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Estados Unidos – 11 de Junho – Dia de Solidariedade com Marius Mason e todxs xs presxs anarquistas a longo prazo

15, janeiro, 2018 Sem comentários

Ao longo dos anos o 11 de Junho, Dia de Solidariedade com Marius Mason e todxs xs presxs a longo prazo tem vindo a apoiar e a destacar dezenas de companheirxs presxs. Tem-se vindo a incluir mais presxs de fora dos EUA, nos últimos anos, evitando-se cair no caminho fácil do centralismo nos EUA – representando-se assim de forma mais fiel a riqueza da expansão anarquista e das lutas anti-autoritárias através do mundo. (Pode descobrir mais sobre isto em june11.org). E é com isso em mente que lhe estamos a pedir ajuda para traduzir e divulgar esta breve mensagem. Sabemos que existem muitxs presxs cujas histórias não nos têm chegado ou com quem foi difícil estabelecer contato. Por enquanto o 11 de Junho tem-se concentrado em presxs anarquistas com penas de longa duração, mas essas não são qualidades estritas. Estamos ansiosxs de apoiar presxs anti-autoritárixs – a partir de diversos tipos e categorias de lutas. O 11 de Junho tem como objetivo manter nos nossos lábios os nomes dxs companheirxs que estão trancadxs há muitos anos – muito tempo depois de muitxs delxs andarem à deriva, pois sempre há novas lutas, novas emergências e mais amigxs a serem alvo do estado. Geralmente, usamos uma sentença de dez anos como ponto de referência, mas neste momento estamos a apoiar alguns e algumas presxs que cumprem 6 ou 7 anos.

Não fazemos essa distinção para minimizar a experiência dxs companheirxs que sejam retiradxs das suas comunidades e torturadxs por menos anos, mas como um reconhecimento do que é necessário fazer mais para sustentar o apoio e a solidariedade aqueles que serão trancadxs durante muitos ciclos de luta. Pedimos que entre em contato conosco se conhecer presxs cujo caso seja ajustado e gostasse de ver incluído no 11 de Junho. Nesse caso, quando fosse possível, desejaríamos estabelecer diálogo com xs apoiantes para que se possa explorar mais profundamente como xs apoiar e manter a sua voz nas nossas atividades. Por favor, ajude-nos a traduzir e disseminar esta mensagem na medida do possível. Queremos ouvi-lxs através de: june11th@riseup.net

Na Luta,
Comitê do 11 de Junho

Fonte: Contra Info

Minneapolis, Estados Unidos – Não podem nos congelar!

9, janeiro, 2018 Sem comentários


Na véspera do ano novo, um bravo bando de variadxs rebeldes enfrentou as temperaturas abaixo de zero em Minneapolis e se encontrou em um parque no centro da cidade para participar da tradição de uma década de mostrar as pessoas atrás das grades de algum amor. Uma pequena multidão acompanhada de instrumentos de percussão e um sistema de som abriram caminho para a prisão juvenil. Depois de uma caminhada rápida, chegamos à prisão com música explosiva para todxs xs presxs. Logo as primeiras cabeças começaram a surgir nas janelas estreitas. Cumprimentamos aquelxs lá dentro com cantos de “Queimem todas as prisões, queimem todas as prisões, certifiquem-se que os policiais estejam lá!” e “libertem as crianças!”. Depois da curta festa, avançamos antes que a polícia chegasse. Voltamos para o parque e nos dispersamos na noite. Mesmo que fosse uma pequena reunião, mostramos amor e solidariedade para aquelxs que não podem celebrar o ano novo com xs amigxs e entes queridxs, mostrando-lhes que não estão sozinhxs.

Fonte: Conflict MN
Tradução: Turba Negra

Estados Unidos – Chamada de solidariedade com xs acusadxs no caso J20

2, janeiro, 2018 Sem comentários


CHAMADA PARA UM DIA DE SOLIDARIEDADE INTERNACIONAL COM XS ACUSADXS DO DIA DA POSSE – 20 DE JANEIRO DE 2018

Em 20 de janeiro de 2017, dezenas de milhares de pessoas receberam a posse do presidente Donald Trump com grandes protestos, que iam de bloqueios criativos a ações militantes de rua. Entre as manifestações daquele dia havia um bloco anticapitalista e antifascista conduzido por faixas, onde se podia ler “Nenhuma transição pacífica” e “Que os racistas voltem a ter medo”. Em resposta ao protesto, a polícia atacou-xs violentamente e cercou cerca de 230 pessoas, detendo-as por alegadamente terem cometido danos materiais ou por estarem próximas dessas ações.

