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Santiago, Chile – Sai o número 23 da publicação “La Bomba”

20, novembro, 2017 Sem comentários

via 325

Para continuar com a idéia final do editorial passado, queremos dizer que a compilação de reivindicações de sabotagens, atentados, as notícias formuladas etc, são com a intenção de gerar um arquivo online e material, para que as diversas ideias expressadas a partir da ação e as notícias cheguem a mais companheirxs na rua, como na prisão – nem todxs têm acesso à contrainformação via internet-. Estas compilações são parte de uma linha antiautoritária, ações que tomamos com suas respectivas fontes e outras anônimas que não necessariamente fazem parte da luta anárquica, mas das quais vemos semelhanças e estão relacionadas a essa iniciativa.

A ideia de arquivo material -em papel- também é devido ao fator de que servidores onde blogs similares estavam hospedados foram atacados, outros baixados e muitos materiais valiosos foram perdidos (de diferentes temáticas). Desta forma, os arquivos em boletins e livros (compilações e cronologias) tornam-se essenciais. Também acreditamos que as ideias e reflexões expressadas por companheirxs desde a ilegalidade -arriscando muito- não podem passar despercebidas, nem podem se perder na internet. Este trabalho -o que fazemos- não é fetiche, nem jornalismo. Esta é simplesmente  uma humilde contribuição solidária à luta anárquica e é um apoio aos grupos de ação que atuam em nosso território.

Isto já tinhamos expressado anteriormente, em outra de nossas publicações, mas nunca é demais repetir, para que não existam dúvidas do porquê a realização desta pequena iniciativa antiautoritária.

Então, vamos ao assunto, mês de outubro. Xs jovens insurrectxs do Liceo de Aplicación em Santiago fazem as delxs novamente, xs gambés correm apavoradxs depois de uma chuva de coquetéis molotov e um micro-ônibus é parcialmente queimado. Nos dias seguintes, fora da UMCE, anônimxs transformaram em ruínas outro micro-ônibus. Aparecem notas da imprensa na TV, anunciam as clássicas queixas. El Poder não pode acreditar.

Outro fato que causou alvoroço na mídia e nas pessoas nas redes sociais foi a libertação de diferentes animais do biotério da JGM em Santiago, ação realizada por uma célula da Frente de Libertação Animal e da Frente de Libertação da Terra contra o especismo, o confinamento, o maltrato e a morte. Na reivindicação se compreendem os fatos, as reflexões e as posições de luta dxs companheirxs.

Já chegando no final do mês, diferentes grupos de ação dos Núcleos Antagónicos de la Nueva Guerrilla Urbana voltam a ativa. Assim de forma coordenada são colocados dois artefatos explosivos em diferentes sedes de partidos políticos que não explodem por alguma falha. A polícia chegou a realizar suas investigações com helicóptero, fechando ruas, evacuações, horas de trabalho e análises pel GOPE, LABOCAR, enquanto notícias na televisão e nos jornais online, denúncias dos partidos políticos ao Ministerio Público e preocupação de La Moneda antes da realização das eleições presidenciais.

Nos dias seguintes, o Subsecretário do Interior Mahmud Aleuy começõu a coordenar uma reunião para tratar o assunto de “segurança” para as eleições no dia 19 de novembro. Muitxs policiais estarão resguardando as ruas em pontos estratégicos e fixos, como por exemplo, em todas as sedes dos partidos políticos. Por outro lado, cabe apontar o canal 24horas realizou uma notícia intitulada: “Amigos de la Pólvora”: Investigam grupo que estaria por trás dos artefatos explosivos deixados em sedes políticas.

Sem dúvida, o medo mudou de lado, a ANARQUIA torna-se PERIGOSA quando  configurada em TEORIA e PRÁTICA. Isso é demonstrado pelxs companheirxs na luta na rua, incendiando ônibus, libertando animais em cativero, levantando barricadas, atacando xs asquerosxs gambés dos liceos, universidades, até na rua emboscando-xs, arrebentando consulados, colocando explosivos nos inimigxs. Não há dúvidas, irmãxs, a paz dxs exploradores e poderosxsacabou.

