receberam proibições para não chegarem a Hamburgo. A obrigatoriedade de registro na polícia foi emitido e executado sob ameaça de serem punidas com multa e prisão. Além disso, observações visíveis com o propósito de intimidação e com certeza a vigilância secreta da área foram feitas.

Não há necessidade de mais explicações de que, durante a cúpula, a cidade de Hamburgo totalmente foi controlada pela polícia, o que levou à “adaptação” de direitos civis e violência maciça pelas tropas policiais fortemente armadas.

As atividades policiais antes e durante a cúpula não mostraram uma nova qualidade. Todo evento importante do passado foi acompanhado por ataques do aparelho de segurança em convenções societárias. Mas a massa de ataques e sua implicação com a qual eles foram exercidos contra formas de protestos antes evidentes em Hamburgo foram notáveis.

O que foi iniciado após a cúpula é um salto qualitativo. Há aqueles que afirmam que os tumultos foram iniciados pelo estado para esmagar estruturas de resistência em uma campanha final. Essa linha de pensamento é uma besteira, como sabemos que todos queríamos politicamente o desastre do estado em Hamburgo. Para pôr um fim nessas teorias de conspiração de uma vez por todas, assumimos a responsabilidade política por tudo o que aconteceu em Hamburgo: desde protestos civis até a última pedra que foi lançada nos policiais. Como parte das estruturas rebeldes, pedimos uma manifestação em solidariedade com todxs xs que enfrentam a repressão pouco depois da cúpula, no futuro também não nos esconderemos da responsabilidade de promover a revolta. Aqueles que só veem uma conspiração estatal por trás de tudo estão incapacitando a resistência em todas as suas propriedades e não têm legitimação para falar em seu nome.

Está claro agora, que o estado está lutando pelo seu poder de definição em relação a este evento, da mesma forma que procura dominar tudo. Sobre nossas vidas e estruturas sociais, a natureza e as técnicas. Nesta batalha pela ideia capitalista e nacional, o estado sempre usará os meios do fascismo. É sempre o mesmo método sendo usado uma e outra vez para denunciar a resistência como criminosa, não política e não-social***. Ao fazê-lo, o Estado alemão pode contar com a polícia, a mídia e o povo com seus representantes. É difícil dizer, quem é a mais desagradável dessas criaturas. É o chefe do grupo de investigação especial “Black Block”, que poderia perseguir qualquer um e todos ficaram à frente de suas presas? Ou é Brechmittel-Scholz****, que representa a burguesia suja de Hamburgo com suas limusines de luxo? Ou os jornalistas são o poder executivo da propaganda da polícia. Ou os colaboradores com as filmagens de seus smartphones entregando milhares de pessoas às mãos da repressão porque são covardes que temem assumir o controle sobre suas próprias vidas e amariam marchar trás de cada Hitler.

Algumxs de nós estávamos rindo sobre a última onda de incursões, que foi vazada antes. Ou sobre o fato de que Fabio, o menino simpático, está se tornando um problema para a estratégia de repressão. No entanto, a estratégia policial não deve ser subestimada. Uma parte importante da estratégia envolve uma propaganda de longo prazo para recuperar o poder da definição sobre os eventos de Hamburgo. Quem poderia acreditar que vários meses depois, o G20 ainda estaria na agenda diária graças a freqüentes conferências de imprensa organizadas pela polícia? E quem poderia acreditar que a propaganda profissional com recursos quase infinitos falharia sem nossa contribuição?

É por isso que nós – neste momento da extensa perseguição – renovamos nossa confissão para a luta contra o Estado, as organizações fascistas como a polícia, os serviços secretos e as estruturas da direita, bem como colaboradores e delatores na população e na imprensa. Fabio e todxs aquelxs que, mesmo no tribunal, mantêm sua posição direta, são nossxs modelos para desafiar o medo e enviar saudações de liberdade e solidariedade a todxs aquelxs que enfrentam a repressão e o mundo do G20.

