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Santiago, Chile – Reivindicação de artefato incendiário/explosivo contra santuário católico

19, janeiro, 2018 Sem comentários

Reivindicamos a instalação de um artefato incendiário/explosivo em uma das entradas do santuário do Movimento Apostólico de Schoenstatt, localizado na comuna de La Florida, ação realizada na noite de 15 de janeiro, dia da chegada do Papa Francisco ao Chile.

Com nossa ação reafirmamos o combate contra a autoridade da Igreja Católica, instituição cujos organismos e representantes exercem historicamente a repressão sobre os corpos, a imposição de papéis e pautas de comportamento, a manipulação de mentes e o monopólio espiritual que castra a liberdade dxs indivíduxs.

Cúmplice de matanças, perseguições e genocídios na história mundial, a Igreja Católica e seu Papado são um pilar do domínio civilizado e do colonialismo no território denominado “América Latina”.

O Movimento Apostólico de Schoenstatt, fundado na Alemanha em 1941 pelo sacerdote José Kentenich, que cria pessoalmente o movimento no Chile em 1949, é sem deixar dúvidas um importante enclave e referencia do conservadorismo da elite empresarial chilena.

Através de sua rede de escolas, os Padres de Schoenstatt educam mais de seis mil crianças no Chile por meio de una matriz de valor que reprime a liberdade sexual, condena o aborto e defende com força a hegemonia da instituição-contrato do matrimônio heterossexual.

Ligados a este movimento, encontramos uma série de personagens desprezíveis como o sacerdote Raúl Hasbún, defensor moral e político da ditadura; o parlamentar José Antonio Kast, defensor da ditadura e de torturadores, empresário e ex-canditato presidencial de tendência fascista; o empresário Agustín Edwards, dono do jornal de direita “El Mercurio”, que rezava no Santuario de Schoenstatt quando um grupo guerrilheiro (FPMR) sequestrou seu filho no início dos anos 90; o empresário Felipe Matta Navarro, amigo pessoal do Presidente Piñera e ligado ao negócio das pensões da AFP; e aos sacerdotes Rodrigo Gajardo, reconhecido pedófilo e Francisco José Cox Huneeus, acusado de abuso sexual de menores que hoje vive em um mosteiro.

Além desse vínculos e de qualquer contexto ou justificativa, sabemos que sempre é um bom momento para atacar a tranquilidade dos templos da moral e da autoridade.

Saudamos com esta ação o convite lançado pelxs companheirxs da “Célula Santiago Maldonado”, que da Itália propuseram reforçar os ataques que atentem contra a paz dos representantes e cúmplices do domínio.

Saudamos cada célula e individualidade anárquica que continua propagando o fogo insurgente da liberdade.

CONTRA O PODER DA IGREJA E A MORAL CRISTÃ
SOMOS BLASFEMXS ANTES QUE DEVOTXS!
FRANCISCO, NÃO É BEM-VENDO!
AQUI ESTAMOS EM GUERRA CONTRA TODA AUTORIDADE.

Célula Incendiaria Anticlerical “Hortensia Quinio” – Federación Anarquista Informal/Frente Revolucionario Internacional (FAI / FRI)

Fonte: Contra Info
Tradução: Turba Negra

Itália – Sobre os fatos de Nápoles

12, janeiro, 2018 Sem comentários

A pacificação dos movimentos políticos causou o quase total desaparecimento da nossa sociedade de qualquer anseio revolucionário, substituído por uma arremetida frenética de ocupar os assentos confortáveis ​​e quentes que o poder oferece. Isso levou a uma luta feroz, muitas vezes sem vizinhança, para seguir o político atual, que é elevado ao nível de revolucionário para garantir aos políticos “antagônicos” uma área de aceitação política dentro das instituições. Como resultado, testemunhamos o cancelamento voluntário de qualquer forma de oposição a favor da concertação e, muitas vezes, de colaboração com um sistema político que até recentemente era considerado hostil. Todos esses elementos representam fatos tangíveis que têm repercussões negativas sobre o que resta do movimento revolucionário ou insurrecional, se você preferir.

Num contexto semelhante, os últimos bolsões de resistência, aquelxs que persistem em considerar a destruição deste sistema político e econômico como inevitável, são muito mais facilmente identificáveis ​​e atacáveis ​​pelo aparelho repressivo do Estado.

