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Itália – Sobre os fatos de Nápoles

12, janeiro, 2018 Sem comentários

A pacificação dos movimentos políticos causou o quase total desaparecimento da nossa sociedade de qualquer anseio revolucionário, substituído por uma arremetida frenética de ocupar os assentos confortáveis ​​e quentes que o poder oferece. Isso levou a uma luta feroz, muitas vezes sem vizinhança, para seguir o político atual, que é elevado ao nível de revolucionário para garantir aos políticos “antagônicos” uma área de aceitação política dentro das instituições. Como resultado, testemunhamos o cancelamento voluntário de qualquer forma de oposição a favor da concertação e, muitas vezes, de colaboração com um sistema político que até recentemente era considerado hostil. Todos esses elementos representam fatos tangíveis que têm repercussões negativas sobre o que resta do movimento revolucionário ou insurrecional, se você preferir.

Num contexto semelhante, os últimos bolsões de resistência, aquelxs que persistem em considerar a destruição deste sistema político e econômico como inevitável, são muito mais facilmente identificáveis ​​e atacáveis ​​pelo aparelho repressivo do Estado.

A enorme quantidade de recursos que a polícia e a magistratura têm disponível pode ser usada inteiramente e com uma resistência reduzida aos termos mínimos para aniquilar um inimigo social que, na verdade, tem reduzido cada vez mais os espaços de manobra.

Especificamente, o movimento anarquista é o mais atingido pelo ataque repressivo desencadeado pelo estado. Tudo isso também é possível graças ao uso maciço dos chamados crimes associativos que se adaptaram constantemente à estrutura sociopolítica da sociedade.

No momento, dezenas de companheirxs cumprem sentenças na prisão, prisão domiciliar ou estã na clandestinidade, sendo que muitxs estão sujeitxs a várias formas de medidas cautelares, tais como assinaturas, obrigações de residência, vigilância especial, etc. e um número não especificado, certamente muito alto, é investigado pelos vários procuradores espalhados por toda a Itália. Entre estes, o promotor de Nápoles, que há anos tem lutado sem muito sucesso para dar sua contribuição infame, fez sua voz ouvida no início de dezembro.

Na sequência de duas investigações reunidas em um processo, uma em 2010 e outra em 2011, a prisão de vinte companheirxs anarquistas foi solicitada. Os investigadores levantam a hipótese da existência de uma célula, ativa em Nápoles e com ligações com Grécia e Espanha, ligada à FAI/FRI e que as revistas La Miccia, Invece, Blasphemia e o blog Arraggia são as ferramentas de propaganda que a organização usa para divulgar seus comunicados e suas reivindicações.

A acusação para todxs é de associação subversiva (artigo 270 bis do Código Penal) e, para umx companheirx, de crimes específicos relativos à posse e uso de explosivos. Além disso, foi solicitada a apreensão cautelar do Centro de Estudos Libertários, que desde a década de 1970 abriga o grupo anarquista Louise Michel e o espaço anarquista 76A, considerado as bases logísticas da célula napolitana.

O responsável pela investigação é o magistrado Catello Maresca da DDA (Direção Antimáfia Distrital), onde se tornou famoso por ter prendido vários chefes ligados ao clã Casalesi. Agora, após os oito anos de permanência canônica na antimáfia, ele foi transferido para o antiterrorismo e, portanto, ele pensou bem, para manter um certo estilo, para perseguir xs anarquistas.

Ele, como outros magistrados, está encantado de escrever livros nos quais ele nos ilustra mortais as operações “muito importantes” que ele completou. Em um desses, ele colaborou com Leandro Del Gaudio, conhecido por nós, porque ele costumava usar o jornal que ele escreve, Il Mattino, para lançar uma pequena lama sobre xs anarquistas napolitanxs. E isso não poupou a divulgação da notícia do processo contra xs anarquistas, evidentemente solicitado por seu amigo Catello em busca de um mínimo de visibilidade da mídia.

A investigação ainda está aberta para que, no momento, ainda não tivéssemos a oportunidade de ler a quantidade de documentos sobre o procedimento aberto a nós (o único pedido tem mais de 1500 páginas). Não sabemos, por exemplo, a verdadeira entidade de toda a operação. Especificamente, não conhecemos o número total de suspeitxs porque é plausível que, para outrxs companheirxs, não tenham sido solicitadas medidas cautelares. Além disso, não sabemos em que se baseia a hipótese investigativa de nosso zeloso magistrado.

Uma das poucas coisas que sabemos é que, em primeira instância, o pedido foi rejeitado por um GIP (juiz de investigações preliminares) que não considerou os elementos em sua posse para validar as prisões. Nunca antes a integridade do Ministério Público apelou do recurso porque ele não pode aceitar que alguém tenha permitido dificultar o trabalho que ele realizou tão diligentemente. Uma das estrelas mais brilhantes do firmamento de nossos inquisidores não tolera derrotas, por isso parece que não vai desistir até o fim.

Antes de qualquer reflexão, a experiência nos ensina que um dos principais objetivos de tais operações é desintegrar, se não extirpar, um grupo de companheirxs ativxs do território em que atua.

No nosso caso, eles estavam errados fazendo os cálculos. Não daremos nenhum único passo atrás. Continuaremos nossa jornada política e existencial diante de quem quer que sejamos mudos e submissos.