Na ocasião da caçada e por causa dos pedidos de denúncia das 100 pessoas, decidimos publicar fotos de 54 policiais, que fizeram parte dos últimos anos de desalojo de Rigaer94. Ficamos felizes em receber dicas de seus endereços privados. Eles podem ser responsabilizados pelo desalojo, bem como pela violência das três semanas de ocupação.

É importante agora, pôr fim à nossa atitude de espera e capacitar a mobilização e a solidariedade das estruturas ativas. A manifestação após a onda de incursões foi um ponto de partida*****. Mas com as próximas incursões, temos que crescer em números. Se não temos outros meios, pelo menos temos que ir às ruas para assumir a responsabilidade pelos nossxs amigxs que são caçadxs pelo estado.

Todxs às ruas! Determinadxs e furiosxs, lutamos contra a ordem dominante e permanecemos fortes diante da repressão!

(traduzido do Rigaer94.squat.net)

* Stauffenberg foi um general do alto escalão que tentou matar Hitler. Ele era membro da aristocracia, que basicamente criticou Hitler por uma estratégia ruim.

** “Gefährder” é um termo criado pela polícia alemã e amplamente utilizado no debate público para estigmatizar e criminalizar pessoas muçulmanas. O uso contra esquerdistas e anarquistas é bastante provável que seja amplamente adotado.

*** Originalmente “asozial”, algo entre anti-social e não social.

**** Brechmittel-Scholz: prefeito de Hamburgo, que é conhecido por ordenar o uso de veneno (Brechmittel) pela polícia que faria com que as pessoas vomitassem para descobrir se tivessem usado drogas.

***** No dia 5 de dezembro, a polícia reprimiu várias casas de pessoas que foram identificadas como participantes de um bloco que foi atacado pela polícia na rua Rondenbarg durante a tentativa de bloquear a cúpula. Como reação houve manifestações nas principais cidades de toda a Alemanha.

Lyon, França – Manifestação dia 17 de dezembro é proibida, mas mantida pelxs organizadorxs

14, dezembro, 2017 Sem comentários

via Secours Rouge


A manifestação internacional antifascista e anticapitalista que se realizaria no dia 17 de dezembro foi proibida pela prefeitura. Xs organizadorxs foram notificados dia 12 de dezembro por uma longa lista de razões para traçar as manifestações nos últimos meses, acusando xs organizadorxs de fazerem parte do “movimento da ultra esquerda” e de serem “conhecidos pela violência de suas ações”. O festival antifa é banido da mesma forma. Apesar das proibições, ambos os eventos estão mantidos.

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Alemanha – Dia de solidariedade com a companheira presa Lisa

11, dezembro, 2017 Sem comentários

via Act For Freedom Now!

Em 21 de dezembro, chamamos para deixar fluir a imaginação e para expressar a solidariedade em suas múltiplas  formas. Mais uma vez, mostraremos que nossxs companheirxs presxs não estão sozinhxs, mas estão presentes e nas ruas com a gente.

Eles querem criar paredes ainda maiores, não só de concreto e ferro, mas também de solidão e isolamento. E essas paredes que queremos quebrar, com amor, carinho, raiva e solidariedade pela nossa companheira Lisa.

Você pode enviar fotos, desenhos, áudios e vídeos para solidaritatrebel@riseup.net

Receber uma sentença não implica que a pessoa encarcerada esteja “apenas” à mercê do sistema prisional. A máquina política e judicial do Estado continua a investigar, observar, analisar e decidir sobre o destino dxs presxs. Especialmente quando x presx ficou de joelhos pedindo piedade na frente do tribunal, não se humilhou com algum tipo de gesto visto pelo inimigo como “reconciliação”, as maneiras pelas quais o sistema de justiça pode demonstrar que não acabaram com ela ainda são inúmeras. A recusa de cooperação com a polícia é considerada prova de culpa e pode ser usada para manter a investigação aberta por tempo indeterminado. O silêncio e a dignidade diante dos carrascos e suas acusações são considerados ocultação do crime e podem gerar novas investigações.