A enorme quantidade de recursos que a polícia e a magistratura têm disponível pode ser usada inteiramente e com uma resistência reduzida aos termos mínimos para aniquilar um inimigo social que, na verdade, tem reduzido cada vez mais os espaços de manobra.

Especificamente, o movimento anarquista é o mais atingido pelo ataque repressivo desencadeado pelo estado. Tudo isso também é possível graças ao uso maciço dos chamados crimes associativos que se adaptaram constantemente à estrutura sociopolítica da sociedade.

No momento, dezenas de companheirxs cumprem sentenças na prisão, prisão domiciliar ou estã na clandestinidade, sendo que muitxs estão sujeitxs a várias formas de medidas cautelares, tais como assinaturas, obrigações de residência, vigilância especial, etc. e um número não especificado, certamente muito alto, é investigado pelos vários procuradores espalhados por toda a Itália. Entre estes, o promotor de Nápoles, que há anos tem lutado sem muito sucesso para dar sua contribuição infame, fez sua voz ouvida no início de dezembro.

Na sequência de duas investigações reunidas em um processo, uma em 2010 e outra em 2011, a prisão de vinte companheirxs anarquistas foi solicitada. Os investigadores levantam a hipótese da existência de uma célula, ativa em Nápoles e com ligações com Grécia e Espanha, ligada à FAI/FRI e que as revistas La Miccia, Invece, Blasphemia e o blog Arraggia são as ferramentas de propaganda que a organização usa para divulgar seus comunicados e suas reivindicações.

A acusação para todxs é de associação subversiva (artigo 270 bis do Código Penal) e, para umx companheirx, de crimes específicos relativos à posse e uso de explosivos. Além disso, foi solicitada a apreensão cautelar do Centro de Estudos Libertários, que desde a década de 1970 abriga o grupo anarquista Louise Michel e o espaço anarquista 76A, considerado as bases logísticas da célula napolitana.

O responsável pela investigação é o magistrado Catello Maresca da DDA (Direção Antimáfia Distrital), onde se tornou famoso por ter prendido vários chefes ligados ao clã Casalesi. Agora, após os oito anos de permanência canônica na antimáfia, ele foi transferido para o antiterrorismo e, portanto, ele pensou bem, para manter um certo estilo, para perseguir xs anarquistas.

Ele, como outros magistrados, está encantado de escrever livros nos quais ele nos ilustra mortais as operações “muito importantes” que ele completou. Em um desses, ele colaborou com Leandro Del Gaudio, conhecido por nós, porque ele costumava usar o jornal que ele escreve, Il Mattino, para lançar uma pequena lama sobre xs anarquistas napolitanxs. E isso não poupou a divulgação da notícia do processo contra xs anarquistas, evidentemente solicitado por seu amigo Catello em busca de um mínimo de visibilidade da mídia.

A investigação ainda está aberta para que, no momento, ainda não tivéssemos a oportunidade de ler a quantidade de documentos sobre o procedimento aberto a nós (o único pedido tem mais de 1500 páginas). Não sabemos, por exemplo, a verdadeira entidade de toda a operação. Especificamente, não conhecemos o número total de suspeitxs porque é plausível que, para outrxs companheirxs, não tenham sido solicitadas medidas cautelares. Além disso, não sabemos em que se baseia a hipótese investigativa de nosso zeloso magistrado.

Uma das poucas coisas que sabemos é que, em primeira instância, o pedido foi rejeitado por um GIP (juiz de investigações preliminares) que não considerou os elementos em sua posse para validar as prisões. Nunca antes a integridade do Ministério Público apelou do recurso porque ele não pode aceitar que alguém tenha permitido dificultar o trabalho que ele realizou tão diligentemente. Uma das estrelas mais brilhantes do firmamento de nossos inquisidores não tolera derrotas, por isso parece que não vai desistir até o fim.

Antes de qualquer reflexão, a experiência nos ensina que um dos principais objetivos de tais operações é desintegrar, se não extirpar, um grupo de companheirxs ativxs do território em que atua.

No nosso caso, eles estavam errados fazendo os cálculos. Não daremos nenhum único passo atrás. Continuaremos nossa jornada política e existencial diante de quem quer que sejamos mudos e submissos.

A data da audiência de recurso foi marcada para 14 de dezembro e depois foi transferida para 22 de fevereiro por falta de notificação.