A data da audiência de recurso foi marcada para 14 de dezembro e depois foi transferida para 22 de fevereiro por falta de notificação.

As atualizações seguirão assim que tivermos a possibilidade de ter informações mais detalhadas.

ALGUMXS ANÁRQUICXS EM NÁPOLES

Fonte: Round Robin
Tradução: Turba Negra

Santiago, Chile – Artefato incendiário dentro de ônibus + Reivindicação

2, janeiro, 2018 Sem comentários

Durante a madrugada de 18 de dezembro de 2017, um artefato incendiário é encontrado em ônibus da transantiago da linha 107. Quando o objeto estranho foi localizado, o ônibus para na Alameda com Las Rejas para chamar a polícia.

O artefato teria sido composto por duas garrafas plásticas com combustível, além de um sistema de relógio que não conseguiu se ativar. Junto com o artefato foram encontrados panfletos com “consignas anarquistas”, como apontou a polícia à imprensa.

Finalmente, e após as perícias do GOPE, Labocar e as ameaças por parte do Ministério Público Sul, o frustrado ataque incendiário foi reivindicado fazendo uma chamada por um Dezembro Negro.

Vídeos da imprensa: CHV Noticias, 24 horas

*****

POR UM DEZEMBRO NEGRO, TENTE VIVER A ANARKIA!

Não acreditamos em suas falácias e idéias de democracias

Não apoiamos seus métodos de controle social e repudiamos a implantação de leis e medidas cautelares que buscam manter nossxs irmãxs atrás dos malditos muros das prisões

Estamos posicionadxs diretamente em frente a toda exploração.

Este mês em que Angry se entregou ao abraço de sua convicção

Saudamos com um uivo de liberdade axs suxs companheirxs e axs suxs familiares

Axs muitxs irmãxs dessxs seres anônimxs que ainda não desistem e que, apesar de estar presxs, seguem dando resistência às suas vidas

POR QUE NADA NEM NINGUÉM SE ESQUECE

Recuperaremos a liberdade e resistiremos até que o último suspiro inunde nossos corações

Afinando nossos fios para um ataque mais certeiro, nos posicionamos todos os dias em qualquer lugar do mundo contra toda autoridade, procurando propagar a idéia da libertação total em todos os cantos. Para que nossos golpes, por diferentes que sejam, levem o planejamento e o cuidado necessários, não lhes dê o gosto axs malditxs que querem nossas vidas sossegadas. Milhões do maldito dinheiro são gastos em “segurança”, xs bastardxs que tentam possuir nossas vidas e idéias e apesar disso de nada servirá. Por mais lágrimas que derramemos, estas são transformadas em combustível que detona nosso bombeante avanço, e que todo o sangue de nossxs irmãxs assassinadxs será vingado, contra o progresso tecno-industrial e toda a máquina que devasta a Terra, a vida de todxs xs animais que em habitamos.

O MUNDO NÃO TEM FRONTEIRA PARA XS QUE AMAMOS E SOMOS CONTRA TUDO O QUE BUSCA NOSSA SUBMISSÃO

Reivindicamos a colocação de um artefato explosivo no ônibus da Transantiago da linha 107 às 04:30 da manhã, na segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Esta ação foi planejada lembrando com amor e raiva nossxs irmãxs sequestradxs, torturadxs e assassinadxs neste espaço chamado Terra.

Nossa coragem vai com todo o desprezo em relação axs malditxs escravxs do estado

Com um sorriso e mais ganas de desafiar nossos avanços, assumimos que, lamentavelmente, a bomba não detonou, já que algumx cidadãx percebeu o conteúdo da mochila e avisou o motorista do ônibus, que respectivamente avisou a bastarda polícia e com ela o show midiático que já conhecemos, esclarecemos que pensamos nesse horário porque muitxs cidadãxs não se mobilizam nesse símbolo do progresso, portanto, vemos esse ato como outra experiência para nossa vida de busca da liberdade.

A idéia de que fosse esse ônibus e esse endereço lembrando TAMARA SOL e sua ação de amor e vingança!

Sebastian Oversluij e Alexandros Grigoropoulos presentes!
SOL ÀS RUAS!
Até derrubar a polícia capanga do estado!
Enquanto existir miséria haverá rebelião!

Uivamos cúmplices axs companheirxs presxs depois da chamada operação “EREBO” no Brasil
Alfredo Cospito, e todxs xs presxs às ruas!

México – Comunicado anarquista para aquelxs que apoiam o Congresso Nacional Indígena

21, dezembro, 2017 Sem comentários

Fonte: Act For Freedom Now
Tradução: Turba Negra

“De que vão nos perdoar?
De ter trazido rifles para combater em vez de arcos e flechas?
De ter aprendido a lutar antes de fazê-lo? ”
Subcomandante Insurgente Marcos

Xs anarquistas e outras individualidades libertárias, vemos na representação eleitoral uma fraude para os processos de libertação individual e coletiva do povo: entrar nos mecanismos legais, públicos e simbólicos do ESTADO, é delegar a nossa liberdade para que outros decidam por nós, o que que em termos práticos é traduzido na resignação voluntária à nossa capacidade de eleição e ação, isto é, a resignação voluntária para exercer nossa liberdade.