“La Bomba”, Pela expansão do Caos e da Anarquia.
Individualidades Anárquicas.
Outubro de 2017, Chile.

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Chile – Hans Niemeyer na rua!

19, novembro, 2017 Sem comentários

via Publicación Refractario


Hans Niemeyer consegue finalmente sair da prisão. Depois de ser preso em novembro de 2011, quando detonou um explosivo em uma agência do banco BCI, ficando com um trauma acústico e foi preso.

Rapidamente, a promotoria constrói um caso envolvendo-o com outros ataques, solicitando quase 19 anos sob a lei antiterrorista:

  • Sob a infração de “colocar um artefato explosivo” (invocando a lei antiterrorista) contra o Banco BCI em 30 de novembro de 2011, ação reivindicada pelo “Grupo de Combate Manuel Gutiérrez”: 12 anos de prisão
  • Sob a infração de “Fabricação” (invocando a lei do controle de armas) do artefato explosivo que teria sido usado para o ataque em 17 de setembro de 2010 contra um poste de alta tensão em Las Condes, ação reivindicada pelo “Comando Alex Lemun”

Depois de um julgamento, Hans foi condenado pela lei de controle de armas + danos, o que, graças a uma equação e malabarismo legal, o condenou a 5 anos + 300 dias para cumprir a sentença na prisão. A intenção do judiciário foi, por um lado, vingar a fuga de Hans de 4 meses após o acordo de prisão domiciliar e também dar um sinal exemplar após os recentes julgamentos em que a lei antiterrorista foi descartada, xs companheirxs que permaneceram na rua sob a lei de controle de armas (Como aconteceu com o companheiro Luciano Pitronello e xs companheirxs Carla e Ivan).

Finalmente, Hans Niemeyer recebeu uma curta redução de sentença a dois meses por cada ano de conformidade, antecipando a data de 12 de fevereiro de 2018 a 14 de novembro de 2017.

Após 5 anos na prisão… bem-vindo de volta à rua!
Para destruir a prisão!

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Santiago, Chile – Sai o Nº 22 da publicação La Bomba

19, novembro, 2017 Sem comentários

via Contra Info

A todxs xs nossxs queridxs leitorxs, em qualquer parte do mundo, assim como a presxs subversivxs do nosso território. Entregamos uma nova compilação, desta vez corresponderá a setembro.

Começamos esta compilação pelas ações que se desenrolaram no mês de Agosto, como por exemplo as diversas manifestações estudantis, que culminaram em fortes confrontos em vários liceus da cidade e nas quais a propaganda anárquica e insurrecional se viu refletida, longe dxs convocadorxs e do institucional. Os cortes de rua com barricadas, as bombas molotov contra a polícia e os panfletos pelos ares, apelavam ao caos e à solidariedade ativa com xs presxs.

No sul, entretanto – especificamente em Concepción – as manifestações contra o gasoduto – que se pretende instalar no mar – estão tomando muita força. Já existem diversas expressões da rejeição a este projeto de devastação (onde xs companheirxs que dão origem ao conflito não recuam). Desta forma, as ruas da cidade são tomadas para expressar o descontentamento e a desordem também se torna uma arma. Assim, os confrontos com a polícia tornam-se a tônica junto às barricadas incendiárias. O fato que provocou agitação na imprensa foi a queima de um automóvel dentro da Universidade de Concepción, no contexto de um desses protestos.

Já no mês que nos corresponde… Setembro Negro… Tomam-se as consciências e as ruas… Cheio de propaganda e ação. Uma nova data, marcando o início da ditadura militar fundada por Augusto Pinochet, o 11 de Setembro de 1973. Início do terror nas ruas, dos desaparecimentos, da tortura e morte. Da criação de organismos dedicados à contra-revolta e à repressão. Claro que, depois desses fatos, várias vontades deram lugar à ofensiva, desenvolvendo táticas de guerrilha, com a firme ideia de derrubar o ditador, para se poder viver livres e felizes. Sob aquela perspectiva, foram várias as organizações a empreenderem aquele caminho de resistência armada e, após anos árduos de confronto, esses sonhos de liberdade foram truncados pelas balas inimigas. Já em tempos de transição à democracia, nos anos 90, os organismos do Estado continuaram a operar, mais balas para revolucionárixs ou a prisão eram o destino dos “extremistas”, tudo isso no governo de Patricio Aylwin. Enquanto essas organizações que lutaram contra a ditadura e a democracia eram desmanteladas, nesses anos, muitxs dxs seus membros não desistiram, continuando fortes na luta, optando por novos caminhos para a subversão.