As atualizações seguirão assim que tivermos a possibilidade de ter informações mais detalhadas.

ALGUMXS ANÁRQUICXS EM NÁPOLES

Fonte: Round Robin
Tradução: Turba Negra

Napóles, Itália – Atualizações sobre a operação repressiva dos inimigos

15, dezembro, 2017 Sem comentários

via Act For freedom Now

A audiência de recurso agendada para hoje, 14 de dezembro, na câmara do conselho do tribunal de revisão em Nápoles, na sequência da rejeição do pedido de 20 mandados de prisão contra companheirxs anarquistas na operação repressiva ligada à FAI/FRI assinada por Catello Maresca, foi adiada para 22 de fevereiro de 2018.

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Nápoles, Itália – Operação repressiva contra FAI/FRI

11, dezembro, 2017 Sem comentários

via Act For Freedom Now

O promotor de Nápoles, Catello Maresca, encarregado de uma investigação sobre associação subversiva ligada à FAI/FRI, exigiu que 20 companheirxs anarquistas sejam presxs e o Centro Studi Libertari, sede do grupo anarquista Louise Michel e o espaço anarquista 76/A sejam fechados.

O juiz rejeitou o pedido do promotor, este último fez recurso; este será realizado no dia 14 de dezembro no tribunal de revisão em Nápoles.

Anarquistas de Nápoles

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Roma, Itália – Ataque explosivo contra delegacia de polícia

8, dezembro, 2017 Sem comentários

a partir da tradução Insurrection News, via Croce Nera Anarchica

Em tempos de paz social e conformidade, não há melhor resposta do que a ação. Um estímulo, uma continuidade e uma sacudida para acordar aqueles que dormem.

Atuar por iniciativa própria quebra a comfirmadade e a inação e inflama aquelxs cujo sangue ferve.

A práxis anárquica do ataque deve ser o estímulo básico da anarquia, caso contrário é umx mortx. Ação é necessária para nos tornar vivxs nas formas que consideramos oportunas, removidas de todos os programas, estruturas hierárquica e vertical. Muitas práticas revolucionárias fazem parte de um anarquismo nas suas entranhas.

Decidimos levar nossas vidas em nossas próprias mãos, rompendo a paz opressiva que nos rodeia.

Na noite de 06 pra 07 de dezembro, colocamos uma garrafa de aço contendo 1,6 kg de explosivos fora do quartel da carabinieri no distrito de San Giovanni, em Roma.

Nossas atenções voltaram-se para os principais guardiões da ordem mortal do capitalismo: a polícia. Sem eles, os privilégios, a arrogância e a riqueza acumulada pelos proprietários não seriam nada. Porque eles sempre tiveram a função de reprimir, encarcerar, deportar, torturar e matar aqueles que, por escolha ou necessidade, se encontram fora de suas leis.

A luta contra o estado não é simples e não pode ser reduzida a fórmulas mágicas. Mas os objetivos estão lá e você nem sempre pode fazer teorias e falar de conveniência. Todx indivídux livre por vontade e necessidade coloca a teoria em ação, aqui e agora. Não há delegação na luta pela liberdade.

O que teria sido nesses anos se uma minoria incendiária não tivesse apanhado a tocha da anarquia? Se essxs companheirxs esperassem tempos melhores? O presidente da Comissão Européia, cujo natal foi arruinado, sabe algo sobre isso. Ele sabe algo sobre o vampiro da Equitalia e foi mutilado por uma das suas garras.* O feiticeiro de Ansaldo Nuclear deve ter sentido o calor da tocha da anarquia nas pernas.**

Hoje tomamos a tocha da anarquia, amanhã será outra pessoa. Enquanto você não desligar!

Quem quer assistir continuará a assistir. Quem quer justificar politicamente, não agir continuará a não fazê-lo. Não esperamos nenhum trem de esperança, não aguardamos momentos melhores. As condições se movem com o confronto. O movimento é como se atuasse, caso contrário, permanece imóvel. A libertação dx indivídux da autoridade e da exploração é realizada por aquelxs diretamente envolvidxs.

No entanto, aquelxs que atacam são impulsionadxs por um impulso contagioso. Isso significa propaganda da ação.