Quer esteja sob o controle de capitalistas, burocratas, indígenas ou trabalhadores, o ESTADO em si é o antagonismo da liberdade pessoal, ambiental e social das pessoas. Por que dizemos? Porque, de fato, é a organização máxima de controle, vigilância, coerção e repressão que a humanidade civilizada criou; Por esta razão, é absurdo para nós que a candidata Marichuy do CNI (Congresso Nacional Indígena) adote os mecanismos legais, simbólicos e morais que o Estado legitima para exercer o poder: ao fazê-lo, o máximo carrasco da liberdade está sendo legitimado. Sabemos muito bem que eles não querem chegar ao poder, nem governar a nação, nem que podem ganhar eleições, o problema que temos com sua candidatura é algo mais sério em nossa opinião, nos referimos à moral que Marichuy imprime à população, essa moral do Pastor e do rebanho, que é a moral dos porta-vozes, líderes, sacerdotes, burocratas, profetas, empresários e partidos que orientam a população com o argumento de representar a vontade das maiorias, negando-as desta forma – as pessoas e os povos – a liberdade de ação imediata para conquistar sua liberdade, uma vez que os representantes políticos são filtros, bloqueios, dispensadores, que limitam e/ou impedem ações diretas para que pessoas e povos dêem a si mesmos a liberdade e dar conta que para fazê-lo, você não precisa de intermediários.
A seguinte nota:

A lógica daquele que manda e obedece, do amo e seus fiéis, do tirano e seus escravos, dos burgueses e seus empregados, do porta-voz e seus partidários. É a velha canção de obedecer ao que manda, porque ele sabe, porque ele supostamente conhece o caminho certo para todos em qualquer momento e lugar. Essa moral é, em particular, o pastor que conduz seu gado ao matadouro. Besteira! É absurdo acreditar e apoiar líderes carismáticos que lhe prometem a libertação, uma vez que a liberdade e o bem-estar não podem ser concedidos por ninguém, é aquele que deve procurá-los através do autocuidado, da solidariedade e do apoio mútuo que não requer grande organizações ou partidos, mediadores simpáticos ou projetos de massas que requerem uma grande organização onde a agência de indivíduos é reduzida a uma coletivização dogmática de um projeto político.

Não queremos nem aceitaremos ser governados por nada e ninguém, lutaremos até a morte todas as formas e projetos de governo, controle e coerção; portanto, este slogan do “Conselho do GOVERNO indígena” causa desgosto, pois sabemos que todo governo é força e repressão – como diz o CRASS – ou como foi apontado e declarado por P.J. Proudhon: “Ser governado significa ser observado, inspecionado, espionado, dirigido, legislado, regulamentado, embutido, doutrinado, lido, inspecionado, estimado, apreciado, censurado, enviado. Ser governado significa ser registrado, registrado, registrado, selado, medido, avaliado, citado, patenteado, licenciado, autorizado, apostilado, admoestado, conteúdo, alterado, alterado, corrigido, ao realizar qualquer operação, qualquer transação, qualquer movimento. Significa, sob pretexto de utilidade pública e em nome do interesse geral; ser forçado a pagar contribuições, ser inspecionado, monopolizado, depredado, pressionado; depois, com a menor queixa, reprimida, multada, injuriada, maltratada, desarmada, apreendida, presa, julgada, condenada, deportada e, além disso, zombada, ridicularizada, indignada e desonrada. Esse é o governo, essa é a sua justiça e sua moral! “(1851) [i]

Venha de quem vier, sempre rejeitaremos propostas para serem dirigidas e organizadas por um líder carismático ou por porta-vozes de vontade popular que realmente representam a si mesmos e os seus lacaios sedentos de exercer o poder. Não importa se quem quer governar é mestiço, negro, branco ou indígena, quem planeja e executa projetos para governar, faz propostas para controlar as vontades alheias as suas, negando, portanto, a liberdade intrínseca de que não temos apenas seres humanos, mas todos os seres vivos. A decisão de agir DIRETAMENTE sobre nossas vidas é cancelada por esse aparato moral e social que chamamos de democracia, direta ou representativa. Sabemos que sua campanha não fazem pelos votos (apesar de fazê-lo pelo poder que o INE concede através do Estado) e o que eles procuram é um apelo à organização, mas essa chamada é a mensagem do pastor para suas ovelhas, do mestre aos seus servos. Obedecer as ordens do CNI implica que as pessoas não estarão organizando por si mesmas, mas pelos interesses de seus líderes e seu desejo de exercer o poder sobre a sociedade, isto é, GOVERNAR; As pessoas simpatizantes de Marychuy estão se organizando pela moral implícita de seguir o líder que promete esperança de libertação. Eles dizem que o fazem por estratégia. Qual estratégia? A de defender pelos mecanismos do Estado ao território mexicano do extrativismo neoliberal com o qual eles deveriam estar em guerra? Como eles pretendem alcançar isso quando os mecanismos que eles estão realizando atualmente – solicitar que o INE (Instituto Nacional Eleitoral) registre Marychuy na cédula para as eleições federais de 2018, por exemplo – são mecanismos que pactuam com os carrascos do Estado e da indústria, que neutralizam os legítimos projetos de autonomia e PACIFICAM AS INSURREIÇÕES que realmente procuram acabar com qualquer forma de governo, incluindo formas de governo de esquerda.