Depois de uma série de acusações formais e de manobras legais, cerca de 200 pessoas foram acusadas de seis crimes (cinco casos de danos materiais e incitação a motim) e duas contravenções (participação em motim e conspiração para motim). Isto significa que cada uma dessas pessoas enfrenta uma pena 61 anos de prisão.

Este caso sem precedentes é importante porque é uma tentativa por parte do governo dos Estado Unidos de reprimir os protestos disruptivos que surgiram espontaneamente em resposta à eleição de Trump. As acusações estão destinadas a sufocar a resistência ativa e a enviar uma mensagem de que a resistência não será tolerada, num momento em que é necessária mais do que nunca. Em muitos aspectos, este caso é uma experiência quanto à expansão dos poderes repressivos do Estado, com procuradores que tentam incriminar todxs como um  grupo pelo mesmo punhado de janelas quebradas com base apenas na presença. Além disso, a polícia e outros agentes do Estado estão tentando redefinir a mais básica organização política – realizar reuniões, planejar protestos e a participação nestes como um grupo – como um ato de conspiração. Isto faz parte de uma tendência contínua, tanto nacional como internacional, de um aumento da repressão, que tem como alvo os movimentos sociais nos supostos Estados “democráticos”. Se o Estados Unidos tiverem sucesso na condenação dos movimentos sociais desta forma, isso certamente encorajará outros governos a fazerem o mesmo.

À medida que o governo de Trump contribui diariamente para que o mundo esteja cada vez mais à beira de uma calamidade, é importante apoiar aquelxs que no Estados Unidos arriscaram a sua liberdade para se oporem a ele desde o seu primeiro dia no governo. Os protestos do dia da posse deram o tom de muita  resistência que se seguiria e garantiram que governo de Trump e os seus aliados de extrema-direita não ficariam sem oposição. Mais tarde, por todo o país, as pessoas usaram a ação direta para fechar quase todos os aeroportos internacionais, num protesto histórico que travou temporariamente as políticas anti-imigração e islamofóbicas do novo governo. Continuando esta luta no tribunal, a maioria dxs acusadxs estão trabalhando juntxs para responder politicamente a essas acusações e estão usando este caso como forma de fortalecer os laços entre diferentes lugares e diferentes lutas.

Como resposta, esta é uma chamada para um dia de solidariedade internacional dia 20 de janeiro de 2018. As ações solidárias vindas de todo o mundo aqueceram os corações dxs acusadxs, numa altura em que enfrentam uma intensa repressão. Além disso, são parte de uma prática política que reconhece que estamos envolvidxs numa luta comum que transcende as fronteiras. Pedimos solidariedade não como um ato de caridade, mas como gesto para a cumplicidade comum no esforço de resistir ao governo Trump e ao futuro que pretende impor.

Fonte: Contra Info

Estados Unidos – Dezembro Negro – A memória é uma arma

2, janeiro, 2018 Sem comentários

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“Quanto aos setenta e cinco anos, não estou realmente preocupado, não só porque tenho o hábito de não completar sentenças ou esperar a liberdade condicional ou qualquer dessas besteiras, mas também porque o estado simplesmente não vai durar setenta e cinco ou mesmo cinquenta anos”
Kuwasi Balagoon, 09 de dezembro de 1983.

“Axs amigxs e pessoas que ajudaram a dar sentido a todos esses eventos que aconteceram tão rápido. Certas culturas humanas travaram uma guerra contra a Terra por milênios. Escolhi lutar do lado dos ursos, dos leões das montanhas, dos zorrilhos, dos morcegos, dos saguaros, das rosas e todas as coisas selvagens. Sou apenas a mais recente casualidade nessa guerra. Mas esta noite fugi da prisão: estou voltando pra casa, à Terra, para minhas origens”
William “Avalon” Rodgers, 21 de dezembro de 2005

A memória é uma arma, que muitas vezes negligenciamos a brandir nas nossas batalhas. É fácil, presxs como estamos nas marés do progresso, esquecendo o que e quem veio antes que nós e queimou caminhos que agora servem como marcadores para xs insurgentes. Esquecer é se perder numa floresta. Esquecer é não ter história.

O ato de lembrar é um gesto desafiador. Contra nossa lobotomização pela tecnologia. Contra a esterilização da história pelas escolas do estado. Contra a pacificação de vidas revolucionárias pela história oficial e suas narrativas de progresso. Contra a amnésia que poderia apagar os exemplos daquelxs pagaram a liberdade com suas vidas. Para começar a lutar contra esta sociedade, sua podre autoridade e suas ideologias venenosas, devemos primeiro lembrar.

Dezembro nos pesa muito, mas também acende fogos inextinguíveis.

