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Textos com Etiquetas ‘okupa’

Volos, Grécia – Solidariedade com a Okupa Termita

13, janeiro, 2018 Sem comentários


Na manhã de 04/01 em Volos, houve uma operação coordenada para desalojar a okupa Termita. O desalojo foi feito pela Universidade da Tessália e pela força policial de Volos e outras forças da região. Durante o desalojo, 03 companheirxs foram presxs e liberadxs algumas horas depois com a acusação de perturbação da paz doméstica e os 6 edifícios foram demolidos logo após a operação.

Colocamos aqui o texto da Termita que explica por que foi alvo do estado e da universidade da Tessália:

Okupas são nossos terrenos liberados, liberados do controle do estado, para abrigar nossas necessidades e desejos; são as estruturas que conectam a luta à sociedade, que incorporam a visão de liberdade e solidariedade. São pontos de encontro para todxs aquelxs que questionam o estado e o capitalismo, que escolhem coletivizar fora da estrutura institucional. Eles são o terreno em que as comunidades de luta são construídas, em termos de participação e igualdade. Tudo isso significa que okupas não são espaços de estilo de vida alternativo, mas um refúgio no meio de uma guerra, para todxs aquelxs que são assediadxs pelo mundo da autoridade. Especialmente para xs migrantes, fora das comunidades auto-organizadas, o Estado mantém um regime especial de repressão: perseguição, encarceramento e deportação.
Esta nova hostilidade, iniciada pelo estado, é parte do ataque geral contra aquelxs que lutam. Este constante ataque do Estado e do para-estado faz parte da mesma cerca de arame farpado que está no caminho de milhares de refugiadxs e migrantes, que reforça o controle e vigilância em nossas cidades, que constrói prisões de alta segurança e armar gangues paramilitares, preparando o caminho para o totalitarismo moderno.

Para concluir, estamos unidxs e declaramos que qualquer ataque contra um espaço de luta é um ataque contra todxs nós.

Pedimos uma intervenção microfônica em solidariedade com a Okupa Termita na Praça Syntagma às 12:00 no domingo 07/01, enquanto xs companheirxs em Volos farão uma manifestação.

Assembléia de Solidariedade à Okupas para e Espaços de Luta

Estrutura de auto-defesa de okupas e projetos de habitação para migrantes

https://athens.indymedia.org/event/72595/

Em Heraklion, caixas eletrônicos foram destruídos e algumas paredes foram cobertas por pixações.
Uma ação de sabotagem ocorreu em Tessalônica, um canteiro de obras e dois guindastes foram danificados com coquetéis molotov.

“Solidariedade com a Okupa Termita”, faixa na okupa Terra Incognita em Tessalônica.

“Nossos sonhos não podem ser destruídos, nossa consciência está ficando mais forte”, Tessalônica.


“Nossas idéias não podem ser desalojadas, nem um passo para trás”.


“Sem acusações para xs presxs da Okupa Termita”.


“O ataque do estado será respondido por um ataque”.


“Nossas idéias não podem ser desalojadas, não podem ser demolidas. Solidariedade com a Okupa Termita”, Okupa Ntougrou em Larissa.

Fonte: Squat!net
Tradução: Turba Negra

Belo Horizonte, Brasil – Okupa Tudo! – Encontro Libertário

9, janeiro, 2018 Sem comentários


A Kasa Invisível é um espaço autônomo ocupado e autogestionado que abriu suas atividades há mais de um ano no centro de Belo Horizonte (Minas Gerais). A Kasa sofre atualmente uma ameaça iminente de despejo devido a um pedido de reintegração de posse movido pelo proprietário. Neste contexto de urgência que propomos o “OKUPA TUDO! – Encontro Libertário”.
Para estreitar relações com quem temos afinidades!
Para compartilhar questionamentos e conspirar novos planos!
Para abrir a possibilidade de novos encontros!
Para refletir sobre nossas práticas e teorias!
Okupar tudo é um convite para aqueles que ainda lutam contra um sistema que nos esmaga cotidianamente e que tem conduzido o planeta a um abismo.
Queremos nos encontrar com quem constrói ou quer construir alternativas em seu cotidiano, rumo a mundo livre de qualquer dominação.