Essa consciência para cada desaparecidx, muertx e/ou prisioneirx – com o objetivo de continuar a todo custo com a luta, também – é o que muitxs dxs companheirxs atualmente propagam nas ruas, com combates, antes e depois de 11 de setembro, tanto nas universidades, como nas ruas ou nas manifestações, enfrentando a polícia em várias cidades do país, realizando ataques armados, barricadas de fogo, saques, forte sabotagem às estruturas do estado e um contínuo de transbordamentos espontâneo ou coordenados que marcam essas datas. Os anos podem passar, mas ninguém permanece indiferente à história, ninguém esquece, muito menos perdoa.

Após os fatos enquadrados no “11 de setembro” tudo continua, assim deixamos reivindicações provenientes de Santiago e Valparaíso. Para além disso, ações coordenadas por parte das células da Frente de Libertação Animal e pela Frente de Libertação da Terra, em Santiago e na Província de Arauco, assim como outros gestos perpetuados no anonimato, em várias regiões do país.

Finalizamos desta maneira esta nova entrega – antecipada. Recordamos que esta iniciativa é publicada três vezes ao ano, ainda assim não teremos problemas em antecipá-la, sempre que existam mais ações e comunicados extensos – comunicados esses que com muito gosto os integramos no boletim, como forma de apoio aos grupos de ação a atuar no nosso território.

“La Bomba”, Pela expansão do Caos e da Anarquia.
Individualidades Anárquicas.
Setembro 2017, Chile.

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Santiago, Chile – Santiago Maldonado, Presente! (Vídeo)

19, novembro, 2017 Sem comentários

Mural em graffiti pelo companheiro anarquista Santiago Maldonado

Valparaíso, Chile – Jornadas Anárquicas

18, novembro, 2017 Sem comentários

Recebemos no correio eletrônico, traduzimos e difundimos este convite dxs compas de Alimapu (Valpo), que estão na correria desta jornada na região $hilena.

Segue abaixo a transcrição do convite e os cartazes.
Mais informações sobre as atividades e seus cronogramas em:
encuentroanarquicovalparaiso.wordpress.com

Boas Jornadas manxs!

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Convite às Jornadas Anárquicas Valpo 2017

As Jornadas Anárquicas nascem de iniciativas individuais e coletivas em Valparaíso, para propor um local de encontro para práticas e ideias anti-autoritárias, estas jornadas serão realizadas de 21 a 26 de novembro em  diferentes espaços e de diferentes temáticas para aprofundar as posturas e práticas anárquicas. O objetivo é atrair a fraternidade e a auto-aprendizagem, gerar a comunicação entre diversas experiências e lutas em relação à expansão da revolta.

Este ano tem sido agitado na luta contra o poder, tanto interna como externamente, a realidade se faz confusa, o avanço dxs inimigxs continua a atacar sem escrúpulos todx rebelde e comunidade em resistência. Nesse contexto, nós somos habitantes de uma Valparaíso que vive a catástrofe do capital: com sua gentrificação e turismo da decadência cultural da mercadoria, com a expansão do porto, a multiplicação de câmeras de vigilância, a xenofobia e a polícia. Em tempos de eleições, o circo é evidenciado de sua maneira mais ridícula e arrogante. A democracia e sua retórica de merda infectam os posicionamentos cidadãos e partidários. A IIRSA COSIPLAN avança com seus projetos por todo o hemisfério sul; mas, por sua vez, as diversas críticas e práticas de ação direta e solidariedade também tomam com mais força e presença; nunca esquecendo que princípios, meios e fins não devem se confundidos, enfatizando as contradições, agitando a revolta e as idéias anti-autoritárias.