Nos lamentamos por Alexandros Grigoropoulos, anarquista de 15 anos assassinado pela polícia em dezembro de 2008 em Atenas, cuja morte desencadeou semanas de guerra aberta contra o estado grego.

Nos entristecemos por Sebastián Oversluij, “Angry”, anarquista irreprimível assassinado em 11 de dezembro de 2013 por um cão pago de um banco enquanto tentava expropriar dinheiro em Santiago de Chile.

Estamos furiosxs pela morte na prisão de Kuwasi Balagoon em dezembro de 1986: ex-Pantera Negra, soldado do Exército de Libertação Negro e anarquista africano.

Queimamos a noite para despertar o espírito de William “Avalon” Rodgers, libertador da terra que se suicidou no solstício de inverno de 2005, enquanto estava na prisão acusado de levar fogo aos saqueadores da natureza.

Para honrar essxs lutadorxs, não só choramos. Não só dobramos nossas mãos e lamentamos a brutalidade do estado contra nossxs companheirxs. Não nos assustamos com suas mortes. Nós agimos.

Mantemos com vida suas lutas ao continuar lutando. Seja qual for os nossos meios, qualquer que seja nosso contexto: através da rebelião intransigente, os corações de nossxos companheirxs ainda batem.

Por Alexandros e Angry
Por Kuwasi e Avalon
Por toda a natureza

Baixe o arquivo em pdf original em inglês.

Fonte: Sin Banderas Ni Fronteras
Tradução: Turba Negra

Filadélfia, Estados Unidos – Dezembro Negro: Caixas rápidos sabotados

2, janeiro, 2018 Sem comentários

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Na celebração do Dezembro Negro, algumxs anarquistas na Filadélfia decidiram dar um passeio de inverno pelo centro e pôr um freio no comércio do capitalismo de merda de quase todos os caixas rápidos no coração financeiro da cidade.

Pegamos papelões não ondulado cortados na largura de um cartão de banco com supercola aplicada de um lado, e colocamos na ranhura para cartões da máquina ou na ranhura para a entrada da cabine. Foi surpreendentemente fácil fazer e atingimos mais de 50 alvos!

Este ataque foi muito discreto! Todo o que precisávamos era vestir o traje de inverno normal para uma noite abaixo de zero (rostos cobertos, luvas, etc.), limpar nossas ferramentas e caminhar com a confiança segura dos entediantes yuppies. Esta época do ano tem um clima excelente para parecer despretensioso e ocultar sua identidade enquanto realiza todo tipo de atividades ilegais, por isso não tenha medo de tentar isso em casa! Nos sentimos super relaxadxs e produtivxs!

Este ataque foi realizado com a memória de Scout Schultz* e Alexandros Grigoropoulos em nossas mentes, e é dedicado à todxs aquelxs que resistem à repressão estatal.

Pela morte do capital e a recuperação de nossas vidas!
Dinheiro é morte, sabotagem é diversão!
Iluminemos essas noites escuras de inverno com um grande foda-se para vocês sabem quem!
Que as chamas ardentes da anarquia nos aqueçam este e todos os invernos!

Feliz Dezembro Negro para vocês.

*****

Scout Schultz, anarquista, antifascista e ativista queer assassinada em setembro de 2017 pela polícia em um incidente na universidade onde estudava em Atlanta. Mais info em
https://crimethinc.com/2017/10/05/scout-schultz-remembering-means-fighting-mourning-a-queer-activist-and-anarchist-murdered-by-the-police

Fonte: Sin Banderas Ni Fronteras
Tradução: Turba Negra

Bloomington, Estados Unidos – Publicação Plain Words número 4 disponível

5, dezembro, 2017 Sem comentários

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A edição de inverno 2017/2018 da Plain Words! Desta vez, apresentamos artigos sobre presxs anarquistas e resistência do grande júri, redes sociais e televisão como obstáculos à revolta, eco-ação local, resistência animal à tecno-sociedade e memória como arma.

[Para ler e imprimir] / [Para imprimir]

A publicação está e inglês.

Atlanta, Estados Unidos – Food Not Bombs de Atlanta não será interrompida pela polícia da GSU

22, novembro, 2017 Sem comentários

via It’s Going Down

A Food Not Bombs de Atlanta tem compartilhado alimentos gratuitos com qualquer pessoa com fome há mais de uma década. Acreditamos que a nossa necessidade de sustento não pode ser anulada pelo poder do Estado e que nenhuma autoridade deve poder impedir que alguém satisfaça suas necessidades de nutrição.

