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Chile – Termina o julgamento no chamado “Caso Bombas 2”

18, dezembro, 2017

Fonte: Publicación Refractario
Tradução: Turba Negra

“Ainda temos claro que nada do que elxs pretendam determinar, será suficiente para acabar com nossos desejos de liberdade. A liberdade dxs compas presxs, e a própria necessidade de sua destruição são parte de nossos planos e objetivos, pde modo de tocar e colidir com estes muros não podem reforçar  esta necessidade” – Juan Flores e Nataly Casanova nas vésperas do veredito.

Em setembro de 2014, o Estado realiza uma nova operação repressiva buscando dar uma resposta aos atentados explosivos contra delegacias e estações de metrô que ocorreram durante esse ano em meio da histeria antiterrorista. Xs companheirxs Juan Flores, Nataly Casanova são presxs, Guillermo Duran é detido e deixado em prisão domiciliar para depois ser liberado, enquanto a operação repressiva decide se estender contra o entorno solidário encarcerando Enrique Guzman.

Desde então, o processo judicial enfrentou contínuas modificações, requalificações, reformalizações e adequações das acusações judiciais, os movimentos argumentativos por parte da acusação procuram dar uma certa natureza lógica às acusações contra xsccompanheirxs.

Durante esses 3 anos de processo e prisão preventiva xs companheirxs conheceram a prisão de San Miguel, a seção de segurança máxima, a prisão/empresa Santiago 1, a ex penitenciaria, enfrentaram carcereiros e realizaram greves de fome… sempre dignxs e em revolta.

8 meses de julgamento antiterrorista….

Desde março de 2017, iniciou-se o julgamento sob a lei antiterrorista contra xs 3 companheirxs, este novo grande processo do Ministério Público Sul, devido às suas dimensões, foi intitulado como “caso bombas 2”, e é neste sentido que o julgamento foi estendido ao mesmo modo por cerca de 8 meses.

Fatos que xs acusam e penas solicitadas:

*Ataque explosivo ao subcentro da Escuela Militar (8 de setembro de 2014), reivindicado pela Conspiração das Células de Fogo-Chile:   Juan Flores acusado como autor

*Ataque explosivo ao metrô Los Dominicos (13 de junho de 2014), reivindicado pela Conspiração das Células de Fogo-Chile: Juan e Nataly acusadxs como autores.

*Ataque explosivo contra a 1a. delegacia (11 de agosto de 2014), ação revindicada pela Conspiração Internacional Pela Vingança: Nataly e Enrique acusadxs de “facilitadorxs”, Juan como autor.

*Posse de Pólvora Negra: Acusadxs Juan e Nataly como autores.

Xs miseráveis acusadores solicitam as seguintes penas do inferno
contra xs companheirxs:

Juan Flores: Prisão perpétua

Nataly Casanova: 20 anos e um dia

Enrique Guzman: 10 anos e um dia.

O Estado busca com este julgamento poder pela primeira vez conseguir condenações sob a lei antiterrorista vinculada com artefatos explosivos, o objetivo é abrir a porta para aumentar as penas, aplicar medidas de exceção fortalecendo e blindando o Estado policial.

Em meados de dezembro grande parte do processo jurídico inquisitório termina, depois de  mais de 8 meses de monólogos por parte dos perseguidores.Se espera que durante esta semana (18-22 dezembro de 2017), a palavra será oferecida axs companheirxs para declarar e, em 48 horas, os juízes indicam com o dedo e decidirão a vida de Juan, Nataly e Enrique.

Nenhum lugar para a indiferença: Solidariedade com xs companheirxs perseguidxs!

Nenhum respeito pelos carcereiros e pela lei!

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