São tempos difíceis, mas as convicções seguem intactas. Hoje, mais que nunca precisamos desenvolver nossas posturas, nossas formas de organização e idéias de liberdade; em tempos de guerra, o que nos resta é a irmandade, nossos princípios e práticas, a auto-aprendizagem e o companheirismo. Na tensão do conflito desencadeado é que os
posicionamentos emergem, de diferentes leituras e indivíduxs; porque este sistema quer a submissão é que apelamos para a rebelião, na memória histórica de luta anti-autoritária. Sempre é hora para nos rebelar: é aí onde vive a anarquia, no lado indômito de nossa luta, inimigo acirrado do poder, sem pactos nem mesquinhez, sem mentiras nem dupla intenção. É por isso que consideramos necessário multiplicar os momentos de encontro, onde se aproximem experiências e perspectivas, fraternidade e companheirismo. Que nosso espírito rebelde não se apague, que a fraternidade viva na anarquia e que destruíamos a autoridade. Às vezes, é bom tomar um ar, ver de que lado avança e acender o pavio; outras vezes, parar, contemplar o local e se encontrar com seus pares: conspirar e se retroalimentar. Porque o capital e o estado seguem impávidos com seus lacaios servis, que os conflitos se expandam por todos os cantos onde exista autoridade.

Porque lembramos dxs compas que se foram: El Brujo, Chente e Zorrita.
Porque não esquecemos dxs sequestradxs pelo estado.

Convidamos todxs aquelxs que querem e sentem a necessidade de se encontrar, auto-aprender, e se solidarizar com as lutas anárquicas.

Alimapu, Primavera de 2017

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Valparaíso, Chile – Pedem vinte anos para xs processadxs por distúrbios no 21 de maio de 2016 que terminaram com um guarda sufocado

18, novembro, 2017 Sem comentários

via Publicación Refractario
tradução Tormentas de Fogo

“Solidariedade anticarcerária com xs detidxs acusadxs de incêndio no dia 21 de maio em Valparaíso. A mídia aponta e a polícia dispara. A derrubar as fantasias da promotoria. Liberdade axs detidxs!”

Finalmente, a acusação decidiu fechar a investigação contra xs 6 processadxs pelo ataque incendiário a uma farmácia, que se espalhou por todo o prédio durante os distúrbios de 21 de maio de 2016, onde morreu asfixiado um guarda municipal.

O poder solicita as seguintes penalidades contra xs companheirxs:

Miguel Ángel Varela: acusado por incêndio seguido de morte. A acusação pede 20 anos de prisão.

Felipe Ríos: acusado de incêndio seguido de morte. A acusação pede 20 anos de prisão.

Constanza Gutiérrez: acusada como co-autora por fornecer os meios para o crime principal se materializar. A acusação solicita 15 anos de prisão.

Hugo Barraza: acusado como co-autor por fornecer os meios para o crime principal se materializar. A acusação solicita 15 anos de prisão.

Nicolás Bayer: acusado como co-autor por fornecer os meios para o crime principal se materializar. A acusação solicita 15 anos de prisão.

Rodrigo Araya: acusado como co-autor por fornecer os meios para que o crime principal se materializar. A acusação solicita 15 anos de prisão.

Lembre-se de que todxs estão na rua, depois de enfraquecer fortemente as evidências na audiência de formalização. É de se esperar que logo se realize a preparação do julgamento oral e, finalmente, o julgamento.

Solidariedade com xs processadxs: A defender e agitar a luta nas ruas!

Chile – Semana de solidariedade subversiva com Kevin Garrido e Joaquín García (13 a 20 de novembro)

16, novembro, 2017 Sem comentários

via Contra Info

Semana de solidariedade subversiva, 2 anos depois de aprisionarem Kevin e Joaquín

Sabemos que ali, dentro das prisões, nunca se faz noite. Ali, as recordações cristalizam e esquece-se de como se vê o céu sem grades e arame farpado. Se a morte tiver a sua cor própria, deve ser a pintada nas prisões, porque é lá que se encontra o reino da morte lenta, isso sente-se todos os dias.