Lendo os múltiplos comunicados, entrevistas e observando inúmeros documentários do EZLN e da CNI, percebemos que sua estratégia é NACIONALISTA e, portanto, proclamam implicitamente os valores de territorialidade nacional que equivalem a manter que uma série de fronteiras territoriais que deve ser protegidas por um exército e protegido dentro pela polícia, ou seja, uma ordem nacionalista voltada para vigilância, punição, coerção, sofrimento, submissão a uma série de leis legais que protegem os interesses dessa coletividade fanática, ortodoxa, orgulhosamente racistas que chamamos México. O mesmo Subcomandante Marcos diz que eles perceberam que no momento de lutar contra o governo que não estavam enfrentando o Estado, mas sim um poder extra-nacional que é o capitalismo global, então: é por isso que eles deram sua luta aos mecanismos de Estado para proteger a nação mexicana dos grandes capitais, com a esperança de que os aparelhos burocráticos, policiais e militares limitem a invasão do capital estrangeiro? Absurdo! O território, a natureza, os povos, as individualidades, sabem e podem se defender sem mediadores e apenas por mediadores (Estado/líderes/burocratas), é que as florestas e as comunidades estão sendo destruídas, porque limitam a capacidade de ação, defesa e ataque contra a investida do projeto de civilização industrial. Sabemos muito bem que, diante da indústria e do Estado, implica enfrentar diretamente a polícia, o exército, os paramilitares e mesmo a própria sociedade civil, que vê na destruição da natureza uma forma de progresso, mas só no enfrentamento direto com os carrascos da Vida, é como as coisas são realmente defendidas, e não através de mecanismos democráticos, legais e pacifistas. Os movimentos pacifistas e legistas acabam sendo esmagados pelo estado quando ocorrem disputas territoriais, por exemplo, quando as comunidades rurais se opõem a algum mega projeto: há detidos, presos, torturados e mortos, depois de alguns anos o mega projeto está instalado e todos os esforços são inúteis, acontece – e é o mínimo dos casos – que a legalidade do Estado falha a favor das comunidades e suspende o mega projeto, mas acontece o mesmo, que o mega projeto ainda está aberto, latente , apenas adiando sua implementação, aguardando o momento em que a lei (os juízes) deu melhores condições para sua execução. Sim, a terra será defendida, os rios, se for lutar contra a gentrificação, é feito diretamente, sem mediações e sem posturas ridículas de pacifismos que apenas servem para reproduzir as lógicas de vitimização. Estamos fartos de todas as organizações de direitos humanos que vivem pegando recursos estatais para fazer documentários e registros de como as comunidades e as individualidades são brutalmente reprimidas, fartos de que mediem as lutas, fartos de que envolvam demandas na suposta defesa de pessoas afetadas pelo Estado, demandas que nunca são cumpridas. Absurdo é que o mesmo Estado castigue a si mesmo!

Aquela paz pregada pela legalidade é a paz do cemitério, é por isso que vemos na luta frontal contra a industrialização e o Estado, a única maneira de defender nossas vidas da devastação que acontece todos os dias. Devolver golpe por golpe, morte por morte aos carrascos é a única maneira de vencer aqueles bastardos leva vidas. Não queremos a paz, queremos a vitória! Sabemos que vocês dizem que é impossível derrotar o Estado, mas acontece que é possível, quantas vezes as insurgências acabaram com a dominação estatal, quantas vezes os projetos libertários triunfaram: muitas, muitas vezes! Mas aconteceu que, os esquerdistas que ansiavam pela velha ordem, devolveram à sociedade a organização do Estado e, com ela, o Governo e com o governo os mecanismos de controle, vigilância, punição e submissão que impedem a liberdade de todos os seres vivos, nos referimos assim, porque não importa só a liberdade de nossa espécie, mas a de todas.

Agora, antes de sentir desprezo – o que sabemos que alguns já sentem – para nós anarquistas e nossa postura indomável para lutar contra qualquer forma de controle, governo ou partido que seja de direita, centro ou esquerda, lembrem-se de que o movimento anarquista foi aquele que provocou e iniciou a Revolução Mexicana – nunca descartando métodos violentos – lembrem-se de que Emiliano Zapata foi influenciado decisivamente pelos anarquistas em sua ideologia revolucionária – apesar de que os magonistas se recusarem, em 1913, a unir forças com suas fileiras considerando sua luta limitadamente regionalista e reformista[1], lembrem-se de que a frase Terra e Liberdade é uma frase de origem anarquista, lembrem-se de que a frase para todos tudo, para nós nada – que todos pensam que é do Sub – é uma frase dos irmãos Flores Magón, anarquistas que foram presos e mortos por nunca aceitar, pactuar ou negociar com o Estado. É por isso que, a partir de uma análise histórica e atual da situação, a estratégia da CNI é um desperdício de energia, consideramos contraproducente a pacificação das lutas que a candidatura de Marichuy está causando, porque essa candidatura significa o pacto e a negociação com os carrascos que administram o Estado, isto é, admitir e reconhecer o governo em sua função supostamente legítima de Controle, Vigilância e Punição sobre as pessoas. É submeter-se aos calendários institucionais daqueles que mandam e dos que obedecem. Por que visualizar sua luta através de uma candidatura que ocorre nos marcos de tempo e espaço das eleições federais? Para invadir no poder Estatal? Para nada! Só fazem o jogo do Estado, só acabam por legitimar explicitamente e acatar implicitamente as determinações e ordens dos que governam e administram esse massacre que se chama progresso, que se chama Estado e indústria.