Além disso, ser socializado como mulher e não reproduzir os papéis atribuídos, neste caso, por exemplo, ter uma atitude rebelde ou uma posição não submissa em relação à instituição, gera múltiplas sentenças que vão além de uma convicção a nível jurídico, uma vez que também existe a intervenção das condenações morais e sociais, inerente ao quadro patriarcal, que está enquadrando o prisioneiro nas circunstâncias da prisão.
Continuar a expressar suas convicções e ideias políticas dentro dos muros e não negar quem você é é considerado uma falta de arrependimento e um argumento para o porquê uma sentença de prisão não é suficiente.

E quando o arsenal legal está esgotado em uma sentença “razoável”, isto é, suficientemente pesada para acomodar a acusação, mas a ética da pessoa encarcerada permanece intacta, o sistema de justiça não hesita em atacar as relações com o mundo exterior, os laços familiares, vínculos sentimentais e amizades. Além do concreto, das barras de ferro, das luzes artificiais e das câmeras de segurança que não só eliminam a vida, mas também sufocam-na, elas adicionam montanhas de papel que devem ser percorridas para obter um contato humano simples com as pessoas próximas a você. Solicitações, permissões, autorizações, adiamentos, que colocam a vontade de não se sentir derrotada no teste.

No dia 7 de junho, Lisa, nossa companheira anarquista, foi condenada pelo tribunal de Aachen (Alemanha) a sete anos e meio de prisão por roubar um banco. Neste momento, estamos aguardando o resultado de um recurso escrito pelxs advogadxs que, se aceito, envolverá uma revisão da sentença e implicará que o caso será levado ao tribunal novamente. Portanto, nossa companheira ainda é mantida em prisão preventiva na prisão de Colônia. Devido a uma doença que durou vários meses, sua mãe morreu no início de novembro. Durante esse período, o promotor e o juiz, alegando “risco de voo”, negaram-lhe a possibilidade de visitar sua mãe no hospital e também a permissão para estar presente em seu funeral.

O inimigo não usa apenas a argumentação jurídica, mas emprega muitos mecanismos mais insidiosos. Como em tantos outros casos, quando a sede de vingança do sistema de justiça não está satisfeita com uma sentença de prisão simples, por mais grande que seja, é a pena de prisão, o inimigo continua a ser de olhos de gavião, procurando por cada suposta fraqueza dx presx em ordem de enviá-lx. É claro que este é um meio puramente vingativo, uma resposta à atitude firme e não colaboracionista da companheira. Uma punição adicional, inventada para agravar a já duradoura sentença de confinamento; mais uma tentativa de fazê-la curvar-se, desta vez visando sua vida privada e circunstâncias pessoais. Uma lógica, nada de novo, de chantagem judicial com o objetivo de minar sua coerência e convicções políticas.

Eles querem criar paredes ainda maiores, não só de concreto e ferro, mas também de solidão e isolamento. E essas paredes que queremos quebrar, com amor, carinho, raiva e solidariedade para nossa camarada Lisa.

Com o ódio pelo inimigo.
Nós não esquecemos. Nós não perdoamos.

Algumxs companheirxs anarquistas.

solidaritatrebel.noblogs.org

Atenas, Grécia – 06 de dezembro – Dia Internacional contra o Terrorismo de Estado

2, dezembro, 2017 Sem comentários

via Fire On The Horizons

06 de dezembro de 2008, Alexis Grigoropoulos, 15 anos, leva um tiro a queima roupa pela polícia no bairro de Exarchia, em Atenas. Alexis cai pela bala dos assassinos do estado e um furacão de raiva nasce. Isso não foi um acidente; foi um assassinato direcionado no coração de um bairro que é, tanto historicamente quanto no presente, um centro para xs oprimidxs se organizarem no movimento de resistência. A mensagem era clara, para aterrorizar a resistência, para afirmar o controle totalitário do estado, para sufocar a preparação da insurreição contra um sistema decrépito de exploração e opressão. A história de Alexis é a história de milhares de lutadorxs alvejadxs, torturadxs e desaparecidxs pelos guardas armados do estado ao redor do mundo.