A polícia da Universidade Estadual da Georgia (GSU) iniciou uma campanha de assédio dirigida a quem procura compartilhar alimentos com pessoas no centro de Hurt Park. Eles afirmam que o fornecimento de comida é ilegal sem uma licença de estabelecimento de serviços de comida da cidade. As reivindicações legais dos policiais são confusas, contraditórias e, em última análise, falsas. O que se resume é que eles não querem pessoas sem-teto no parque, eles querem que eles vão para outro lugar.

Mas se forem forçados a sair do parque, os desabrigados não entrarão em um abrigo, já que a cidade finalmente ganhou a luta de um ano para fechar o maior abrigo de Atlanta. E eles certamente não irão para a habitação, em uma cidade onde a gentrificação e a especulação criaram o que muitos estão chamando de “crise da habitação acessível”. Desenvolvedores, administradores de universidades e planejadores de cidades não se preocupam com o fato de que não há lugar para pessoas pobres. No que diz respeito, os sem-teto são um incômodo para tratar o mesmo que os ratos e os pombos.

Os policiais já acusaram umx dxs nossxs voluntárixs com esse suposto crime, mas não vamos parar. Se o estado torna o compartilhamento ilegal, não temos escolha senão ser rotuladxs como criminosxs. Não apenas porque a nossa consciência exige, mas porque ajudar umxs axs outrxs é a única maneira de sobrevivermos. O Estado deve criminalizar-nos; em um mundo de paredes de prisão sempre em expansão e aprofundando a exploração para viver nossas vidas como acharmos adequados, todxs seremos rotuladxs como criminosxs.

Pedimos a todxs xs que se opõem a essa repressão que se oponham diretamente a ela: venha a Hurt Park no próximo domingo, 26 de novembro, às 02:30 e ocupe-a conosco. Traga qualquer coisa que você queira compartilhar: alimentos, recursos, serviços. Traga música, diversão e festividade. É hora de retomar de volta os bens comuns da universidade sempre em vias de avivar e mostrar que todas as formas de vida pública não serão uma mercadoria. Vamos mostrar que um parque cheio de pessoas que vivem uma vida que vale a pena viver um para x outrx é melhor do que um parque sanitizado pela polícia.

França/Estados Unidos: Kara libertada!

16, novembro, 2017 Sem comentários

Após 17 meses isolada em uma prisão de homens estrangeiros, Kara teve seu julgamento no final de setembro. Hoje, no dia 14 de novembro, ela foi libertada da prisão! Kara e seu grupo de apoio gostariam de agradecer a todos os que escreveram, doaram ao fundo legal e tornaram a vida infernal da prisão, sem uma data de soltura definida, um pouco mais suportável. Kara precisa do nosso apoio financeiro para se reintegrar no mundo fora das muralhas da prisão. Siga este link para doar em seu fundo de liberdade.

***

Kara Wild é uma artista, companheira e força resiliente da natureza, atualmente detida na França por sua alegada participação em um protesto contra reformas trabalhistas draconianas e repressão policial. Ela é uma mulher trans e atualmente está presa em uma prisão masculina. Ela também é cidadã estadunidense e foi negada uma caução porque as autoridades francesas consideram que ela possa fugir.

No dia 18 de maio, milhares de pessoas convergiram em Paris para desafiar um contínuo cerco da violência policial e se opor a uma nova reforma trabalhista neoliberal. Durante uma dessas marchas, um carro da polícia foi atacado e incendiado. Kara foi brutalmente presa em conexão com este incidente mais de uma semana depois, em 26 de maio, em um evento separado perto de La Place de la Nation. Apesar de uma clara falta de evidência, ela está sendo acusada de atacar com uma madeira o pára-brisa de um carro da polícia momentos antes de incendiá-lo. Suas acusações são “tentativa de homicídio de uma pessoa que ocupa cargos públicos, destruição de propriedade, violência grupal e participação em um grupo armado mascarado”.

Kara está entre 6 pessoas atualmente, enfrentando acusações em conexão com este incidente. Para piorar as coisas, o primeiro-ministro da França, Manuel Valls, prometeu executar “punição implacável”, a fim de dar o exemplo e desmobilizar os protestos.

Apesar dos ataques do Estado, os movimentos globais contra o capitalismo, a supremacia branca, o patriarcado heterossexual e austeridade aumentam cada dia, de Paris a Oaxaca. À medida que as chamas da resistência se multiplicam neste verão, deixe-nos ter certeza de não deixar nossxs amigxs para trás! Por favor, ajude-nos a apoiar Kara Wild, escrevendo para ela, doando para seu fundo de defesa e divulgando o caso dela.

Liberdade para todxs xs presxs políticxs! Liberdade para todas as mulheres trans presas! Liberdade para todxs xs presxs!