… de 13 de Novembro a 20 de Novembro…

FAZ 2 ANOS A 19 DE NOVEMBRO QUE KEVIN E JOAQUÍN FORAM SEQUESTRADXS PELAS GARRAS SUJAS DO CAPITAL E  SUA ABSURDA ORDEM, CORTANDO DE UM SEGUNDO PARA O OUTRO, OS SEUS SELVAGENS E MUITAS VEZES CERTEIROS PASSOS…

AGORA, O SEU PRESENTE ASQUEROSO É OUTRO: DIA APÓS DIA TÊM DE COMBATER O SISTEMA NUM DOS AMBIENTES MAIS RUINS E ANGUSTIANTES. APESAR DISSO, É BASTANTE CLARO QUE NÃO GANHARAM ESTA GUERRA A ELES E A NÓS TAMPOUCO, JÁ QUE OS NOSSOS NEGROS CORAÇÕES CONTINUAM A BATER COM FORÇA, POR MAIS FARTOS E ESGOTADOS QUE ESTEJAM, CONTINUAREMOS A LUTAR, CONSPIRANDO E TENTANDO FAZER COLAPSAR TODA ESTA MALDITA SOCIEDADE DEVASTADORA DO QUE A RODEIA…

CHAMAMOS A TODXS XS MALDITXS DE CORAÇÃO NEGRO PARA SE SOLIDARIZAREM COM A SITUAÇÃO DXS COMPAS JOAQUÍN E KEVIN  TAL COMO COM TODXS XS OUTRXS PRESXS!! DE 13 DE NOVEMBRO A 20 DE NOVEMBRO, DEMOS AS MÃOS PARA CONSPIRAR E AMPLIAR O CAOS, FORA DOS LICEUS, UNIVERSIDADES, NA CIDADE E ATÉ MESMO NAS CASAS DXS BASTARDXS QUE ALIMENTAM E DEFENDEM A AUTORIDADE.

AO CONSPIRAR, SOMENTE NOS DETÉM AS NOSSAS PRÓPRIAS CAUTELAS, É ASSIM QUE VAMOS, COM TODA A RAIVA E S0LIDARIEDADE, QUEIMAR, SAQUEAR E SABOTAR!!

NÃO OS ESQUECEMOS, TODXS XS PRESXS EM LIBERDADE JÁ!!!
ABAIXO A SOCIEDADE CARCERÁRIA DE CONTROLO!!!
LIBERDADE A TODXS XS QUE LUTAM CONTRA A AUTORIDADE!!!

Santiago, Chile – Resumo da atividade “Solidariedade à flor da Pele”

16, novembro, 2017 Sem comentários

via Contra Info
tradução Tormentas de Fogo

VII Convenção de tatuagens e arte corporal SOLIDARIEDADE À FLOR DA PELE

Sob um belo céu nublado, nos reunimos para dar vida à VII Convenção de Tatuagens e arte corporal Solidariedade à Flor da Pele, buscando contribuir economicamente com nossos camaradas na prisão, bem como abrir um ponto de encontro anti-carcerário.

Desde o início, recebemos rondas policiais, hostilizando tatuadorxs, compas e até vizinhxs, mas sem conseguir impedir o desenvolvimento da atividade. Com a habilidade e a vontade das mãos solidárias, fomos nos esquivando dos diferentes obstáculos que se geraram no início, demonstrando assim que sempre se pode, quando a convicção anárquica nos guia.

Agradecemos a presença e compromisso de cada tatuadorx, dxs companheirxs responsáveis pelas suspensões, piercing e quem nos acompanhou com danças, pinturas e oficinas, que com a melhor disposição contribuíram para o desenvolvimento e difusão da atividade. A quem não pode chegar junto, esperamos contar com vocês para a próxima convenção…

As palavras de alguns de nossxs companheirxs na prisão foram lidas, assim, vazando idéias/sentimentos para longe dos corredores da prisão, ajudando a diluir dentro/fora. Durante o dia foi informado e atualizado sobre os diferentes processos de repressão e combate em Wallmapu, procurando alimentar as diferentes vontades em conflito.