Nas horas, dias e semanas que seguiram o assassinato de Alexis milhares de pessoas, que viram no assassinato de Alexis seus próprios sofrimentos neste sistema, levaram às ruas ao redor do mundo. A onda de solidariedade quebrou o isolamento e alienação dxs oprimidxs e despertou mais uma vez a visão global de um mundo sem exploração da autoridade. Esta história, nossa história não é uma coleção de símbolos mortos. É o nosso ponto de partida para a luta em curso contra a escravidão da humanidade pelos exploradores capitalistas, o seus aparatos de estado e seus exércitos.

Os Estados são fundados em terrorismo e violência. Quando o sistema político está perdendo toda legitimidade, quando enfrenta a perspectiva real do levantamento em massa, mostra suas garras, torna-se cada vez mais violento para manter seu poder. Nesta “crise” contínua do sistema político, nós, as classes oprimidas, estamos enfrentando um ataque em todas as frentes. Erradicação radical de tudo o que o movimento operário havia alcançado com sacrifício e luta, leis mais severas contra xs pobres, regulamentos penais mais severos, controle totalitário do espaço público, encarceramentos em massa de migrantes, repressão violenta de rebeliões na prisão, criminalização da resistência, legislações contra-terrorista , lei marcial em nossas cidades, prisões de isolamento para lutadores políticxs. A polícia está na vanguarda deste ataque, como os guardas armados do estado. Torturas e mortes “acidentais” em delegacias de polícia, repressão violenta de mobilizações com espancamentos brutais, armas químicas, balas de borracha e também reais, prisões em massa. Este é o mosaico do terrorismo de estado.

Lembrem-se, lembrem-se de 06 de dezembro! O estado tem todo o interesse em limpar nossa história para nos destruir. Não devemos deixar uma polegada de chão para esta investida. Devemos defender nossa história como nossas próprias vidas. Devemos defender nossos bairros e espaços de resistência, nossos projetos auto-organizados, nosso terreno em que vivemos, nos encontramos e onde nos organizamos para lutar. Devemos defender nossas lutas contra o terrorismo de Estado por todos os meios.

Pedimos um dia internacional de ação contra o terrorismo de Estado em lembrança de…

Santiago Maldonado sequestrado e assassinado por paramilitares, Argentina 2017
Pellumb Marinkolla jogado pela janela de uma delegacia de polícia, Grécia 2016
Remi Fraisse morto por uma granada de atordoamento, França 2014
Ilia Kareli torturado até a morte por guardas da prisão, Grécia 2014
43 jovens estudantes seqüestradxs e assassinadxs por policiais, México 2014
Michael Brown alvejado por policiais, Ferguson (EUA) 2014
Berkin Elvan alvejado por uma lata de gás lacrimogênio por policiais de motim, Istambul 2013
Mark Duggan alvejado por policiais, Reino Unido 2011
Dimitris Kotzaridis morto por gás lacrimogêneo, Atenas 2011
Lambros Foundas alvejado por policiais, Grécia 2010
Stefano Gucci torturado até a morte pela polícia, Itália 2009
Inigo Cabacas morto por bala de borracha, País Basco 2009
Giuseppe Uva morto em uma delegacia de polícia, Itália 2008
Alexis Grigoropoulos alvejado por policiais, Grécia 2008
Gabriele Sandri alvejado por policiais, Itália 2007
Oury Jalloh queimado vivo em sua cela pelos policiais, Alemanha 2005
Federico Aldrovandi espancado pela polícia, Itália 2005
Carlo Giuliani alvejado por policiais, Itália, 2001
Soledad Rosas e Edoardo Balencoled suicídio na prisão, Itália 1998
Christophoros Marinos executado por policiais, Grécia 1996
Halim Dener alvejado por policiais, Alemanha 1994
Conny Wessmann morto por um carro quando era perseguido por policiais, Alemanha 1989
Michalis Kaltezas alvejado por policiais, Grécia, 1985
Iakovos Koumis espancado até a morte por policiais anti-motim, Grécia 1980
Stamatina Kannelopoulou espancado até a morte por policiais anti-motim, Grécia 1980
Francesco Lo Russio alvejado por policiais, Itália, 1977
Isidoros Isidoropoulos morto por um carro quando era perseguido por policiais, Grécia 1976

…e de todxs xs desconhecidxs e sem nome. Não perdoamos. Não esquecemos. Nem um passo atrás.