PROGRAMAÇÃO

*Sábado, 13 de janeiro*

08hs – Abertura da Casa
Durante todo o dia, feira com exposição de publicações independentes e produções livres.
09h30 – Filme e Debate: Montaje Caso Bombas (2013)
12hs – Almoço coletivo
(A casa oferece algo de comida para compartilhar. Traga algo pra fortalecer!)
14hs – Roda de Conversa: “Cidade-anarquitetura” com Rita Velloso
19hs – Pizzada Vegana, cerveja e música

*Domingo, 14 de janeiro*

09hs – Abertura da casa
Durante todo o dia, feira com exposição de publicações independentes e produções livres.
10h30 – Encontro de Coletivos
12hs – Almoço coletivo
(A casa oferece algo de comida para compartilhar. Traga algo pra fortalecer!)
14hs – Roda de Conversa: Perspectivas Anarquistas para 2018
19hs – Pizzada Vegana e cerveja
19h30 – Festa: MASTERp la n o

Quanto?
Entrada franca!
Lembrando que a Kasa Invisível sempre aceita doações para manter e melhorar o espaço.
A Kasa não possuí água encanada por isso POR FAVOR tragam galões de água potável.
O espaço ficará aberto para pessoas que precisem dormir nele durante os dois dias de atividade, tragam colchões.

Onde?
Kasa Invisível
Bias Fortes, 1034
Centro – Belo Horizonte

*DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES*

Documentário: MONTAJE CASO BOMBAS
Muitos estados e governos, protegidos pela impunidade que lhes foi dada pelo exercício do poder, recorreram as montagens como arma política para desacreditar, invalidar e prender seus detratores. Mas o que é uma montagem política e policial? Como é feita? Quem as fazem? Essas perguntas são abordadas por este documentário, desenvolvido de maneira coletiva pelo Canal Barrial 3 do Bairro Yungay, que tem como plano de fundo e principal referência a montagem chamada “Caso bombas”, articulado contra o mundo anarquista e as okupa no Chile da “transição para a democracia”.

CIDADE-ANARQUITETURA
“Não registrados pela história e pela historiografia oficial, os modos de construção comum e ordinária dos povos, com seus próprios conhecimentos locais, materiais e assim por diante, existem apenas na sombra de estruturas de poder espetaculares e cerimoniais.
As cidades não crescem organicamente, é óbvio. Em vez disso, são manifestações físicas de criatividade, conflito, colaboração comunitária e ideologias, valores de uso, expressões e desejos das pessoas. O ambiente urbano é o produto de conhecimentos técnicos, legais e logísticos exercidos de cima para baixo por planejadores, políticos, engenheiros, investidores e desenvolvedores, bem como uma amalgama de espaços vividos produzidos por membros de subculturas e subgrupos que se tornam de de baixo para cima.
Mas se quisermos pensar o urbano desde o anarquismo ou a partir da agência dos habitantes numa espécie de urbanismo “de baixo para cima” vamos do conteúdo das disciplinas da geografia, dos estudos urbanos, da sociologia e da criminologia cultural que para um urbanismo táctil, criativo, guerrilheiro, vernáculo e tático.
Discuto desse modo temas como justiça espacial, ocupações, as remoções, a prática subcultural, a contestação e a transgressão, o urbanismo latino / urbano e o ‘imaginário espacial negro’. Penso a segregação racial e de classe como resultado do poder branco e masculino, e várias encarnações do capital social, simbólico, econômica e cultural quando trazidos à escala do bairro.
Esta fala serve como um exercício de uma pesquisa sobre algo a que poderia mesmo chamar ‘cidade-anarquitetura: urbanismo de baixo para cima’ – desde a produção de pixo, do graffiti e arte de rua até formas ilegais de habitação e manifestações localizadas de insurgência.”
Atividade com Rita de Cássia Lucena Velloso, arquiteta e professora do departamento de Arquitetura da UFMG.

ENCONTRO DE COLETIVOS, GRUPOS E PROJETOS AUTÔNOMOS DE BH
Em um mundo cada vez mais cindido onde podemos nos encontrar? Quais os espaços podemos criar para a convergência de propostas e lutas? O que cada coletivo tem feito? Quais são os dilemas e reflexões que tem vivido? O que tem rolado de interessante?
Queremos gerar um ponto de encontro para nos conhecermos, nos aproximar, nos vermos…
Esse é um chamado aberto a um encontro de coletivos, grupos e projetos autônomos de BH.

PERSPECTIVAS ANARQUISTAS PARA 2018
O cenário de movimentos, coletivos e projetos anarquistas/libertários/autonomistas mudou muito no Brasil desde as insurreições 2013. Um novo tempo de encontros, onde fizemos novas amigas e amigos, novos projetos surgiram, novas relações apareceram e despontaram oportunidades.
Porém tendências políticas autoritárias também ganharam mais visibilidade e presença, inclusive nas ruas.
Soma-se a isso a uma crescente descredibilidade das pessoas em relação a políticos profissionais e formas não-participativas de poder.
Com essa atividade queremos criar um momento de encontro entre grupos, coletivos, projetos e pessoas do cenário autônomo e anarquista da cidade para conversarmos e pensarmos juntas e juntos sobre as perspectivas que podemos ter em relação ao ano de 2018.

MAIS INFORMAÇÕES:
we.riseup.net/casainvisivel

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