Agora, temos outra coisa a dizer – isto é, mais coisas – queremos questionar os estatutos que o EZLN tem como uma carta de apresentação e que muitos de seus seguidores tomaram sem crítica: para começar, do título de “Bom Governo” a coisa está ficando feio o suficiente, porque não pode haver bons governos, porque – como já foi reiterado muitas vezes – o governo é vigilância, punição, controle, obediência; Em relação à obediência, o primeiro ponto da carta de bom Governo do EZLN diz “Obedecer não mandar” essa lógica só favorece aqueles que justamente mandam nos governos e partidos (Quão inteligentes são os líderes do EZLN e do CNI!) Um dos maiores problemas da humanidade foi e é a obediência massiva; os grandes problemas da humanidade foram dados apenas para obediência e não por desobedecer. Quanto ao segundo ponto que diz “representar e não suplantar” Por acaso representação – em termos políticos – não é suplantar o outro porque esse outro forçou ou voluntariamente sua vontade de agir? Para representar politicamente, como foi dito desde o início deste texto, é negar às pessoas a capacidade de agir diretamente por sua liberdade e destino. Essa dinâmica de representação política é uma dinâmica confortável para as classes média e alta que veem na CNI e MORENA (partido de esquerda) uma esperança para a Mudança sem ter que manchar suas roupas e mãos? Quanto ao quarto ponto que diz “Servir, não se servir” É apenas uma moral dos escravos, que beneficia aqueles que governam em grandes organizações políticas, seja de centro, direita ou esquerda, é uma lógica que ajuda os porta-vozes/dirigentes/líderes dos partidos como é o CNI. O quinto ponto diz: “Baixar, não subir” outro valor de escravos, de vitimização e auto humilhação, de modo que os sujeitos que estão em cima, estejam eternamente. Para nós, se trata nem de subir nem de baixar, mas construir novos mundos horizontalmente (sem baixar ou subir politicamente), que de diferentes maneiras são iguais, sem rebaixamento político! Quanto ao último ponto que diz “dar vida, não tirá-la”. Para nós, essa frase é a mais delicada, porque a vida é o mais precioso, o mais belo da existência, então dar isso para um partido político, para o líder carismático ou os dirigentes e seus valores democráticos e populares nos tornam absurdos: a lógica do mártir também é moral para escravos, que se sacrificam por causas que muitas vezes nem compreendem nem são inteiramente suas. Para nós, para dar vida pra lutar contra o Estado, a industrialização da existência, não é um sacrifício, nem um dever instituído nas normas sociais, pelo partido ou da vontade popular, mas os compromissos que assumimos desde o momento em que decidimos ser livres e ser livres através da ação direta, sem mediadores que vivam como parasitas do poder e obediência daqueles ao seu redor e continuam… e para nós matar um banqueiro, cacique, biotecnólogo ou o fascista do seu bairro, é algo bonito, uma bela violência que não anseia a paz, mas a vitória; É feio, terrível matar, mas às vezes é necessário tirar vidas, depende do contexto e porque é feito, mas nunca transformaríamos em um mandamento, nem em um estatuto moral de uma “carta de bom governo”… e sim, preferimos dar vida do que tirá-la, mas às vezes para dar, é necessário matar aqueles que assassinam a Vida com os projetos industriais onde o Estado é o escudo principal para realizá-los.

Esta carta foi escrita por anarquistas que amam a liberdade, por alegres sabotadores de governos e empresas. Que criticamos a CNI com tanta dureza e alguns aspectos do EZLN não significam que nos opomos, em qualquer momento, as lutas legítimas pela liberdade e libertação dos povos originários da América e do mundo, ao contrário, somos cúmplices de todos esses “índios” que se negam ao progresso, que sabotam máquinas, que fazem bloqueios e barricadas para frear o progresso ecocida dos mega projetos de morte, somos cúmplices de todos aqueles que enfrentam o poder diretamente, que resistem e mais que resistem combatem golpe por golpe, morte por morte aos governos e as empresas assassinas, que afinal são mesmo lado da mesma moeda. Nós, anarquistas e outros indivíduos libertários e coletivos, sofremos ameaças de morte, perseguições, prisões, morte de companheirxs e, portanto, sabemos perfeitamente o que significa lutar sem trégua contra os carrascos que exercem o poder da economia e da legalidade industrial e civilizada, mas não por essa razão nos assumimos como vítimas ou negociamos com o Estado e as empresas, pelo contrário, nos assumimos cada vez mais como guerreiros que atacam clandestinamente, dando golpes estratégicos, duros e letais ao sistema da morte nos pontos onde mais dói… e no cotidiano continuaremos tecendo redes de afinidade, realizando uma projetos infinitos projetos autogestivos, dando apoio a todos os projetos autônomos e liberação das populações que assim decidiram. Esta crítica é porque vemos na candidatura de Marychuy coisas que, longe de avançar a libertação, atrasam-na; o apoio às comunidades indígenas do México e do mundo pelos anarquistas sempre esteve lá… e continuará sendo, porque um dos problemas mais sérios da humanidade tem sido o colonialismo e não vamos parar de lutar até que o vejamos queimar nas chamas da ação direta.