Flor de Piel é marcada pela presença daqueles que, apesar de não estar mais fisicamente conosco, vivem na memória dos corações negros, então Barry Horne, Sebastián Oversluij, Mauricio Morales nos acompanhou o tempo todo. Os caminhos da luta sempre se cruzam, mas há circunstâncias em que não podem se encontrar… este dia é dedicado à memória de Santiago Maldonado.

Porque uma jaula é sempre uma jaula…
Até destruir o último bastião da sociedade carcerária.

Solidariedade à Flor da Pele.
Solidarixs afines pela Anarquia/Coletivo Sacco e Vanzetti.

***

PALAVRAS DE COMPANHEIRXS ENCARCERADXS

JOAQUÍN GARCÍA*

Acabei de aprender sobre esta iniciativa de solidariedade. Agradeço muito todas as expressões de carinho que me acompanham neste momento. Cada gesto, cada palavra tem significados muito maiores no confinamento da prisão, romper com a rotina aqui se torna o mais importante. Espero que tudo seja realizado do modo mais agradável possível e que a solidariedade seja vivida à flor da pele.

Eu envio muitos abraços, saudações e carinho.

Joaquín García
Seção de Segurança Máxima/Presídio de segurança máxima.
4 de novembro de 2017.

*Companheiro preso em 19 de novembro de 2015 e responsabilizado pelo ataque explosivo contra a 12a estação de polícia de San Miguel, em uma mudança de medida preventiva assume a clandestinidade e é preso em setembro de 2016 com um revólver e munição. Ele está atualmente em prisão preventiva.

ENRIQUE GUZMÁN, NATALY CASANOVA Y JUAN FLORES*

Essas palavras nascem e voam desde as celas da prisão de San Miguel, a unidade especial de alta segurança e a antiga penitenciária, para cumprimentar essa instância cúmplice dedicada a nós pelxs compas que organizam e dão vida à Convenção de Tatuagens e Arte Corporal Solidaridade à Flor da Pele…

Nessas palavras nascentes dentro desses centros de tortura, gostaríamos de cumprimentar de forma fraterna e cúmplice aquelxs que, no ponto de criatividade rebelde e subordinada, organizam e participam dessa iniciativa anti-carcerária,.. Iniciativa de solidariedade com aquelxs que sentem o sabor amargo da prisão cotidianamente, raiva, a impotência e a indignação de não poderem materializar a guerra porque estão cercados por barras, câmeras e guardas…

Nesse sentido, compartilhamos a mesma raiva, impotência e indignação, contra os bastardos que compõem e perpetuam essa sociedade, que aprisiona nossas vidas e a de nossos irmãos… é por isso que nosso respeito e carinho a essas mentes conscientes que não dão espaço à imobilidade e a indiferença…

Há aproximadamente 7 meses e meio atrás, nos encontramos à mercê da polícia da prisão, exames e transferências para os tribunais do estado chileno, que julgam nossa necessidade de enfrentar ao Domínio, o julgamento que discute nosso suposto envolvimento em bombas detonadas contra a estação de metro “Los Dominicos”, contra a 39 e a primeira delegacia de polícia em Santiago e contra o subcentro da escola militar (fatos reivindicados pelxs compas da conspiração das células de fogo e a conspiração internacional de vingança) está em fase final, após o arsenal legal / fiscal e a entrada de mais de 150 testemunhos, 80 peritos, 230 documentos e 640 provas de especialistas, esta segunda-feira irá discutir os dias de folga (que não podem ser mais do que 4) para preparar os argumentos de encerramento do caso.

Com um cúmplice de sinal com xs compas nas prisões de Korydallos (Grécia), com xs de Ferrara (Itália) e para a imensidão de irmãos presxs e caidxs nesta guerra, nos despedimos com o gostoso sabor do carinho solidário que você nos mostra uma vez mais!!!