Contra policiais, políticos e seus ladrões. Contra os engenheiros da ciência e da indústria. Contra todos os mestres, mas também contra todos os servos. Contra as fileiras de cidadãos honestos da sociedade prisional.

Não estamos interessadxs ​​em perder tempo e energia na crítica dos reformistas… Embora não nos consideremos uma minoria elitista, como anarquistas, temos nossas ações e nossas demandas. Nossa propaganda. Todx  indivídux e grupo de afinidade desenvolve e intensifica suas experiências na união fraterna. Sem especialização e sem querer impor um método. Deixa cada umx encontrar o caminho através da ação. A organização hierárquica estruturada além de matar a liberdade dxs indivíduxs também é mais vulnerável à reação da opressão.

A organização anarquista informal é o instrumento que consideramos mais apropriado neste momento, para essa ação específica, porque nos permite manter nossa individualidade irredutível, o diálogo com outrxs rebeldes através da reivindicação de responsabilidade e, finalmente, a propaganda transmitida pelo eco da explosão.

Não se destina a ser uma ferramenta absoluta e definitiva.

Um grupo de ação é criado e desenvolvido através do conhecimento, através da confiança. Mas outros grupos e indivíduxs podem compartilhar, até temporariamente, um projeto, um debate, sem se conhecer pessoalmente. Elxs se comunicam diretamente através da ação.

A ação destrutiva direta é a resposta lógica à repressão. Mas não apenas. A praxis anarquista também é um avivamento, uma proposta que vai além da solidariedade, quebrando a espiral da repressão-ação-repressão. As ações de solidariedade são impotentes, mas não podemos limitar-nos à crítica, por mais armada que seja, de alguma operação opressiva ou processo.

Xs companheirxs presxs fazem parte da luta, elxs nos dão um lado e nos dão força. Mas é necessário agir e organizar. O avanço do desenvolvimento tecnológico, as políticas de controle e repressão não proporcionam muito espaço para avaliação sobre o que fazer. A vida e a repressão na metrópole estão sendo redesenhadas. Movendo e atuando pode se tornar cada vez mais complicado.

Ao contrário dos “choques” frequentemente anunciados por um certo antagonismo, a imprevisibilidade é a melhor arma contra a sociedade de controle. Acerte onde eles não esperam você. Hoje, atingimos o coração da capital militarizada para desafiar os delírios da segurança. Amanhã, quem sabe, talvez nos subúrbios onde você menos espera. Nós não fazemos tréguas, escolhemos nossos próprios tempos. Este sempre foi o princípio da guerrilha metropolitana. Com a diferença de que a célula de conspiração informal não conhece hierarquias ou direções estratégicas. E é por isso que é ainda menos previsível.

O Estado italiano está na vanguarda das políticas repressivas e militares. Por localização geográfica, muitas vezes é chamado a fazer o trabalho sujo para defender as fronteiras da Fortaleza da Europa.

Os últimos acordos entre o ministro Minniti*** com os sangrentos coronéis líbios são evidências recentes. Alcançando o número de escravxs necessárixs, “vamos aproveitá-los em casa”, bem como permanecer popular ainda é uma boa pechincha.

Na noite passada, trouxemos a guerra para a casa do ministro Minniti. Os que estão de uniforme que são diretamente responsáveis, os que obedecem, mantendo o silêncio e silenciando aquelxs que não o fazem. Eles receberam um pequeno gosto do que eles merecem.

Com esta ação, lançamos uma campanha internacional contra os representantes, estruturas e meios de repressão. Qualquer pessoa pode contribuir com esta campanha usando quaisquer ferramentas que considerem mais apropriadas.

Célula Santiago Maldonado
Federação Anarquista Informal-Frente Revolucionária Internacional

Dedicamos essa ação ao companheiro anarquista sequestrado e morto pelos capangas da Benetton na Argentina. Que venha o dia em que os opressores finalmente desaparecerão da face da Terra.

*refere-se a uma carta-bomba enviada em 2003 por uma célula da FAI-FRI para o lar do presidente da Comissão Europeia, Romano Prodi. Prodi abriu o pacote em sua casa, mas a explosão subsequente não resultou em ferimentos graves.

**refere-se ao ataque de 2012 contra o presidente-executivo da Ansaldo Nuclear, Roberto Adinolfi, pela Célula Olga  FAI-FRI, no qual Andinolfi estava de joelho.

***Marco Minniti, ministro do Interior.