28 de Novembro de 2017, desde algum lugar do México.

Algumxs anarquistas pela Anarquia

Notas

[i] Proudhon, P.J. (1851), ideia geral da revolução no século XIX.

[1] No livro Magonismo: História de uma paixão libertária 1900-1922 de Salvador Hernández Padilla, são coletados alguns dados que expõem as diferenças e conexões entre o zapatismo e o magonismo anarquista. Entre as informações destaca a correspondência pessoal entre Emiliano Zapata e membros do Conselho Organizador do Partido Liberal Mexicano.

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Santiago, Chile – Reivindicação do atentado explosivo contra sedes do Partido Radical e Partido Socialista na véspera do segundo turno das eleições presidenciais

15, dezembro, 2017 Sem comentários

via Noticias de la Guerra Social

Durante a manhã de 10 de dezembro de 2017, um transeunte teria avisado a polícia sobre a presença de um elemento estranho na frente do Partido Radical, localizado na rua Londres 57, em pleno centro de Santiago.

Assim, às 06:15 a polícia começa isolar todo o setor, com as equipes do GOPE, labocar e OS-9 que retiraram o artefato explosivo, classificado  pela polícia como “de baixa intensidade” e que não teria detonado. O artefato foi encontrado dentro de um pequeno saco preto na porta da sede, que teria sido movido pelo GOPE para suas dependências.

Depois de alguns minutos, a polícia descobre um segundo explosivo colocado na janela da sede do Partido Socialista na rua Paris 873.

Assim, a poucos metros do primeiro atentado desativado, por volta das 10:20, o GOPE trabalhou neste segundo artefato que teria características similares ao primeiro.

O presidente do Partido Socialista, Álvaro Elizalde, disse: “Os fatos em si são graves e merece nossa condenação enérgica”, anunciando a apresentação de uma queixa após uma reunião com o Ministério Público Sul e anuncia o aumento das medidas de segurança em suas instalações.

O presidente do Partido Radical, Ernesto Velasco, condenou o fato dizendo: “Isto é inédito no Chile (…) Não é normal que antes de um período de eleição presidencial tenha situações como esta e certamente deve ser investigado e punido porque isso não pode ser deixado na impunidade”, anunciando uma queixa sob a lei de controle de armas, além de redobrar as medidas de segurança em todas suas sedes.

Por sua vez, o governo anunciou um processo por esses ataques, enquanto os líderes de partidos políticos se reuniram com o chefe do Ministério Público Sul – Raúl Guzmán – que lidera a causa contra os distintos atentados incendiários/explosivos.

Vale lembrar que esses atentados ocorrem alguns dias da realização do segundo turno das eleições presidenciais. Tanto o explosivo no PS e no PR foi reivindicado pela Celula Insurreccional 11 de Diciembre-Nucleos Antagonicos de la Nueva Guerrilla Urbana.

Isso lembra os atentados contra a Democracia Cristiana reivindicado pelxs “Amigxs de la Polvora-Núcleos Antagónicos de la Nueva Guerrilla Urbana” e contra a sede do Partido por la Democracia realizado pelo “Circulo Iconoclasta Michele Angiolillo-Núcleos Antagónicos de la Nueva Guerrilla Urbana” a poucos dias do primeiro turno da eleição presidencial.

Vídeo da imprensa: Chilevision

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(Enviado por e-mail)

REIVINDICAÇÃO DA COLOCAÇÃO DE ARTEFATOS EXPLOSIVOS CONTRA AS SEDES DO “PARTIDO  SOCIALISTA” E “PARTIDO RADICAL SOCIAL-DEMOCRATA”

Santiago 11 de Dezembro de 2017

“O Estado é a negação da humanidade”
“Mikhail Bakunin”

“Nenhum abaixo-assinado irá dissipar o poder e a ordem estabelecida. Nem qualquer ação legal; não podemos esperar que os tribunais estabelecidos pelos exploradores determinem que a exploração é ilegítima e deve ser combatida. Não conseguiremos nada votando por uma alternativa, nem fazendo vigílias de oração, nem acendendo velas aromáticas nas vigílias de oração, nem cantando músicas de protesto… não conseguiremos nada fazendo declarações ostensivas, mudando nossa dieta nem construindo ciclovias. Deve ser dito com todas as suas letras; esse poder, essa força, essa entidade, essa monstruosidade chamada Estado é mantida pela força física, e só pode ser desafiado nos termos que o mesmo impõe e entende”
“Ward Churchill”

 

Querendo ser precisxs e concisxs, mediante este comunicado, reivindicamos a autoria do ataque com colocação de artefato explosivo nas principais sedes dos partidos da nova maioria, correspondentes ao “Partido Socialista” e ao “Partido Radical Social-Demócrata” localizados na Rua Paris #873 e Rua Londres # 57 respectivamente.
Dadas as facilidades do espaço físico nas quais se encontram ambas porcarias de organizações, vimos a possibilidade de gerar ataques simultâneos, violam tanto a segurança e vigilância interna dos partidos, como a externa anunciada há duas semanas pelo governo, pelo desperdício humano do ministro do interior Mahmud Aleuy, após a colocação de artefatos explosivos nas sedes do “PPD” e da “DCC”. Com o dito acima, queremos dizer que somos capazes de violar seus métodos, estratégias e agentes de segurança e que não tememos nem suas palavras e nem seus métodos de repressão.