Nataly Casanova (Cárcere de San Miguel)
Enrique Guzmán (Segurança Máxima/Presídio de Segurança Máxima)
Juan Flores (Antiga Penitenciaria)

MARCELO VILLARROEL*

Abraçando a todos e alguns dos gestos e atos de solidariedade com xs prisioneirxs da guerra social.

Da prisão da Alta Segurança de Santiago, uma vez mais, escapam essas letras carregadas de fraternidade insurrecta para cumprimentar e abraçar cada umx dxs companheirxs que possibilitam que esta iniciativa seja realizada em sua 7ª versão, mantendo-a viva por vários anos, com a finalidade concreta da solidariedade com quem vive na prisão como resultado irrevogável de uma luta subversiva contra o Estado, o Capital e toda autoridade.

Resgato a vontade e a insistência de gerar redes de cumplicidade que permitem quebrar no cotidiano as paredes e as jaulas que nos cercam.

Nos tempos em que os valores que têm motivado o nosso acionar de combate direto são relativizados por quem nunca arriscou nada, é altamente resgatável promover a sensação de comunidade que nos envolve, independentemente do lugar onde estamos, porque está enraizado no desejo e na vontade incontida de ser livre, muito além das dificuldades próprias de um caminho onde muitxs irmãos perderam suas vidas enquanto outrxs resistem atrás das barras.

Portanto, cada grão de areia que aponta para fortalecer a ruptura com o separatismo e a indiferença expandindo as práticas solidárias é um ataque direto à imobilidade e passividade com que o poder e seus múltiplos dispositivos de controle vão semeando fragmentação, amnésia e medo com os quais temos de conviver cotidianamente como práticas normalizadas no mundo cidadão que tanto odiamos.

Os tempos são e continuarão a ser de luta direta contra o Estado através da revolta permanente e há de ser claro: continuará havendo feridxs, perseguidxs, prisioneirxs e mortxs de pensamento e ação anti-autoritárias e não podemos imaginar transformações radicais sem a dor da perda, porque não há guerra asséptica já que o poder da dominação capitalista não perdoa nem esquece quem se rebela.

Por estes dias se cumpre 10 anos desde que assumimos a clandestinidade como uma negação da legalidade juridica-policial do Estado. Há 10 anos, começou uma caça à 4 companheirxs em que fomos acusadxs de participar numa série de expropriações bancárias e na morte de um policial uniformizado após o assalto ao Banco Security, fato ocorrido no centro de Santiago, em outubro de 2007.

O Estado com seus sicários guardiões desencadeou uma caça sem precedentes, bem como uma ofensiva sistemática em relação a vários espaços anticomunistas autônomos da época que expressavam uma posição de confrontação insurrecta.

A 10 anos do começo daquela caça, orgulhosamente pode dizer que não há arrependimento, nem esquecimento, nem abandono, nem resignação do caminhar subversivo. Desde uma posição em tensão contínua, nada está acabado.

Tudo continua!!!

Encorajando o encontro de quem está trilhando o caminho da guerra social, quem alimenta a memória de combate de todxs que não perdem o compasso do conflito…

Abraçando todos xs presxs dignxs e seus irmãos que se expressam no ataque direto aos símbolos do Poder.

ABAIXO AS JAULAS!!!
ATÉ DESTRUIR O ÚLTIMO BASTIÃO DA SOCIEDADE CARCERÁRIA!!!
CAMINHANDO ORGULHOSXS PELO CAMINHO DA GUERRA SOCIAL, AVANÇAMOS JUNTXS PARA A LIBERTAÇÃO!!!
ENQUANTO EXISTIR MISÉRIA, HAVERÁ REBELIÃO!!!

Marcelo Villarroel Sepúlveda
Prisionero Libertario
K.A.S / Stgo, Chile.
Sábado 4 nov. 2017.