06 de dezembro de 2017: TODXS ÀS RUAS!

Assembleia aberta CONTRA A OCUPAÇÃO POLICIAL
Atenas 23/11/17

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Por um Dezembro Negro!

30, novembro, 2017 Sem comentários

via Insurrection News

BlackD17

Com o anárquico Sebastián Oversluij na memória, a quatro anos de sua morte em combate no Chile, em meio de uma tentativa de expropriação bancária em dezembro de 2013.

Com o coração inchado recordando o companheiro anarquista Alexandros Grigoropoulos, a sete anos de ser assassinado em Exarcheia, Grécia, pelas balas da polícia em 2008.

Por um Dezembro Negro!

Enquanto o totalitarismo democrático e civilizado avança expandindo seus mecanismos de controle e vigilância, devastando territórios naturais, atacando espaços liberados e implementando a caça de insurgentes e todo o mundo, impondo castigos, prisão e longas condenações contra xs inimigxs da dominação.

Enquanto na Itália nossxs companheirxs lançam blasfêmias contra os juízes e reafirmam suas convicções anárquicas no meio do julgamento pela operação repressiva Scripta Manent.

Enquanto milhares de presxs em luta se mobilizam na Grécia depois de tentativas do poder em asfixiar xs presxs com um novo código prisional.

Enquanto no Chile o poder tenta dar seu golpe de vingança exigindo longas condenações no julgamento contra xs anarquistas Juan Flores, Nataly Casanova e Enrique Durán.

Enquanto na Argentina ainda se sente a raiva e a dor pelo assassinato do companheiro Santiago Maldonado, e a polícia assassina o guerreiro mapuche Rafael Nahuel enquanto o governo militariza seus territórios começando os preparativos do próximo encontro da cúpula do G20.

Enquanto no Brasil a inteligência policial tenta frear a luta anárquica através da Operação Erebo, acusando companheirxs, espaços e bibliotecas anarquistas de estar por trás das belas explosões incendiárias que nos últimos anos se propagaram de maneira intencional contra sedes de partidos políticos, quartéis policiais e diversas estruturas de poder.

Enquanto tudo isso acontece, em diversos pontos do globo as vontades anárquicas exploram respostas práticas e ofensivas à agressão constante que representa a própria existência do poder e da autoridade.

Da dignidade dxs presxs em luta nas prisões da Bulgária aos incêndios de automóveis na França e as chamadas à ação na Chéquia. Da Bielorrússia à Austrália, do México à Bélgica e Alemanha. Da Bolívia ao Reino Unido, Finlândia, Rússia, Indonésia, Espanha e todo o mundo, os desejos de liberdade expressam, gritam, conspiram e agem sem chefes nem hierarquias, abrindo caminho para a anarquia aqui e agora.

É por isso que dezembro continua sendo um convite à comunicação insurgente com o calor selvagem da ação ofensiva contra o poder.

Por todxs nossxs companheirxs presxs e perseguidxs. Por todxs xs que se levantam e agem contra a dominação atacando suas estruturas e representantes.

Que a solidariedade com nossxs companheirxs se torne ação. Que a memória de Sebastián Oversluij e Alexandros Grigoropoulos inflame barricadas e alimente incêndios e explosões contra o poder e seus defensores. Que o inimigo sinta o cerco da revolta em cada bairro, em cada cela, em cada esquina.

Por um Dezembro Negro, tente viver a anarquia!!

Montevidéu, Uruguai – Contra o genocídio do povo Mapuche

29, novembro, 2017 Sem comentários

No contexto do novo assassinato nas mãos do Estado argentino, a resistência continua. Sexta-feira: concentração e marcha.

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