O objetivo do nosso ataque é marcado em nossa oposição como individualidades anárquicas contra as múltiplas formas nas quais se expressa minimamente o poder e a ideologia que sub jazem este. Também é nossa tarefa através deste ataque rechaçar através da violência o atual contexto de eleições em que o Estado do Chile está imerso, processos que, por sua natureza e história nos parecem a máxima expressão da capacidade de dominação e coerção exercida pelo estado em nossas vidas e na sociedade em geral nos colocando como meros espectadores de nossas existências, disfarçando a escravidão no livre arbítrio. Como anárquicxs rechaçamos a democracia e a falsa liberdade com a qual disfarçam esse engenho grego da dominação.

Por outro lado, e não sendo algo fortuito, escolhemos a madrugada deste domingo pela proximidade com a comemoração dos 4 anos da morte em combate do nosso companheiro niilista-anárquico “Sebastian Oversluij” numa expropriação bancária nas mãos do bastardo guarda Walter Vera… Companheiro esta noite nossos corações e espíritos se encontraram na companhia de sua vida e memória insurrecta.

NUCLEOS ANTAGONICOS DE LA NUEVA GUERRILLA URBANA é o espaço de coordenação sob a qual confabulamos contra o aparelho eleitoral e estatal que do mesmo modo se fez presente há algumas semanas nos ataques registrados contra as sedes do “PPD” e “DC”

GUERRA AO PODER EM QUALQUER DE SUAS FORMAS
MORTE AXS POLÍTICXS E À POLÍTICA
PRESXS EM GUERRA ÀS RUAS
HONRA E GLÓRIA À SEBASTIÁN OVERSLUIJ E MAURICIO MORALES
VIVA A ANARQUIA ANTISOCIAL!

CELULA INSURRECIONAL 11 DE DICIEMBRE
NUCLEOS ANTAGONICOS DE LA NUEVA GUERRILLA URBANA

Nápoles, Itália – Operação repressiva contra FAI/FRI

11, dezembro, 2017 Sem comentários

via Act For Freedom Now

O promotor de Nápoles, Catello Maresca, encarregado de uma investigação sobre associação subversiva ligada à FAI/FRI, exigiu que 20 companheirxs anarquistas sejam presxs e o Centro Studi Libertari, sede do grupo anarquista Louise Michel e o espaço anarquista 76/A sejam fechados.

O juiz rejeitou o pedido do promotor, este último fez recurso; este será realizado no dia 14 de dezembro no tribunal de revisão em Nápoles.

Anarquistas de Nápoles

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Brasil – Últimas atualizações sobre a Operação Érebo em Porto Alegre

5, dezembro, 2017 Sem comentários

Antes que nada, não existem compas detidxs. Esclarecemos isto já que a informação de ontem (04/12) alertou todxs nós porém agora confirmaram que não existe nenhumx compa detidx.

Aproveitamos esta comunicação para informar que as buscas e apreensões continuam em Porto Alegre e na área metropolitana. O fato de que estas buscas não sejam midiatizadas como foi a primeira deixa nos parcialmente desinformadxs. Há compas que tem maior acesso a informação que facilitam solidariamente as noticias o qual ajuda muito. Ainda com isso é importante, e isto vai como autocrítica, não seguir o ritmo imediatista das redes sociais que as vezes provocam uma onda de alarma. Sobretudo em momentos onde há compas que ainda tem que confrontar-se com invasões e onde ainda não sabemos a magnitude do contragolpe estatal.

Também queremos insistir em que esta razia tem suas próprias particularidades mas, enquanto anárquicxs que somos, não precisamos ter (e esperamos não ter) compas detidxs para seguir manifestando nosso abraço solidário.

Desde o Sul…

Algumxs anárquicxs.

Brasil – A caçada contra anarquistas em Porto Alegre continua

1, dezembro, 2017 Sem comentários

via Contra Info

No dia de hoje, 30 de novembro de 2017, a operação policial Erebo novamente atacou axs anarquistas. Invadiram algumas casas, roubando coisas e destroçando tudo que estava no seu caminho. Não sabemos muito bem se há mais espaços invadidos. A comunicação está precária já que não sabemos dos níveis da intervenção policial. E esta vez nada foi difundido na mídia.

Ainda quando a tempestade parecia ter se acalmado e não se tinham detidxs nem informação sobre a operação, temos a certeza de que eles estão nos procurando. A diferença de outras incursões, a operação Erebo parece  vir devagar mas sem pausa.

Nós nos mantemos fortes, decididxs e ainda nestas perseguições, a certeza do amor pela liberdade grita mais forte.
As mostras de apoio e solidariedade não faltam e as diferentes posturas do anarquismo tem se mantido firmes no seu rechaço a autoridade e no seu braço tendido axs companheirxs. Isso nos fortalece.

Que se espalhe a noticia

Braço tendido axs companheirxs, punho fechado aos inimigos!

