Belo Horizonte, Brasil – Okupa Tudo! – Encontro Libertário
A Kasa Invisível é um espaço autônomo ocupado e autogestionado que abriu suas atividades há mais de um ano no centro de Belo Horizonte (Minas Gerais). A Kasa sofre atualmente uma ameaça iminente de despejo devido a um pedido de reintegração de posse movido pelo proprietário. Neste contexto de urgência que propomos o “OKUPA TUDO! – Encontro Libertário”.
Para estreitar relações com quem temos afinidades!
Para compartilhar questionamentos e conspirar novos planos!
Para abrir a possibilidade de novos encontros!
Para refletir sobre nossas práticas e teorias!
Okupar tudo é um convite para aqueles que ainda lutam contra um sistema que nos esmaga cotidianamente e que tem conduzido o planeta a um abismo.
Queremos nos encontrar com quem constrói ou quer construir alternativas em seu cotidiano, rumo a mundo livre de qualquer dominação.
PROGRAMAÇÃO
*Sábado, 13 de janeiro*
08hs – Abertura da Casa
Durante todo o dia, feira com exposição de publicações independentes e produções livres.
09h30 – Filme e Debate: Montaje Caso Bombas (2013)
12hs – Almoço coletivo
(A casa oferece algo de comida para compartilhar. Traga algo pra fortalecer!)
14hs – Roda de Conversa: “Cidade-anarquitetura” com Rita Velloso
19hs – Pizzada Vegana, cerveja e música
*Domingo, 14 de janeiro*
09hs – Abertura da casa
Durante todo o dia, feira com exposição de publicações independentes e produções livres.
10h30 – Encontro de Coletivos
12hs – Almoço coletivo
(A casa oferece algo de comida para compartilhar. Traga algo pra fortalecer!)
14hs – Roda de Conversa: Perspectivas Anarquistas para 2018
19hs – Pizzada Vegana e cerveja
19h30 – Festa: MASTERp la n o
Quanto?
Entrada franca!
Lembrando que a Kasa Invisível sempre aceita doações para manter e melhorar o espaço.
A Kasa não possuí água encanada por isso POR FAVOR tragam galões de água potável.
O espaço ficará aberto para pessoas que precisem dormir nele durante os dois dias de atividade, tragam colchões.
Onde?
Kasa Invisível
Bias Fortes, 1034
Centro – Belo Horizonte
*DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES*
Documentário: MONTAJE CASO BOMBAS
Muitos estados e governos, protegidos pela impunidade que lhes foi dada pelo exercício do poder, recorreram as montagens como arma política para desacreditar, invalidar e prender seus detratores. Mas o que é uma montagem política e policial? Como é feita? Quem as fazem? Essas perguntas são abordadas por este documentário, desenvolvido de maneira coletiva pelo Canal Barrial 3 do Bairro Yungay, que tem como plano de fundo e principal referência a montagem chamada “Caso bombas”, articulado contra o mundo anarquista e as okupa no Chile da “transição para a democracia”.
CIDADE-ANARQUITETURA
“Não registrados pela história e pela historiografia oficial, os modos de construção comum e ordinária dos povos, com seus próprios conhecimentos locais, materiais e assim por diante, existem apenas na sombra de estruturas de poder espetaculares e cerimoniais.
As cidades não crescem organicamente, é óbvio. Em vez disso, são manifestações físicas de criatividade, conflito, colaboração comunitária e ideologias, valores de uso, expressões e desejos das pessoas. O ambiente urbano é o produto de conhecimentos técnicos, legais e logísticos exercidos de cima para baixo por planejadores, políticos, engenheiros, investidores e desenvolvedores, bem como uma amalgama de espaços vividos produzidos por membros de subculturas e subgrupos que se tornam de de baixo para cima.
Mas se quisermos pensar o urbano desde o anarquismo ou a partir da agência dos habitantes numa espécie de urbanismo “de baixo para cima” vamos do conteúdo das disciplinas da geografia, dos estudos urbanos, da sociologia e da criminologia cultural que para um urbanismo táctil, criativo, guerrilheiro, vernáculo e tático.
Discuto desse modo temas como justiça espacial, ocupações, as remoções, a prática subcultural, a contestação e a transgressão, o urbanismo latino / urbano e o ‘imaginário espacial negro’. Penso a segregação racial e de classe como resultado do poder branco e masculino, e várias encarnações do capital social, simbólico, econômica e cultural quando trazidos à escala do bairro.
Esta fala serve como um exercício de uma pesquisa sobre algo a que poderia mesmo chamar ‘cidade-anarquitetura: urbanismo de baixo para cima’ – desde a produção de pixo, do graffiti e arte de rua até formas ilegais de habitação e manifestações localizadas de insurgência.”
Atividade com Rita de Cássia Lucena Velloso, arquiteta e professora do departamento de Arquitetura da UFMG.
ENCONTRO DE COLETIVOS, GRUPOS E PROJETOS AUTÔNOMOS DE BH
Em um mundo cada vez mais cindido onde podemos nos encontrar? Quais os espaços podemos criar para a convergência de propostas e lutas? O que cada coletivo tem feito? Quais são os dilemas e reflexões que tem vivido? O que tem rolado de interessante?
Queremos gerar um ponto de encontro para nos conhecermos, nos aproximar, nos vermos…
Esse é um chamado aberto a um encontro de coletivos, grupos e projetos autônomos de BH.
PERSPECTIVAS ANARQUISTAS PARA 2018
O cenário de movimentos, coletivos e projetos anarquistas/libertários/autonomistas mudou muito no Brasil desde as insurreições 2013. Um novo tempo de encontros, onde fizemos novas amigas e amigos, novos projetos surgiram, novas relações apareceram e despontaram oportunidades.
Porém tendências políticas autoritárias também ganharam mais visibilidade e presença, inclusive nas ruas.
Soma-se a isso a uma crescente descredibilidade das pessoas em relação a políticos profissionais e formas não-participativas de poder.
Com essa atividade queremos criar um momento de encontro entre grupos, coletivos, projetos e pessoas do cenário autônomo e anarquista da cidade para conversarmos e pensarmos juntas e juntos sobre as perspectivas que podemos ter em relação ao ano de 2018.
MAIS INFORMAÇÕES:
we.riseup.net/casainvisivel