LEIA/BAIXE AQUI O FOLHETO EM ESPANHOL

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Chile – Jornada Anti-Carcerária em Solidariedade com Nataly, Juan e Enrique

10, novembro, 2017 Sem comentários

Difundo a partir da publicação da Coordinadora Anticarcelaria La Fuga e mando forças axs compas que estão levantando essa movida em solidariedade axs compas presxs: Juan, Nataly e Enrique.

O julgamento contra xs companheirxs foi iniciado em 24 de março desse ano, e após um longo julgamento, as condenações e acusações da acusação são as seguintes:

Enrique Guzmán: acusado da confecção do dispositivo explosivo utilizado no 1º Delegacia do centro de Santiago. Formalizado pela lei antiterrorista, a acusação pede 10 anos de prisão.

Nataly Casanova: acusada da confecção do dispositivo explosivo utilizado no 1º Delegacia do centro de Santiago, da colocação do dispositivo explosivo no metrô, posse de material para fabricação de material explosivo. Formalizada pela lei antiterrorista, a promotoria pede 20 anos de prisão.

Juan Flores: acusado da colocação do dispositivo explosivo utilizado no 1º Delegacia do centro de Santiago, da colocação do dispositivo explosivo no metrô, da colocação do dispositivo explosivo no subcentro. Formalizado pela lei antiterrorista, a promotoria solicita uma sentença perpétua contra ele.

Abaixo o estado policial e suas montagens no Caso Bombas 2.
Liberdade à Nataly, Juan, Enrique e todxs xs presxs em luta!

Domingo 19 de novembro
do lado de fora da prisão de San Miguel

A partir das 11hs

*Assessoria legal e penitenciária para familiares e próximxs de pessoas encarceiradas.
*Conversa com compas de 81 Razones x Luchar, Observatorio Social Penitenciario, coordenador do DDHH Mauricio Hernandez e outrxs compas.
*Música, olla común e atividades para crianças

Santiago, Chile – Desativado artefato explosivo contra sede do PPD a dias das eleições presidenciais

2, novembro, 2017 Sem comentários

via Noticias de la Guerra Social

Durante a madrugada de 31 de outubro de 2017 mãos anônimas  deixaram um artefato explosivo na sede do Partido por la Democracia (PPD), localizado no cruzamento das ruas Santo Domingo e Almirante Barroso em pleno centro de Santiago.

Por volta das 04:30 da manhã, vizinhos notaram a existência de um objeto suspeito, chamando a polícia que decidiu acordar toda a  vizinhança e chamar o GOPE (Grupo de Operaciones Especiales) para desativar o artefato explosivo.

Depois de longas manobras por parte dos bastardos e sua maquinaria policial, finalmente tiveram que realizar duas detonações controladas para conseguir neutralizar a bomba caseira por volta das 06:00, suspendendo as aulas do colégio A-20, localizado perto da sede daquele partido político.

No lugar chegaram Labocar e o Ministério Público Metropolitano Sul – supostamente especialistas em casos de atentados incendiários/explosivos – para pesquisar e coletar diferentes provas e tomar declarações de testemunhas.

Determinou-se que o artefato explosivo caseiro era composto de um extintor cheio de um quilo e meio de pólvora, anexado a duas caixas cobertas com fita adesiva. O artefato seria ativado graças a dois relógios, mas estes falharam. No lugar também foram encontrados panfletos reivindicando o atentado, sem produzir nenhum detido.

O ataque explosivo ocorreu dias antes das eleições presidenciais de novembro, de modo que o presidente do PPD – Gonzalo Navarrete – num relâmpago de lucidez disse:“É um atentado à democracia”. O PPD é o partido que levou a transição policial durante os anos 90, atualmente compõe a nova maioria.

Já em 21 de maio de 2007, esta mesma sede havia sido atacada com um artefato explosivo que danificou fortemente uma de suas janelas, naquela mesma noite a “banda antipatriota Severino Di Giovanni” atentava contra a direção geral do trabalho.


Transcrição dos panfletos encontrados na região:
“Seguiremos avançando.A justiça das ruas não perdoa nem esquece.
Que se multiplique os ataques nos centros de poder!
Enquanto houver miséria, haverá rebelião.”

 

Vídeo da imprensa: Chilevision

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