Procuremos que viva a anarquia!

Itália – Preso anarquista Davide Delogu continua em greve de fome

27, novembro, 2017 Sem comentários

Da chamada telefônica semanal que Davide realiza com sua família, nos enteramos que:

Davide continuará a greve de fome que começou em 04 de novembro e continuará até que acabe o regime de isolamento 14bis.

Davide incentiva a solidariedade direta de todxs.

Ele disse que continuará porque quer estimular xs companheirxs para a ação.

Reforça sua proximidade com xs companheirxs da AS2.

Repete muitas vezes, a necessidade da solidariedade revolucionária.

O estado de Davide é ótimo, mas ele já perdeu 14 kg.

CNA

a partir da tradução de Sin Banderas Ni Fronteras desde a publicação da Croce Nera Anarchica

Santiago, Chile – Ação de sabotagem contra câmera de vigilância em Villa Francia

27, novembro, 2017 Sem comentários

via Contra Info

NOS JUNTAMOS PRA VOTAR, PRA BOTAR SUAS CÂMERAS, PORQUE NOSSA ÚNICA OPÇÃO É A ETERNA GUERRA À CIVILIZAÇÃO, NÃO O MELHOR VIVER DX HUMANX, NOSSO VOTO É O CONFLITO E A AÇÃO DIRETA PELA LIBERTAÇÃO DA TERRA CONTRA O DESENVOLVIMENTO E A VIGILÂNCIA, MESMO COM DRONES XS REBELDES ATACAM E BURLAM A SEGURANÇA, A GUERRILHA ANCESTRAL RENASCE EM TODA A TERRA EM RESISTÊNCIA, XS PRÓXIMXS SERÃO XS POLICIAIS.

SANTIAGO MALDONADO Y PRESXS PRESENTE!

*CONTRA O ESTADO E SUA DEMOCRACIA NOSSA ÚNICA ELEIÇÃO É A VIOLÊNCIA ORGANIZADA PELA LIBERTAÇÃO TOTAL*

– Panfleto distribuído em forma de aviõezinhos durante a ação.

Reflexão dos fatos:
Apesar de ter conseguido sabotar o ritmo da vida e apontar diretamente para a câmera de vigilância, não foi possível fazê-la cair, pois na nossa idéia trabalhamos em tempos adquiridos através do estudo do lugar, quando cumprimos ao décimo minuto da ação tivemos que realizar a retirada, já que nosso planejamento aponta para a sabotagem e não o ataque/enfrentamento direto.
As conclusões que isso nos leva são que deveríamos ter utilizado 02 equipamentos de corte em vez de 01, então o tempo tivesse sido concordante, conseguimos até a metade do poste metálico da câmera, ainda ficando de pé, nossa reflexão é sair pra atacar e deixar a imobilidade, as ousadias são aprendizagens constantes.

Abaixo o ego, pela guerra social
Incitando o desapego da rotina, conspira, cada experiência encoraja a expansão de nosso afinamento como indivíduxs e afinidades!
Liberdade para todxs xs presxs do mundo
Barry na mente dxs conspiradores

6 da manhã, 12 DE NOVEMBRO DA ERA DO CRUCIFICADO, VILLA FRANCIA.

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Santiago, Chile – Reivindicação da sabotagem à linha férrea do metrô 4A

27, novembro, 2017 Sem comentários

via Contra Info

Na madrugada de segunda-feira, 20 de novembro, as linhas férreas da linha 4A do metrô de Santiago, na altura da estação do metrô La Granja1 foram sabotadas com material concreto e contundente. Não podíamos permitir que no dia seguinte da sua festividade eleitoral democrática as coisas seguissem seu curso normal. É que para nós não nos basta apenas chamar para não votar, decidimos nos posicionar contra o Estado e suas lógicas de controle e dominação sobre nossas vidas. Somos contra o Estado, uma das maiores expressões do exercício da autoridade que tortura e reprime; somos contra sua democracia, com as ilusões de mudança social oferecidas pelos poderosos e assumidas pela cidadania.

Nossa opção neste e todos os processos eleitorais é a subversão permanente que indica que uma vida livre se cria com a destruição da ordem autoritária e a violência necessária contra os opressores e suas estruturas de poder.

Com esta ação de sabotagem estendemos e enviamos saudações e cumplicidade solidária a todxs aquelxs que desta calçada enfrentam o poder e seus defensores.

Axs nossxs companheirxs sequestradxs nas prisões da democracia: Nataly, Juan e Enrique nesta semana onde o estado e suas autoridades farão sentir todo seu castigo. A Marcelo Villarroel, Juan Aliste, Freddy Fuentevilla, Joaquín García, Natalia Collao, Sol Vergara.

Solidariedade com xs companheirxs presxs na operação scripta manent, axs nossxs irmãxs da Conspiração das Células de Fogo e ao companheiro anárquico Konstantinos Yagtzoglou, axs companheirxs perseguidxs pelo estado brasileiro na operação érebo.

Contra o estado e sua democracia
Nossa única eleição é a violência organizada pela libertação total.

Banda de Sabotagem Santiago “Brujo” Maldonado

  1. “Alta afluencia de pasajeros en Línea 4A del Metro tras problemas de frecuencia”. Bio Bio Chile, 20 de Novembro de 2017.